A ‘pax romana’ no Brasil dos generais

by Paulo Moreira

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Mortos na ditadura: Placa homenageia vítimas dos governos militares (Foto: Fotos Públicas)

Mortos na ditadura: Placa homenageia vítimas dos governos militares (Foto: Fotos Públicas)

Algumas pessoas têm dito e escrito, principalmente nas redes sociais, que a ditadura militar não foi um período ruim. Segundo eles, só quem era “comunista” e tentava derrubar o governo foi preso e torturado, a criminalidade era uma ninharia, se comparada à atual, as pessoas eram muito mais patriotas, os governantes eram muito mais honestos e a economia nacional surpreendia o mundo com o milagre brasileiro.
Não foi assim. De jeito nenhum. O que imperava no Brasil, na época, era algo parecido com a “pax romana”, o regime imposto pelo império dos Césares aos países conquistados: se você abaixasse a cabeça e dissesse “sim, senhor” a tudo que os milicos mandassem, sobreviveria.
Caso contrário, seria taxado de “comunista subversivo” e levado a “prestar esclarecimentos” no Dops (Departamento de Ordem Política e Social). Se fosse chamado ao Dops, você já poderia se considerar sortudo não sumisse misteriosamente, como aconteceu com o deputado Rubens Paiva, ou não “se suicidasse”, caso do jornalista Wladimir Herzog.

‘Comunista’ era quem pensava diferente

O governo militar tinha uma doutrina segundo a qual a prioridade absoluta era a segurança nacional, que, aliás, ganhou uma lei só para ela e que justificava processos, censura à Imprensa, invasões a universidades e coisas semelhantes. Pessoas que ousassem pensar diferente disso eram tachadas como “subversivas” e considerava-se que todo “subversivo” tinha como objetivo transformar o Brasil num satélite da hoje extinta União Soviética.
Na época, o mundo vivia a Guerra Fria e as potências ocidentais, lideradas pelos Estados Unidos e pela OTAN, se opunham aos comunistas dp Pacto de Varsóvia, liderado pela União Soviética. O Brasil, portanto, se alinhou com os Estados Unidos, e a “segurança nacional” tinha esse alinhamento como uma de suas estratégias.
Só que, para os governos da ditadura militar, sindicalista que pedisse aumento de salário era comunista, assim como jornalistas que ousassem publicar reportagens sobre assuntos como um surto de meningite, porque a notícia sobre a existência da doença iria “denegrir a imagem do Brasil”.

A criminalidade existia e era combatida com mais crime

O Esquadrão da Morte era um grupo de policiais civis e militares que percorria as favelas (ninguém nem pensava em usar a expressão “comunidades”) das grandes cidades do Brasil matando supostos bandidos, sem prisão, sem processo, sem nada disso. Portanto, pelo menos em teoria as cidades seriam mais seguras para o cidadão comum. Não eram.
Havia risco de assalto nas ruas das grandes cidades – e também das não tão grandes assim. O que não havia – ou era limitado a um círculo fechadíssimo – era o tráfico de drogas.
As áreas carentes das cidades não ficavam sob controle de “Comandos” ou “Amigos”, mas eram dominadas pelos bicheiros, que inclusive se aliavam frequentemente aos militares quando seus interesses assim determinavam. O “Capitão Guimarães” que o diga.

As pessoas faziam piada com os símbolos nacionais

Era obrigatório, antes de ir para a aula, pelo menos uma vez por semana, cantar o Hino Nacional enquanto a bandeira era hasteada. Havia seriados nacionais como o “Águias de Fogo”, que mostrava um grupo de pilotos da FAB enfrentando subversivos (claro) e contrabandistas. Havia as matérias “Moral e Cívica” e “Organização Social Política Brasileira” e uma quantidade imensa de propaganda oficial na TV, nos jornais e nas revistas, sem contar os documentários produzidos sob encomenda, como “Amaral Netto, o repórter”, que começava com uma música de um dos filmes do James Bond.
E nada disso impedia que se fizesse piada com os símbolos nacionais: “laranja da china, laranja da china, laranja da chiiina/abacate, limão doce e tangerina” era a letra inventada para a introdução instrumental do Hino Nacional. Para a parte do “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas”, havia uma paródia impublicável.
O Hino da Independência (Já podeis da pátria filhos/Ver contente a mãe gentil/já raiou a liberdade/no horizonte/do Brasil”) era assim: “japonês tem quatro filhos/todos quatro aleijados/um é mudo/o outro é surdo/e os outros dois/são barrigudos”.
A gente usava a bandeira dos Estados Unidos em camisas, mochilas, tênis… e não se pensava em fazer isso com a bandeira nacional. Mas isso nem mudou, a não ser em época de Copa.
Não havia o tal “orgulho de ser brasileiro”. A não ser em 1970, naquela conquista do tricampeonato. nem o colunista, que na época era criança – e já não se importava com futebol – ficou indiferente.

Havia corruptos, e não eram poucos

Em 1974, o então chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI) e futuro presidente da República João Figueiredo acusou Delfim Netto de ter beneficiado a Camargo Corrêa em contratos com o governo federal. Detalhe: Delfim, que foi ministro da Fazenda durante o segundo e terceiro governos dos militares (Costa e Silva e Médici) e embaixador brasileiro na França no governo Geisel, acabou sendo ministro da Agricultura e depois Planejamento (com status de superministro) no governo Figueiredo.
O eterno acusado de corrupção (e atualmente condenado e cumprindo sentença) Paulo Maluf se envolveu no caso Lutfalla dois anos antes de ser governador do Estado de São Paulo. Antes disso, deu (com dinheiro da Prefeitura de São Paulo, que ele então comandava) um Fusca a cada integrante da Seleção Brasileira que havia ganhado a Copa do México. O caso virou processo, mas Maluf escapou de ter que devolver o dinheiro.
A General Electric pagou propina a alguns funcionários da RFFSA para vender 160 locomotivas à estatal. O fato foi admitido pelo então presidente da multinacional. Detalhe: um dos diretores da fabricante de locomotivas era irmão de Costa e Silva, que foi presidente da República.
Por que esses casos não viraram grandes escândalos? Provavelmente tem algo a ver com o que aconteceu em 1982 com Alexandre Von Baumgarten, um jornalista e informante do SNI que publicou um dossiê acusando o chefe do SNI, general Newton Cruz, de planejar sua morte: foi assassinado.

A economia não era essas maravilhas

O Brasil da ditadura militar teve, sim, um período de crescimento comparável ao que a China experimentou no fim do século XX e continua tendo neste início do século XXI. Foi um crescimento baseado na ideia de planejar a economia, criar estatais a torto e a direito e pegar muito dinheiro emprestado lá fora. Uma das frases preferidas de Delfim Netto era: “dívida não se paga, dívida se rola”.
E foi a dívida que começou a encrencar a situação do Brasil, junto com o petróleo. Na época, não havia sido descoberta a Bacia de Campos e ninguém nem sonhava com o Pré-Sal.
O Brasil importava petróleo e importava muito. Em 1973, a Opep resolveu que ia subir os preços do petróleo. E subiu mesmo. Para pagar a conta, o governo começou a pegar dinheiro emprestado.
Só que a rolagem da dívida começou a ficar cada vez difícil. Isso foi gerando uma série de crises, trazendo a recessão e a inflação na década de 80, que marcou o fim da ditadura (em 1985) e os primeiros anos de governo democrático.
A recessão só começou a ser superada no fim da década de 90. A inflação só se tornou administrável depois do Plano Real, no governo de Itamar Franco. Mas quem plantou a semente da década perdida foram os governos militares, assim como a gastança (e a roubalheira) descontrolada dos governos Lula/Dilma gestaram a confusão em que o Brasil está metido atualmente.

PAULO MOREIRA | [email protected]

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28 comments

tabm 15 de abril de 2018, 01:03h - 01:03

falou besteira sendo parcial,tentando manipular os menos esclarecidos !

Abner 14 de abril de 2018, 14:17h - 14:17

Amigo, seus textos estão cada vez mais falaciosos, me lembram até as pregaçoes do novo pastor da Cadevre. Por acaso vocês são parentes?

Morador do Vila Rica 12 de abril de 2018, 18:54h - 18:54

Muito bom o texto, mas se não mudarmos as leis a roubalheira não terá fim, e com esses políticos atuais, sem chance.

Marcos 12 de abril de 2018, 10:24h - 10:24

Eu jamais seria um bom socialismo ( que é a economia do regime comunista) , em primeiro lugar por ser Cristão e considerar a Verdade fundamentada em Deus como base de todo o Universo, em segundo lugar por não ser delinquente intelectual…..interessante que na maioria absoluta a dinâmica social dificilmente chega no comunismo ( que considero uma estrutura demoníaca) mas estaciona em regimes totalitário em que uma minoria composta do caudilho, seus parentes, amigos e partidários vivem uma vida nababesca enquanto o povo comum sofre e trabalha para sustentar os primeiros. Se as pessoas soubessem realmente e exatamente o que significa o socialismo e comunismo essas pseudo ciências já teriam se putrefatas há décadas……eu não preciso pensar para preferir a ditadura dos generais á ditadura dos lulas, boulos, stádiles e rainhas da vida.

Recruta Zero 14 de abril de 2018, 18:20h - 18:20

Cristão a favor das torturas e mortes nos porões, me desculpe mas vc enganando quem quando se diz cristão?

Cidadão Kane 11 de abril de 2018, 22:32h - 22:32

Paulo sou seu leitor de carteirinha, mas nesse artigo você foi infeliz, e deveria pesquisar mais. Está sendo PARCIAL. O Movimento de 1964, teve um motivo, sim. Pois o País marchava para o Comunismo, influenciado por Cuba, e culminou com o comício na Central do Brasil, que foi o estopim para os militares chegarem junto. Não deram um tiro sequer e dominaram a situação, que de 64 a fins de 67 foi de tranquilidade. Os grupos de esquerda então, se reagruparam e treinados em CUBA, passaram a praticar atos de terrorismo, colocando bombas em aeroportos, órgãos governamentais, assaltaram bancos para custear e operacionalizar as suas operações. Sequestraram e mataram Embaixadores, e a CHAPA ESQUENTOU. Em 1968 e 1969 o bicho pegou. Claro que a esquerda só fala e divulga o que interessa,como essa Comissão da verdade. O Pau quebrou dos dois lados, e com certeza teve gente que entrou de gaiato sem dever, como acontece hoje em dia né articulista ? Aliás nos dias de hoje de cada 10 que morre por TIRO, com certeza 9 DEVE, você tem dúvida disso ? Pesquise sobre os Presidentes Generais, vasculhe bem, e verás que nenhum deles( seus herdeiros)tem o PATRIMÔNIO, de Sarney, FHC, COLLOR, LULA, e outros figuras atuais. A verdade dói, mas tem que ser dita.

Alexsander 13 de abril de 2018, 14:21h - 14:21

Mandou bem!

O que faltou falar que a esquerda guerrilheira fez? Dos atentados a bombas em aeroporto; sequestros de aviões de passageiros; roubo a bancos; assassinatos de oficiais estrangeiros e empresários; assassinatos de policiais e militantes de esquerda que queriam deixar a guerrilha,; aliciamento de adolescentes para entrarem na clandestinidade (por meio de documentos destes largados propositalmente durante os assaltos a bancos, forçando o jovem que se filiou ao Diretória da UBES ou UNE a cair na clandestinidade – quem escreve isso é o Sirkis, ex-guerrilheiro, em “Os Carbonários”explosão e roubo e de armas em quarteis com morte de soldados; dos assaltos a banco e sequestros de embaixadores; da implantação da Guerrilha do Araguaia (semelhante ao que as FARC fizeram na Colômbia); atentados a bomba no centro do Rio (embaixada dos EUA -que amputou a perna de um jovem de 23 anos, piloto de aviação que passava no local – ato este que foi classificado pelo seu autor, Ladslaw Dowbor, como “um ato de poesia revolucionária”!!!)
Então os milicos tinham que fazer o que? Entregar o país aos comunistas? A Dirceu, Dilma, Genoino, todos estes que pegaram em armas? E para que? para sermos hoje uma Cuba ou Coréia do Norte?
Prefiro a teoria do “mal menor”: entre uma ditadura comunista e um governo autoritário de direita, fico com a segunda, levando em conta que estes são mais fáceis de serem derrotados pelo viés democrático, como demonstrou a campanha das Diretas…Já as ditaduras comunistas…

Recruta Zero 14 de abril de 2018, 18:24h - 18:24

“Uma mentira dita muitas vezes acaba virando uma verdade”, é isto o que querem os que defendem a incompetência dos governos militares, que deixaram o país de pires na mão e devendo até a alma para o FMI.

Maniac 10 de abril de 2018, 14:36h - 14:36

O que importa na verdade é que não há condições na sociedade para que aquela “organização social” volte a ocorrer… nem com os militares, nem sem eles. A sociedade é outra, a desagregação e o abismo entre as classes é muito maior. Não há qualquer sinal de reorganização social no horizonte e isso só poderá ocorrer, sabe-se lá com que valores, à custa de muito sofrimento e sangue derramado. Não acredito que um país tão plural vá se unir para uma ressocialização, muito menos pela democracia. Democracia essa aliás, que não passa de enganação em nosso querido Pindorama.

Roberto 10 de abril de 2018, 09:23h - 09:23

Foi comentado abaixo que D. Pedro I foi um ditador. Isso é na visão atual, mas na primeira metade do século 19 e comparando coma a própria mãe dele, Carlota Joaquina, seu irmão Miguel e o tio monarca da Espanha naquele mesmo período, o primeiro imperador do Brasil estava mais para um democrata. E com o título de Pedro IV de Portugal lutou pelo liberalismo, contra o terrível absolutismo imposto pelo irmão. E venceu. Quanto ao primeiro ditador da República, o Floriano Peixoto foi pior do que o Deodoro.

Alexsander 10 de abril de 2018, 12:58h - 12:58

São visões possíveis sim Roberto, você tem razão!
Só para esclarecer, utilizei a categoria “ditador” para governos onde o legislativo foi fechado/não funcionava com liberdade. Sendo assim, Pedro I e e Deodoro se enquadram na classificação, já Floriano, ainda que usasse de força para se manter no poder, não se enquadro no modelo esboçado.

Nelson 9 de abril de 2018, 20:31h - 20:31

Os jornalistas são os mais temerosos em relação a volta do regime militar, pois sabem que não vai mais doutrinar o povo com seus pensamentos esquerdistas, a borracha vai comer com vontade, viva 64!!

Paulinho 9 de abril de 2018, 22:57h - 22:57

Agora a moda é doutrinar via rede social famosa e não necessariamente por jornalistas. Tem até um certo “Movimento” aí que já está sendo investigado por isso.

Nego do cabelo duro 14 de abril de 2018, 18:27h - 18:27

Sr Nelson, disseste a mais pura verdade, no tempo dos generais a borracha comia solta no lombo de quem ousasse divulgar as mazelas do governo. Toda a picatetagem ocorria debaixo dos panos.

Henrique 9 de abril de 2018, 17:32h - 17:32

NUNCA SOUBE DE NENHUM AMIGO…. PARENTE….. CONHECIDO MEU QUE FOI TORRURADO OU MORTO…… PELO QUE SEI QUEM FOI TORTURADO OU MORTO E QUEM PEGAVA EM ARMAS PARA ROUBAR….SEQUESTRAR…. EX: DILMA ROUSEFF, GENUINO, JOSE DIRCEU etc etc etc …..

Henrique 9 de abril de 2018, 17:33h - 17:33

BOLSONARO 2018!!!!!

E MELHOR JAIR SE ACOSTUMANDO……..

Anderson 9 de abril de 2018, 14:08h - 14:08

Com a palavra os saudosos da época da “Revolução de 64”.

liberdade e propriedade 9 de abril de 2018, 11:05h - 11:05

Para mim o sistema de hoje (pouco respeito a liberal individual e pouco respeito a propriedade privada), pouco difere de uma ditadura. Vejo hoje um estado altamente intrometido na vida privada de cada cidadão.

Se é para admirar gestões passadas, melhor que a gestão militar foi o império de D. Pedro II, onde fomos a segunda potência mundial, tudo era ordeiro e o padrão arquitetônico das nossas cidades era europeu.

Nelson 9 de abril de 2018, 07:00h - 07:00

Pior que agora não estava, afirmo categoricamente, um país sem lei, sem horizontes, sem moral e com o povo asfixiado pela corrupção.

lIMPEZA 9 de abril de 2018, 08:59h - 08:59

DEFECOU EM FORMA DE LETRAS

Caesar 9 de abril de 2018, 00:11h - 00:11

“A Paz Romana”, é o longo período de relativa paz, gerada pelas armas e pelo autoritarismo, experimentado pelo Império Romano que iniciou-se quando Augusto, em 28 a.C., declarou o fim das guerras civis e durou até o ano da morte do imperador Marco Aurélio, em 180 d.C..

Smilodon Tacinus - O Emir Cicutiano 8 de abril de 2018, 19:57h - 19:57

Considero vc um cara inteligente, escreve bons textos, mas aqui é claramente parcial, tendencioso e carregado de ranço… Vivi minha infância no fim do regime militar e posso dizer, sim, que a violência existia, mas era uma fração da que existe hoje. As famílias eram mais estruturadas, as pessoas se respeitavam mais e respeitavam mais também as instituições… Na escola havia as disciplinas Educação Moral e Cívica, OSPB, hino nacional. O uniforme (incluindo calça, saia e calçado) era padronizado… As redes de televisão não apresentavam cenas degradantes e que depõe contra a honra, vergonha e moral de pessoas de boa índole…

Tinha falhas? Óbvio que tinha, afinal não se podia fazer o que se quisesse, era uma ditadura, mas é aí que mora o dilema. Até onde “fazer o que der na telha” é bom, seja numa casa, seja num grupo social, seja no contexto nacional? Até onde o povo brasileiro está preparado para assumir responsabilidades?… Toda organização humana sempre precisou de um líder, sob qualquer aspecto, ainda que seja espiritual. O Brasil do regime (e também o de Getúlio) era um pai severo, mas presente, controlador, enquanto o Brasil democrático é um pai cachaceiro que dá uma cesta básica e fica no sofá tomando cerveja, enquanto as crianças brigam no quarto e fazem o que querem…

Henrique 9 de abril de 2018, 17:26h - 17:26

Caraca!!!!! Ate que emfim vou concordar com voce em TUDO QUE DISSE!!!!!!

CONCORDO PLENAMENTE!!!!!!!

Alexsander 9 de abril de 2018, 22:29h - 22:29

Sou professor de História, e sempre critiquei o autoritarismo, seja da ditadura de Pedro I, Deodoro, Vargas ou dos generais do pós 64…mas uma coisa é certa: NUNCA o Brasil viveu tanta esculhambação quanto nestes 33 anos da chamada “Nova República”, ainda mais nesta última década da qual esteve à frente o PT, partido este no qual votei para presidente em 94, 98 e 2002. Daí em diante, desistí do PT e do Lula, pois não dá pra dormir tranquilo no travesseiro vendo aquele que era a esperança dos mais humildes se locupletar com a desgraça do povo, promovendo migalhas em troca de votos (clientelismo cínico) e acobertando um esquema de corrupção jamais visto “nunca antes na história deste país” – pra usar uma expressão do próprio Lula- , nem mesmo durante os governos militares como citado pelo colunista, que ao meu ver, derrapou feio na análise histórica comparativa com a “pax romana”…

é duro

El Sábio 10 de abril de 2018, 11:14h - 11:14

Vou me juntar ao Henrique, não gosto muito de vc, mas dessa vez vou concordar com cada letra do seu comentário, até que enfim!

Emília 10 de abril de 2018, 12:03h - 12:03

Até então eu só tinha observado nos seus comentários soberba e prepotência, agora vejo que eles também são acompanhados de falta de cultura e conhecimento histórico. Vida de gado, povo marcado, povo feliz.

Severino 11 de abril de 2018, 22:11h - 22:11

Parabéns Emir. Concordo com tudo que vc disse, e acrescento ; Se compararmos os chamados ” ANOS DE CHUMBO ” com os dias de hoje, prefiro os de chumbo. Tenho 80 anos, e vivi os tais “anos de chumbo”, e posso afirmar, que o articulista foi infeliz em seu texto. Os militares erraram sim, mas também acertaram, MUITO, pois os CUMPANHEIROS JANGO, BRIZOLA, ARRAES, LAMARCA, GENOINO, JOSÉ DIRCEU, Mariguella, DILMA, e outros que minha memória não guardou mais, queriam implantar no País, uma DITADURA COMUNISTA, desencadeando o Movimento de 64, vide HOJE CUBA, Venezuela, Colômbia e BOLI VIA, que maravilha viver lá não é ? Inicialmente a ideia de Castelo Branco, era de dar uma LIMPADA no País, e realizar novas eleições. Não conseguiu, pois os militares gostaram da coisa, e ele foi vencido, sofrendo um acidente aéreo, até hoje mal explicado e vindo a falecer. Os militares passaram a PEGAR PESADO, depois que começaram os atentados de terrorismo em aeroportos, bancos, embaixadas etc. Morreram inocentes ? Sim, e como. Guerra é Guerra. Nos dias atuais, estamos vivendo uma desordem geral, onde estradas são bloqueadas, sem aviso, quebra quebra, roubalheira dos políticos (95 % ) são ladrões, e são defendidos por advogados apeso de ouro. Autoridades de um modo geral estão desacreditadas, e tenho preocupação de onde isso vai chegar. Se os Militares entrarem de novo, não será como em 1964, MUITOS MORRERÃO dos dois lados. Que DEUS nos proteja amigo.

Paulão 8 de abril de 2018, 19:07h - 19:07

A “Redentora” de 1964 prometeu acabar com a subversão e a corrupção. Cumpriu a primeira parte, desde que da esquerda. A subversão de direita acabou, de tanta vergonha, só após o “acidente de trabalho” no estacionamento do Rio Centro, em 1981, quando já tinha matado na ABI, ferido gravemente na Câmara de Vereadores do Rio e explodido várias bancas de jornais, numa tentativa de calar a imprensa (hoje em dia, sabe-se lá, isso pode até ser executado por hackers). Atualmente o Judiciário, com ministros do supremo, juízes e promotores sedentos por luz de holofotes, estão atrás de vingança contra a corrupção, embora só com convicção, desde que não seja escândalo da turma do “não vem ao caso”.

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