Aman recebe pela primeira vez a turma de cadetes mulheres

by Diário do Vale
Não foram necessárias muitas mudanças estruturais na Academia para receber as novas candidatas

Não foram necessárias muitas mudanças estruturais na Academia para receber candidatas

Resende – Apesar da presença de mulheres no Exército já ser uma realidade desde o século XIX, pela primeira a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) passa a admitir a inclusão de cadetes do sexo feminino em seu quadro de alunos. Elas chegaram à academia este ano e em 2021 serão formadas como as primeiras Aspirantes à Oficial da área bélica. Com isso, poderão alcançar até o mais alto posto da instituição: o de General de Exército.

De acordo com a Seção de Comunicação Social da Aman, não foram necessárias muitas mudanças estruturais na Academia para receber as novas candidatas. A maioria das obras foi realizada na parte de banheiros e alojamentos, que serão próprios para as necessidades femininas.

Segundo o 1º Tenente Ana Carolina de Almeida Amaral e Silva, da Seção de Comunicação Social, tanto o processo de seleção como o de admissão dessa primeira turma feminina na academia foram das mesmas maneiras que os homens. As meninas foram admitidas mediante concurso para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), em Campinas-SP, onde o concurso consiste em um exame intelectual, prova física e exames de saúde.

O concurso admitiu um total de 440 alunos da EsPCEx, sendo 400 homens e 40 mulheres. E para iniciar este ano, apresentaram-se na Aman 416 alunos, sendo 34 mulheres e 382 homens.

A oficial da seção de comunicação destacou que, durante o período de formação desses novos cadetes, as mulheres farão o mesmo tipo de atividades dos rapazes.

– Elas realizarão as mesmas atividades, receberão as mesmas instruções e aulas. Não haverá distinção entre os conhecimentos adquiridos por homens e mulheres na formação do Oficial Combatente de Carreira do Exército. As diferenças serão mínimas e se configuram em sua maioria no tocante à capacidade física, que é diferente entre homens e mulheres, por uma questão fisiológica – explica.

De acordo com a tenente Ana Carolina, em todos os momentos a atuação deles será em conjunto. “Não existem atividades exclusivas para homens ou mulheres. Os alunos dividirão os mesmos refeitórios, salas de aula e de instrução militar, a diferença está somente em relação aos alojamentos e banheiros”, esclareceu.

No caso da formação dessa primeira turma feminina, ela poderá ser apenas nos quadros de material bélico ou no serviço de intendência. Essa definição, segundo a Seção de Comunicação Social da Aman, fez parte do conjunto de estudos realizados pelo Exército Brasileiro para a inserção do sexo feminino na linha de ensino militar bélico.

– Entendeu-se que no Serviço de Intendência e no Quadro de Material Bélico as mulheres poderão desenvolver todas as suas capacidades e haverá excelência no seu desempenho. Mas essa é uma situação que poderá evoluir no futuro – declarou a oficial Ana Carolina.

Antes de incluir mulheres cadetes na Aman, o Exército fez uma série de estudos e análises para tal mudança. De acordo com a Seção de Comunicação Social da Aman, a inclusão das mulheres na carreira bélica foi decretada a partir da lei nº 12.705, de 8 de agosto de 2012.

De acordo com o Artigo 7º, as escolas teriam um período de 5 (cinco) anos para viabilizar tal ingresso. Desde então, o Exército Brasileiro, por meio das suas escolas de formação e institutos de pesquisa, realizou uma série de estudos, inclusive junto à Marinha e à Aeronáutica, como em forças armadas de nações amigas, para definir qual seria a melhor forma de realizar tal ingresso. Além das mudanças estruturais foram adaptadas documentações, regulamentos internos, sanções escolares e uniformes. Foram mudanças complexas que demandaram tempo para que fossem bem executadas.

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3 comments

Sériamente 3 de fevereiro de 2018, 23:22h - 23:22

As mulheres têm condições estar em armas como “Infantaria” e “Cavalaria” até pq esse nosso exército está inoperante desde a guerra do Paraguai e muitos oficiais da ativa sequer participaram de uma gerra real, só alguns participam de algumas missões como a da ONU no caso a que houver no Haiti e que mesmo assim muitos demonstraram total despreparo com relação aos seus psicológicos, havendo, até, um oficial comandante cometendo suicídio. Portanto, colocar todas as armas nas mãos das mulheres que elas demonstrarão como se faz de verdade!

Falando francamente 3 de fevereiro de 2018, 23:18h - 23:18

Agora é “ralar” no básico! Que sejam bem vindas!

Robson Pereira 3 de fevereiro de 2018, 19:25h - 19:25

Com esta nova turma fica bem claro que temos que valorizar a mulheres em todos os campos de trabalhos e não deixar aquele que prega o ódio e a discriminação vencer em nossa política! BRASIL UNIÃO E IGUALDADE!

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