Acidentes na malha ferroviária da MRS aumentam em 55% no primeiro semestre

by Diário do Vale

Sul Fluminense – A concessionária MRS Logística S.A., que opera a chamada Malha Regional Sudeste da Rede Ferroviária Federal S. A. registrou no primeiro semestre de 2017, ao longo dos 105 municípios nos quais a empresa está presente, 56 atropelamentos e abalroamentos. Nas cidades do chamado Centro-Sul Fluminense houve uma “divisão”. Enquanto algumas tiveram aumento, outras registraram queda no número de acidentes.

Isto representa uma média de um acidente a cada duas cidades ao longo de todo o 1º semestre. Se comparados com o 1º semestre de 2016, período em que houve 36 atropelamentos ou abalroamentos, chega-se a um aumento de 55%. De acordo com a MRS, apesar de o resultado ser muito bom ao comparar com outros modais, é um alerta para pedestres e motoristas que atravessam a ferrovia.

No caso das cidades da região centro sul fluminense em que a concessionária MRS opera, só no primeiro semestre deste ano foi registrado 09 acidentes, enquanto que no mesmo período de 2016 foram 08 acidentes.

De acordo com a concessionária, entre as principais causas de acidentes, 70% deles são causados por imprudência, 14% por uso de álcool e drogas e 16% deles são causados por suicídio.

Em 100% das ocorrências, é casos de atropelamentos ou abalroamentos, envolvendo os trens da empresa, um componente de má avaliação de riscos por parte do pedestre ou do motorista.

Dados regionais

Na Centro-Sul Fluminense não é diferente. A imprudência de uma minoria de pessoas, que ainda insistem em se arriscar, continua sendo a principal causa.

A MRS costuma orientar as prefeituras sobre normas de segurança e projetos que possam dar mais segurança à população.

Segundo o especialista em comunicação, Diogo Kling, a MRS tem um relacionamento muito próximo e vários casos de sucesso com diversas prefeituras, mas a questão é hoje muito mais de cumprimento e observação das regras de trânsito.

Das cidades da região, Paraíba do sul, com três casos, foi a que mais registrou acidentes neste primeiro semestre, um a mais que no mesmo período de 2016. Já nos municípios de Volta Redonda, Pinheiral e Valença ainda não foram registrados acidentes este ano, enquanto que no primeiro semestre de 2016 registraram 04 acidentes.

– Não existem, na verdade, cidades com risco maior ou menor. Do lado da ferrovia, procuramos (e temos a obrigação) de manter as boas condições das passagens (para pedestres ou veículos). O que de fato tem acontecido é que o fator comportamental elimina as barreiras de proteção. O desafio hoje é o de conseguirmos convencer algumas pessoas a conter a pressa, a impulsividade. Infelizmente, é um comportamento que ainda observamos em todas as regiões por onde passamos, não é especifica de uma cidade ou grupo de cidades – lamenta.

Acidentes: Concessionária alerta para riscos e realiza ações para tentar reduzir casos (Foto: Divulgação/MRS)

Acidentes: Concessionária alerta para riscos e realiza ações para tentar reduzir casos (Foto: Divulgação/MRS)

Concessão do serviço

A MRS é uma concessionária de serviço público do transporte ferroviário de cargas e arrendatária de todos os bens da extinta RFFSA, dentre eles a faixa de domínio e as linhas férreas. Estes bens são de propriedade da União (DNIT), ou seja, bens públicos. Nesse contexto, a MRS efetua o pagamento das parcelas referentes à concessão do serviço e arrendamento dos ativos para a União.

Para ajudar as prefeituras a melhorar a segurança da população que circulam próximos as ferrovias sem gastar muito do seu orçamento, Diogo afirma que existem ações que são única e exclusivamente da MRS. “No entanto, em várias oportunidades, trabalhamos em parceria com as prefeituras”, diz.

Sobre o município da região sul fluminense que tem a melhor infraestrutura de proteção em relação a sua área ferroviária, Diogo ressalta que de forma geral, as condições da ferrovia são muito boas em toda a região.

Ações de conscientização

De acordo com o especialista em segurança e riscos operacionais, Filipe Berzoini, visando reduzir os atropelamentos e abalroamentos na ferrovia, a concessionária MRS tem realizado uma série de ações de conscientização junto às comunidades.

– O que nos angustia é que poderíamos, sim, chegar ao índice zero de acidentes. Atitudes muito simples poderiam nos garantir este objetivo, como: atravessar a linha férrea apenas em locais permitidos, não tentar passar na frente do trem quando a composição estiver se aproximando, enfim a adoção do comportamento seguro. Infelizmente, ainda presenciamos atitudes imprudentes na ferrovia, por este motivo precisamos continuar disseminando a cultura de segurança – ressalta.

Fora da região centro sul fluminense, Juiz de Fora/MG ainda é o município mais crítico com relação às ocorrências ferroviárias na malha sob administração da MRS, foram 11 no total. Em seguida, completam a lista das cidades com mais ocorrências Santos Dumont/MG, com cinco e Itaguaí/RJ, com quatro casos.

 

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10 comments

Liberdade e propriedade 13 de agosto de 2017, 15:14h - 15:14

Faltava você roedor. Roy Pennes.

CHANDELE 13 de agosto de 2017, 07:24h - 07:24

VR não tem desse problema pq a malha ferroviária foi criada para atender a CSN portanto é murada e passa sob viadutos, não compromete o trânsito. Já as demais cidades tiveram que se adaptar às ferrovias por isso esse caos no trânsito.

Barrão 13 de agosto de 2017, 00:32h - 00:32

E quando você está atravessando a linha (de carro) e tem umas malas que ficam passando devagar (de carro) com o trem apitando e você atrás preso por estes jegues?!?!

Laticiniea 12 de agosto de 2017, 23:36h - 23:36

PARAR COM ESTA HISTORIA DE QUE TREM NÃO SAI DA LINHA.O QUE SAI É DESRESPEITO AO PROXIMO.CONCENTRAÇÃO DE LOCOMOTIVAS NOS BAIIROS MAQUINISTAS DESPREPARADOS PARA TRAFEGAR NA REGIÃO.ESTA MRS QUE NÃO TEM CORAGEM DE CERCAR SUA MALHA FERROVIARIA.ABRINDOPASSAGEM DE NIVEL PARA ESTUDANDES PASSAREM É UM HORROR.

jjricardo 12 de agosto de 2017, 21:27h - 21:27

Barra Mansa fora dessa estatística é uma surpresa.

Liberdade e propriedade 12 de agosto de 2017, 19:16h - 19:16

BM já tem passarelas e viadutos suficientes para acabar com todas as travessias da linha principal, visto um comparativo com o rio, que é paralelo a ferrovia.

Fazer passarela inferior sob ferrovia é mole, pouco comprimento e baixa profundidade, escada toda apoiada na terra e sem necessidade de estrutura armada. Por cima há mais escada, pois tem que subir mais alto que o trem, por baixo descer apenas a altura de um humano.

Torcedor do BMFC 12 de agosto de 2017, 21:01h - 21:01

Somente um idiota de Resende para falar uma besteira dessas.
A maior roça do sul do estado, que pegou umas empresas onde boa parte
dos funcionários moram fora pois na cidade não tem profissionais qualificados
para tais funções.

E a MRS achando que é a dona do mundo fazendo o que quer.

Liberdade e propriedade 12 de agosto de 2017, 23:40h - 23:40

Você esperneou mas não disse qual besteira falei.

Agora, um barramansense, criticar Resende é o fim da picada. Cara Resende é um luxo perto de BM. BM não ganha de Resende em absolutamente nada. Todo critério, dados ou características comparada BM perde. Até no futebol. Poderia fazer uma lista enorme aqui.

capivara 13 de agosto de 2017, 10:58h - 10:58

que bonito essa briga de suinos e rocendes..

الفتح - الوغد 14 de agosto de 2017, 14:22h - 14:22

Vou aproveitar e vender ingressos. Normalmente eles fazem uma união “arco-íris” para combater VR… Mas aqui a firma é forte… kkkkkkkk!

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