Viver bem com diabetes é possível, diz nutricionista

by Diário do Vale

Barra Mansa – Uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, no primeiro semestre deste ano, apontou que o número de brasileiros diagnosticados com diabetes cresceu 61,8% nos últimos 10 anos, passando de 5,5% da população em 2006 para 8,9% em 2016. Embora os indicadores dos casos da doença sejam preocupantes, profissionais da área de saúde afirmam que, uma vez diagnosticado com a diabetes, o paciente pode viver bem, uma vez que tenha consciência da gravidade do problema e que faça o tratamento adequado.

No dia 15 de novembro foi comemorado o Dia Mundial do Diabetes e diversas ações foram realizadas como o objetivo de alertar a população sobre os riscos da doença. De acordo com nutricionista Marina Monteiro, coordenadora do Centro de DCNT (Doenças crônicas não Transmissíveis) de Barra Mansa, um dos principais alertas durante a celebração da data foi em torno da importância do tratamento.

– Fazendo o tratamento adequado, tendo uma alimentação equilibrada dentro dos alimentos permitidos e fazendo a atividade física, o paciente com diabetes vive muito bem e por muitos anos – destacou Marina.

Segundo ela, hoje o Centro de Doenças Crônicas do município contempla cerca de dois mil diabéticos, entre crianças e adultos, no entanto, esses números se alteram dia após dia, pelo fato do programa receber encaminhamentos de todas as unidades de saúde do município. No local, além do acompanhamento nutricional, os pacientes também têm consultas com um endocrinologista e psicólogos que dão suporte aos doentes.

– O tratamento é ofertado em cada unidade, no bairro do paciente, porém, quando ele está descompensado, é encaminhado para nós no programa de referência. O tratamento de diabetes não pode ser ignorado e no nosso município temos todo o suporte para atender os pacientes da melhor maneira possível – destacou a coordenadora.

Segundo ela, os atendimentos são feitos todas as quartas-feiras, quando os pacientes passam pela pré-consulta com a equipe da enfermagem, com aferição de pressão arterial, glicemia e peso. No período em que aguardam o atendimento a equipe da nutrição faz salas de esperas sobre temas relacionados e, depois, todos são atendidos pelo especialista.

“Procuramos informar que o tratamento envolve muito mais do que só a questão da alimentação, que realmente está ligada a diversas doenças, mas que também há outros fatores de risco como o sedentarismo, distúrbios hormonais, fatores genéticos/hereditários e a obesidade”, acrescenta a nutricionista, ao destacar que um grande problema, ainda enfrentado pelos profissionais de saúde e pelos portadores de diabetes é com relação a indústria alimentícia.

Marina afirma que ela, enquanto nutricionista, enxerga com preocupação a forma como a indústria tenta oferecer seus produtos para ganhar o consumidor como, por exemplo, fazendo com que alguns alimentos sejam mal interpretados por rótulos. “Para evitar esse tipo de situação fazemos um trabalho com os pacientes nas salas de espera, mostrando a eles sobre a importância de se ler os rótulos e se saber ao certo o que estão consumindo e comprando. Ter essa conscientização é fundamental para o sucesso do tratamento”, enfatizou Marina.

Alerta para os pais

De acordo com a nutricionista, quando o assunto é diabetes um alerta muito importante é com relação às crianças e os cuidado que seus pais devem ter no sentido de prevenir que venham se tornar portadores da doença. Segundo ela, os pais precisam ter consciência do que estão oferecendo hoje para os filhos, uma vez que o resultado da alimentação e hábitos de vidas adquiridos na infância e adolescência é que serão responsáveis pelas patologias na vida adulta.

– Hoje 10% dos nossos pacientes de referência são crianças. Assim como os adultos, é importante ressaltar que na infância também é possível se ter um bom controle da diabetes, conseguindo que essa criança viva bem com a patologia e sem agravos. Mas, quando não há cuidado da maneira certa, pode ser levado a complicações. Por isso é de suma importância o tratamento com a equipe multidisciplinar – disse a coordenadora.

O Centro de DCNT (Doenças crônicas não Transmissíveis) de Barra Mansa funciona no Centro do Idoso, na Rua Abdo Felipe, nº 22, Ano Bom. Os atendimentos são de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Para que seja atendido, é preciso que o paciente seja encaminhado por uma Unidade de Saúde.

 

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