Restaurante cidadão de Barra Mansa é fechado; governo promete acerto de dívidas

by Diário do Vale
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Fechado: Frequentadores do Restaurante Cidadão, no Centro, em Barra Mansa, foram surpreendidos com o fechamento hoje
(Foto: Arlindo Novais)

Barra Mansa- O Restaurante Cidadão Irmã Ruth, localizado no Centro de Barra Mansa, amanheceu fechado na manhã desta terça-feira (19) por falta de pagamento do governo à empresa terceirizada. O restaurante servia 1.388 refeições diárias a R$ 2 e 500 cafés da manhã. Na última sexta-feira, dia 15, as 16 unidades no estado do Rio receberam do próprio governo o pedido da suspensão dos serviços, alegando não ter verba para o acerto da dívida às empresas fornecedoras.
A empresa terceirizada Vida Mais, responsável pela unidade de Barra Mansa e Resende, informou que a dívida do Governo do Estado chega a R$ 863 mil. De acordo com o diretor-executivo, Reinaldo Cafeo, o governo emitiu um ofício ainda na tarde de ontem informando que acertará parte da dívida. Com isso, a empresa manterá o contrato e a previsão é que o serviço seja normalizado na quinta.
– Recebemos um ofício na parte da tarde do governo informando que acertará parte da dívida com a empresa, entretanto o valor do acerto não foi informado. A empresa vai manter o contrato e a previsão é que o serviço seja retomado na quinta-feira – falou.
O diretor destacou ainda que o Restaurante Cidadão de Resende funcionou nesta terça sem alterações. Reinaldo explicou que a diretoria da empresa decidiu pelo não fechamento devido ao estoque dos alimentos, que poderia ser prejudicado, sendo pior para a situação da empresa.
– Optamos por não fechar devido ao estoque dos alimentos, pois seria totalmente prejudicial para nós – disse, acrescentando que em Barra Mansa, o estoque dos perecíveis já estava acabando e a previsão do retorno foi programada para esta quinta tendo tempo hábil para repor os mantimentos.
Reinaldo destacou que mesmo durante o período de crise do estado do Rio, a qualidade dos alimentos não foi comprometida.
– A empresa continuou cumprindo com as exigências, neste período evidente que tivemos que usar a criatividade, mas sem alterar a qualidade dos alimentos, a substituição maior que fizemos foi trocar a carne vermelha por frango – comentou.

Atrasos e paralisações

Em setembro do ano passado, o restaurante de Barra Mansa permaneceu fechado por dois dias devido ao atraso no repasse à empresa, mas o diretor da terceirizada pontuou que outras paralisações foram evitadas para não prejudicar o usuário e com a promessa feita pelo governo do acerto, dará novo fôlego à empresa.
– Nossa empresa evitou ao máximo pelas paralisações, pois compreendemos a questão social do projeto do Restaurante Cidadão, e mesmo com a falta de recursos do estado, nós continuamos pagando por conta própria para não afetar as unidades em Barra Mansa e Resende – revelou Reinaldo.
O Restaurante Cidadão de Volta Redonda funcionou ontem normalmente. O DIÁRIO DO VALE tentou conversar com o diretor da empresa Denjud, responsável pela unidade, mas não conseguiu contato através do telefone.

Cinco restaurantes populares fecham no Rio

As unidades do Restaurante Cidadão da Central do Brasil, no centro do Rio; de Bangu e da Cidade de Deus, na Zona Oeste; do Méier, na Zona Norte e de Itaboraí, na Região Metropolitana, fecharam anteontem. As cinco unidades servem diariamente 12 mil refeições e a dívida com as empresas que administram os restaurantes é de R$ 31,5 milhões, de acordo com a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos.
No dia 30 de junho, o secretário Paulo Melo acertou com a Home Bread a manutenção do serviço, mesmo com o atraso no pagamento. A empresa administra as unidades dos restaurantes na Central do Brasil, no Méier, e na Cidade de Deus, além de fornecer café da manhã nas estações de trem de Santíssimo, Campo Grande, na Zona Oeste; e Japeri, Belford Roxo e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
No dia seguinte, a secretaria fechou um acordo com representantes de dez empresas que administram outras 16 unidades do Restaurante Cidadão. No acordo, as empresas decidiram dar mais 10 dias para que o governo do estado pagasse a dívida.
Na segunda-feira, Melo se reuniu com o governador em exercício, Francisco Dornelles, para conseguir a liberação de recursos.
“Falei para o governador Dornelles que a gente tinha que pagar, no mínimo, dois meses. O governador entendeu e concordou. Ele sabe que o governo não cumpriu o que tinha assumido com os donos das empresas”, disse no dia.
No entanto, segundo Melo, por causa da saída do governo do secretário de Fazenda, Julio Bueno, anunciada na segunda-feira, o governador não conseguiu definir a situação.
– Há um todo realinhamento das finanças, o governador se comprometeu comigo de amanhã dar uma posição definitiva. Enquanto não tiver uma decisão definitiva, a secretaria respeita as dificuldades dos donos das empresas e por mais que lamente, entende o fechamento dos restaurantes – falou o secretário.
– A Home Bread e os que foram fechados trabalham para o sistema penitenciário, para o sistema de saúde e estão sem receber há vários meses em todos esses sistemas – explicou.
Segundo o secretário, os prestadores de serviços precisam ser informados com clareza sobre a situação econômica do estado.
– Eu entendo que a gente também tem que cumprir a palavra ou senão tem que jogar muito aberto e transparente e dizer que não vai ter condições de pagar. O que não dá é não tratar com lealdade e transparência – falou.

Demissão

As empresas que haviam concordado em aguardar dez dias pelo pagamento vão esperar até esta quarta-feira (20) para decidir se mantêm as unidades abertas. Este também é o prazo que Paulo Melo deu ano governador em exercício para sua permanência na secretaria, caso a situação não seja resolvida. “Se eu não resolver esta questão, não existe sentido. Eu não preciso de cargo de secretário. Sou deputado eleito pela população”, disse.

 

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8 comments

Francisco Carlos da Silva 20 de julho de 2016, 17:19h - 17:19

Já frequentei muito este restaurante, o problema que depois que aumentou para r$ 2,00 a qualidade do rango caiu muito

MARIA 20 de julho de 2016, 09:37h - 09:37

SE O RESTAURANTE FECHOU, É MAIS UM SINAL, PARA O POVAO APLAUDIR A TOCHA OLIMPICA QUANDO PASSAR POR BARRA MANSA, COMPREM INGRESSO PARA ASSISTIR OS JOGOS , PARABENIZA O BRASIL PELAS OBRAS GRANDIOSAS QUE FOI FEITA PARA OS JOGOS, A VILA OLIMPICA SERÁ QUE O POVO SABE PARA QUE VAI SERVIR DEPOIS DOS JOGOS, EM POUCO TEMPO COM CERTEZA TUDO AQUILO VAI ESTAR ABANDONADO, E OS HOSPITAIS E POSTOS DE SAUDE ESTA SEM BONS PROFISSIONAIS, SEM REMEDIO, O POVO FICA DEITADOS PELOS CORREDORES, COMO HOSPITAL DE PORTO REAL QUE NAO TINHA SORO GLICOSADO PARA MEU NETO QUE TEVE DE SER ATENDIDO NA EMERGENCIA, A PACIENTE DO ANO BOM QUE PERDEU CONSULTA PORQUE A AMBULANCIA NAO TINHA COMBUSTIVEL.
QUANDO O POVO VAI ACORDAR E ACHAR QUE DIVERSAO É PRIORIDADE PARA SE VIVER ??????

Silvano 20 de julho de 2016, 08:41h - 08:41

Só noticias boas para o povão. Vamos aproveitar que, o restaurante cidadão fechou, que os hospitais estão na UTI, que o Hospital Regional é uma promessa que nunca acaba e que o estado esta literalmente falido, para aplaudir a passagem da Tocha Olímpica pela região. Pelo menos os políticos nos presenteiam com essa chama da esperança.

Laticinio 19 de julho de 2016, 22:14h - 22:14

IRMÃ RUTH.NÃO FOI GOVERNADORA.NEM PROMETEU NADA!MAS HONROU O QUE TINHA EM TEU CORAÇÃO. AMOR AO PROXIMO!

PLATÃO, O FILÓSOFO 19 de julho de 2016, 19:14h - 19:14

Irresponsáveis e inconsequentes, os políticos quebraram o Rio. E o pior, meu caro, é que o cidadão comum não sabe, nem quer saber de nada.

soldado 19 de julho de 2016, 18:13h - 18:13

tá osso vai fechar o de volta redonda também,vote certo galera 00 confirma.

Antonio Carlos Peludo 19 de julho de 2016, 16:49h - 16:49

gozado eles pagam R$1.00 e nós os otarios pagamos o restante.

Rodolfo Dias 20 de julho de 2016, 08:18h - 08:18

Peludo, seu portuguesinho não é muito diferente do da galera que frequenta lá não, viu? Mas como tem pobre que odeia pobre…

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