Consumidores estão mais atentos na hora de comprar carne

by Diário do Vale

Volta Redonda – Mesmo depois do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ter divulgado o vídeo que afirma que não há riscos em consumir aves, alguns consumidores ainda continuam preocupados com a possibilidade de contaminação em carnes de aves. É que, anteontem, foi deflagrada a terceira etapa da Operação Carne Fraca, que investiga o grupo BRF, dono de marcas como Sadia, Perdigão e Qualy. O grupo está sendo investigado por suspeita de fraude em resultados de análises laboratoriais relacionados à contaminação pela bactéria Salmonella Pullorum. Segundo o Ministério, a bactéria desaparece quando o alimento é cozido ou frito.
Em Volta Redonda, alguns donos de açougues perceberam que os clientes estão mais exigentes e buscando mais informações sobre o alimento antes de comprar e consumir. A operadora de caixa Marciane Ferreira comenta que a operação deixou os clientes mais preocupados.
– Desde quando começou a Operação Carne Fraca, nós já percebemos a mudança e exigência dos clientes. Na hora de comprar, eles olham a carne desde a aparência, procedimento e até o resfriamento. Antes isso não acontecia com frequência, mas eles estão certos quanto a isso, pois é risco que todos nós estamos correndo – disse.
Comprar carne exige alguns cuidados. A dona de casa Izabel Felipe é uma consumidora que observa diversos detalhes na hora da compra.
– A gente fica com medo, pois não sabemos o que tem por trás do produto até chegar ao açougue. Sempre procuro olhar cada detalhe, principalmente a aparência, cheiro e o congelamento. Temos que ser exigentes, pois a nossa saúde tem que estar em primeiro lugar e um alimento contaminado pode nos prejudicar muito, colocando a minha vida da família em risco – ressaltou.
A pedagoga Ângela Maria explica que, por comer muito em restaurante, a preocupação aumenta e, para evitar problemas, muitas vezes ela prefere não consumir carne.
– A gente fica com um certo receio, na minha casa tem como verificar e certificar de que o alimento está saudável, mas quando vou em restaurantes, prefiro escolher outros alimentos, pois eu não sei se realmente teve o cozimento necessário e principalmente, se a carne é de boa qualidade.

Clientes: Consumidores estão mais exigentes na hora de comprar carne. querem saber a procedência da carne que estão levando (Foto: Júlio Amaral)

Clientes: Consumidores estão mais atentos com a procedência e qualidade da carne.  (Foto: Júlio Amaral)

Observação

Segundo a empresária Cátia Andreia Vianna, as pessoas devem ficar atentas na hora de consumir qualquer tipo de alimento e buscar sempre informações e procedência de qualquer tipo de comida, principalmente que contenha carne.
– Após comer um empadão, passei muito mal e no dia seguinte fui ao médico e ele explicou que tinha consumido frango, que tinha bactéria. É importante ficar atendo antes de consumir qualquer tipo de comida e verificar a qualidade”, – comentou.
O médico veterinário Bruno Vilarinho Victorino Pinto explica que a bactéria afeta diretamente o animal que esteja infectado, mas que o consumidor não influência na saúde do consumidor.
– A Salmonella Pullorum é uma bactéria que tem uma implicação grande na vida de um animal, mas não é um tipo de bactéria que implica na saúde pública. Na ave, principalmente quando ela é mais nova, ela causa uma doença chamada pulorose que pode ser fatal. No cozimento ou até mesmo na hora de fritar, ela desaparece – disse.
Bruno ainda comenta que algumas observações devem ser feitas na hora de comprar o alimento.
– Infelizmente não tem como ter certeza de que o alimento não esteja contaminado, por isso, na hora de comprar a carne é importante que o consumidor verifique a temperatura, opte por produtos que tenha o selo de inspeção, que ele também verifique a cor e odor do alimento e principalmente, observar se tem gelo na embalagem, pois se tiver, o produto foi descongelado e congelado novamente, correndo o risco de conter bactérias – explicou.

 

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1 comment

Fernando 7 de março de 2018, 10:40h - 10:40

“O médico veterinário Bruno Vilarinho Victorino Pinto explica que a bactéria afeta diretamente o animal que esteja infectado, mas que o consumidor não influência na saúde do consumidor.”
O CONSUMIDOR NÃO INFLUÊNCIA NA SAÚDE DO CONSUMIDOR. Esquisito esse trecho.

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