Escola de Piraí participará de projeto ambiental

by Diário do Vale

Piraí – A Escola Municipal Luiz Marinho Vidal, localizada no bairro Jaqueira, vai participar do projeto “Piraí Recicla”, cujo lançamento oficial ocorre neste domingo. A entrada da escola no programa de reciclagem da prefeitura ficou acertada em uma reunião realizada durante a semana, entre professores e diretoria da escola com integrantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA).

Na reunião, ficaram alinhadas várias ações ambientais que serão desenvolvidas com os alunos, que também deram sugestões do que poderá ser feito. Em geral, serão palestras e atividades práticas com objetivo de que os estudantes se tornem multiplicadores do conhecimento de educação ambiental.

Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, profissionais farão a divulgação e o cadastro de participantes do projeto. O sistema de reciclagem terá uma vertente nos prédios públicos, que começará com a sede da Prefeitura Municipal de Piraí. A coleta será realizada às quintas-feiras, a partir do dia 14 de setembro. O projeto será implantado gradativamente, com datas programadas e à medida que a população for aderindo.

A coleta seletiva, de acordo com a SMMA, consistirá no recolhimento dos materiais recicláveis (papel, alumínio, plástico e vidro), que serão levados para a Cooperativa de Trabalho de Materiais Recicláveis de Piraí (Coopmapi). De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, 40,5% dos materiais descartados na cidade é de recicláveis, frente aos 12% não recicláveis. O restante é material orgânico.

Para participar do Piraí Recicla, basta separar o lixo em úmido e seco. No lixo úmido, vai todo o material orgânico – caso das cascas de frutas e restos de alimentos. Já no lixo seco entram as embalagens, além de papelão, alumínio, plástico, metais e vidros.

Lixo: Coleta seletiva consistirá no recolhimento dos materiais recicláveis (Foto: Divulgação)

Lixo: Coleta seletiva consistirá no recolhimento dos materiais recicláveis (Foto: Divulgação)

Tradição ambiental

A escola Luiz Marinho Vidal já tem tradição em realizar trabalhos ambientais, culturais e esportivos extraclasse. Tudo passa pela supervisão da diretora Cláudia Braz e pela orientadora pedagógica Verônica Alves. Um destes trabalhos é o “Movimento Verde”, que justamente busca despertar a consciência ambiental nas crianças da escola.

– O nosso projeto ambiental não tem patrocinador, mas o sucesso dele tem atraído vários parceiros que ainda não tinham fechado com a escola até o início do ano. Eles nos ofertam ações sociais e educativas. Muitas ações são realizadas pelos alunos desde então, como a doação de óleo de cozinha usado – disse o professor Fernando Marlos.

Crise econômica diminui geração de lixo pela primeira vez em 13 anos

A geração de lixo no Brasil reduziu 2,04% em 2016 na comparação com 2015, segundo panorama divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Foram gerados 78,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos no ano passado.

Carlos Silva Filho, presidente da Abrelpe, não atribuiu a redução do lixo à conscientização ambiental da população, mas à crise. “É a primeira vez que temos decréscimo de resíduos sólidos no Brasil desde 2003, fruto da crise econômica, que afetou diretamente o poder de compra da população e trouxe, como consequência, o menor descarte de resíduos sólidos.”

Outro aspecto negativo atribuído à recessão econômica foi o aumento do uso de lixões, com 2.976 ainda presentes em todo o país. Tiveram destinação inadequada, em 2016, 81 mil toneladas de lixo. O uso de lixões a céu aberto cresceu de 17,2% em 2015 para 17,4% no ano passado.

Os aterros controlados, que ainda existem no país, são semelhantes a lixões, por vezes cercados, com cobertura de terra para esconder os resíduos, mas sem captação de gás e chorume. Houve ligeiro aumento, passando de 24,1% em 2015 para 24,2% no ano passado. O tratamento de lixo ideal, em aterro sanitário, feito em ambiente confinado para reduzir o volume de resíduos conforme os anos, caiu de 58,7% para 58,4%.

Sete municípios, não revelados pelo panorama, abandonaram o uso de aterros sanitários e passaram a usar lixões, em razão da redução de receitas municipais. O custo do uso de aterro gira em torno de R$ 90 a R$ 100 por tonelada. “É uma economia burra, pois deixa de pagar o aterro, mas, automaticamente, vai contaminar o meio ambiente e a pessoas, vai pagar mais no Sistema Único de Saúde”, disse o presidente da Abrelpe.

Segundo o panorama, 96 milhões de pessoas terão a saúde afetada por contaminação dos lixões. “São doenças como alergias, infecções estomacais, doenças causadas por vetores que se proliferam no lixo como dengue, zika, chikungunya, câncer, pressão arterial. Bastante preocupante.”

A coleta seletiva no Brasil estava presente em 69,3% em 2015, e registrou ligeiro aumento em 2016, passando a 69,6%. Entre as regiões brasileiras, o Sul foi o que mais implementou coleta seletiva (89,8%), seguido pelo Sudeste (87,2%), Norte (58,4%), Nordeste (49,6%) e Contro-Oeste (43,3%).

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