Donas de casa pesquisam para manter decoração natalina

by Diário do Vale

Barra Mansa – Mesmo sendo esse considerado o Natal mais “enxuto” dos últimos anos, devido às dificuldades financeiras que várias famílias vêm enfrentando, uma coisa é certa: as donas de casa não abrem mão de investir na decoração natalina. Com isso, apostam em novidades que cabem no bolso e que ajudam a dar o clima de comemoração das festas de final de ano. E para tudo correr dentro do orçamento elas dão a dica: pesquisa de preços.

Com diversas lojas de artigos de R$ 1,99 oferecendo produtos natalinos a preços populares, montar a árvore de Natal, comprar os tradicionais pisca piscas, bolas, guirlandas, velas, presépios, entre outros artigos, torna-se a saída para quem gosta de ver a casa enfeitada.

Como é o caso da aposentada Solange Aparecida da Silva Dias, de 61 anos. Esse ano ela vai receber irmãos, sobrinhos e primos para celebrar o Natal e está fazendo questão de deixar todos os cômodos da casa decorados com artigos sobre o tema. Além de montar a árvore e abusar dos pisca-piscas, ela comprou velas coloridas, gorros de papai Noel para as crianças, toalhas de mesa, guardanapos e até bandejas com estampas natalinas. Tudo, segundo ela, comprado aos poucos e através de pesquisas de melhores preços nas lojas que vendem artigos populares.

– Eu sempre gostei do clima de Natal e acredito que, não é porque estamos vivendo dias difíceis, que devemos deixar de lado esse momento tão gostoso, como montar a árvore, decorar e preparar a casa para receber quem a gente gosta. Embora eu já tenha muitos enfeites e artigos, de anos anteriores, não abro mão de comprar algumas novidades. Esse ano eu renovei alguns enfeites da árvore e também comprei algumas peças que ainda não tinha – detalha a aposentada, ao afirmar que suas despesas com os artigos natalinos devem ter ficado em torno de R$ 150 reais.

Sem exageros

Diante das inúmeras variedades e opções de enfeites natalinos, que em determinadas lojas podem varia de R$ 1,99 até R$ 250, a dica das donas de casa é que se faça pesquisas de preços e a opção por artigos que podem ser reaproveitados. Conforme destaca Luíza da Silva Ferreira, de 42 anos, o negócio é não exagerar:

– O mercado oferece opções de artigos muito bonitos e ficamos com vontade de sair comprando tudo para deixar a casa bem decorada. Mas, em tempos de crise, é preciso por o pé no chão e optar por artigos mais baratos, mas que façam a diferença na decoração. Lá em casa o que não pode faltar é a árvore com os pisca piscas, o Papai Noel em miniatura, as velas e o presépio. Tudo foi comprado, aos poucos, em lojas populares – comentou a dona de casa.

Casada há alguns meses, a auxiliar administrativa Renata Silva, de 34 anos, fez questão de decorar, pela primeira vez, a casa para o período natalino. Diferente de quem já possui artigos de anos anteriores, ela teve que comprar todos os acessórios para compor a decoração. Para que não sentisse o gasto com os artigos, ela recorda que desde setembro vem comprando algumas peças.

– Final de setembro, quando eu vi que já tinham alguns artigos natalinos nas lojas de R$ 1,99 comecei a fazer as compras e a pensar em como gostaria de decorar a casa. Ficou tudo muito bonito, do jeito que queria, mas porque fui comprando tudo aos poucos. Se fosse para comprar tudo agora, em dezembro, não daria, porque nesse mês já temos muitos gastos extras com presentes e confraternizações. No próximo ano eu aproveito algumas peças e, se der, compro outras – ressaltou a auxiliar.

Opções: Dica das donas de casa é que se faça pesquisas de preços e a opção por artigos que podem ser reaproveitados (Foto: Roze Martins)

Opções: Dica das donas de casa é que se faça pesquisas de preços e a opção por artigos que podem ser reaproveitados (Foto: Roze Martins)

 

Sobre a origem dos enfeites natalinos

Árvore de Natal –  É uma tradição que teve origem na Alemanha, no século XVI. Há quem diga que foi o padre Martinho Lutero, autor da Reforma Protestante, que começou com essa ideia. Ele pegou um galho de pinheiro e, em sua casa, colocou-o num vaso, enfeitando-o com papéis coloridos e velas acesas. Com isso, queria mostrar à sua família como deveria ser o céu na noite do nascimento de Cristo

Papai Noel – O personagem foi inspirado no bispo São Nicolau Taumaturgo, que nasceu na Turquia, por volta do século III. Rico, tinha o hábito de distribuir presentes e de ajudar quem estivesse passando por dificuldades financeiras. A história desse bom velhinho espalhou-se pela Grécia e pela Itália. Foi declarado santo pela Igreja Católica após vários milagres que a ele foram atribuídos. Assim, foi decidido que o dia de São Nicolau fosse comemorado no mesmo dia do nascimento de Jesus.

Guirlandas – As guirlandas existem desde a Roma e a Grécia antigas, como prêmio aos vencedores de esportes praticados. Eram também usadas em rituais pagãos, com quatro velas de cores distintas que representavam os elementos Terra, Vento, Água e Fogo. Esses rituais visavam à continuação do ciclo da vida. Elas significam um “Adorno de Chamamento” e, por isso, são porta de entrada dos deuses. Daí o costume de colocar as guirlandas nas portas, como sinal de boas vindas.

Luzes e velas – As velas eram utilizadas em rituais pagãos dedicados aos deuses ancestrais. Tais rituais marcavam o início do solstício de verão, simbolizando o poder do deus Sol, o qual era representado pelas velas. Atualmente, costuma-se utilizar as luzes (pisca-piscas) no lugar das velas, mas o sentido continua o mesmo.

Estrela – Segundo a Bíblia, a estrela de Belém, colocada no topo da árvore de Natal, guiou os três Reis Magos, vindos do Oriente, e indicou-lhes o estábulo onde nasceu o menino Jesus.

Presépio – Utilizam-se os presépios com o intuito de representar o nascimento de Jesus. São Francisco do Assis foi o primeiro a montar um, em 1223, cuja intenção era celebrar o Natal de um jeito realista, imitando o cenário do nascimento de Cristo, relatado pelos três Reis Magos.

Presentes – Há duas explicações para essa tradição. Uma, de fundo religioso, diz que eles simbolizam as ofertas dos três Reis Magos ao menino Jesus, quando este nasceu. Outra diz que têm origem com os romanos, ao quais celebravam a Saturnália — festa dedicada ao deus Saturno, em que as pessoas trocavam presentes como forma de confraternização.

 

 

Por Roze Martins

(Especial para o DIÁRIO DO VALE)

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