A vida e os segredos do criador de Volta Redonda

by Diário do Vale

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Volta Redonda comemorou na sexta-feira, 17 de julho, 61 anos de emancipação. Uma ideia que nasceu basicamente de um grupo de maçons da Loja Maçônica Independência e Luz II. Mais especificamente, de Lucas Evangelista. O plano era bom. A cidade foi mobilizada. Um dos maçons que liderou o processo, Alan Cruz, era nada menos que o presidente do então poderoso e influente Sindicato dos Metalúrgicos.
Mas faltava uma coisinha sem a qual não dava para levar adiante o projeto: grana.
Era um grupo de classe média. E a conclusão foi de que não dava para cobrir os custos do movimento vendendo rifas. Além disso, a influência política do grupo não saía dos limites do distrito. Era preciso encontrar alguém rico, muito rico, para patrocinar a empreitada. E com muita, muita influência política.
Encontraram. O nome: Sávio Cotta de Almeida Gama.
Embora fosse dono da Fazenda Retiro, em Volta Redonda, Sávio estava morando no Rio de Janeiro. Convidado para o movimento, veio como “comandante” (este se tornou seu apelido). Assumiu as articulações, comprou vereadores de Barra Mansa, injetou dinheiro no movimento, conseguiu apoio do governador do Estado e do presidente da República. Fez tudo.
Mas, afinal, quem era este homem tão rico e poderoso?
Em Volta Redonda era ¨apenas¨ o dono da Fazenda Retiro. Mas no Rio de Janeiro, então Capital da República, ele era muito mais. Ele era o cara.

Cadê o Sávio na festa
de inauguração da CSN?

Em 9 de abril de 1941 – treze anos antes da emancipação de Volta Redonda – ocorreu o fato mais marcante da história da região: a inauguração da CSN. Getúlio Vargas veio pessoalmente. A nata política, militar e empresarial do país o acompanhava. À noite, em uma casa no Laranjal, onde Getúlio pernoitaria, houve uma grande festa, com jantar.
Claro que a turma do cerimonial e da diretoria da CSN não deu bola para a jacuzada de Volta Redonda. Deixaram a turma da terra de fora dos convites.
Por isso todos tomaram um susto quando Getúlio chamou seu ajudante de ordens e perguntou:
– O Sávio ainda não chegou?
– Ainda não, excelência – respondeu o ajudante de ordens.
– Ele não costuma se atrasar. É um cavalheiro. Algo aconteceu. Procures saber o quê.
Alerta vermelho. Rebuliço. Quem era o Sávio? O dono da Fazenda Retiro, descobriram. Correram até a fazenda e encontraram Sávio já indo dormir. Pediram desculpas, dizendo que o convite fora extraviado (era mentira).
Sávio não engoliu a desculpa, mas em consideração a Getúlio trocou de roupa e foi para o jantar.
Na festa, surpresa maior. Diante da nata política, econômica e social do país, Getúlio chamou Sávio para se sentar à mesa ao seu lado.
Se os mandachuvas da CSN e do cerimonial conhecessem melhor a intimidade de Getúlio saberiam que ele era vizinho de Sávio na casa de campo em Petrópolis, onde, em muitos finais de semana, se encontravam. Eram amicíssimos. As esposas saíam constantemente para jantar juntas no Rio de Janeiro.
Mais: Getúlio, mesmo antes de construir a CSN, vinha a Volta Redonda só para visitar o amigo e se hospedava na Fazenda Retiro. Olhando de lá a vista dos campos comentava que conseguia visualizar ali uma grande siderúrgica.
E assim foi feito.

O ‘menino de ouro’
do Rio de Janeiro

Sávio Gama não foi amigo só de Getúlio Vargas. Era amigo do peito do governador Amaral Peixoto. Foi amigo muito chegado de Juscelino Kubitschek – a quem foi visitar em Lisboa durante o exílio do ex-presidente, em 1966. O governador Amaral Peixoto (da época da emancipação) era quase um irmão.
No Rio, Sávio era parte de um grupo de jovens chamado “os meninos de ouro” do Jockey Clube do Rio de Janeiro, juntamente com amigos como os jornalistas Assis Chateaubriand (o “Rei do Brasil”) e Zózimo Barroso do Amaral – o mais influente colunista que já existiu no Brasil.
Zózimo, como colunista, só encontrava um rival no badalado Ibrahim Sued. Pois Sávio foi quem ensinou Sued a conhecer vinhos e o apresentou à alta culinária.
Sávio era amigo dos maiores artistas da época. Cantores, cantoras, músicos, atores.
Di Cavalcanti fez um quadro chamado ¨Santa Cecília e os apóstolos¨ (hoje no acervo da família de Roberto Marinho) em homenagem a D.Cecília, mulher de Sávio, a quem presenteou com a obra.
Mas a pergunta continua: quem era este homem tão influente, rico e poderoso?

Em noite de gala, no Golden Room do Copacabana Palace, da esquerda para a direita: Paulo Barata Ribeiro, Darcy Vargas, mulher de Getúlio Vargas, Sávio Gama e Nininha Quartim

Em noite de gala, no Golden Room do Copacabana Palace, da esquerda para a direita: Paulo Barata Ribeiro, Darcy Vargas, mulher de Getúlio Vargas, Sávio Gama e Nininha Quartim

‘Que saudades, ôôô,
do Casssino da Urca’

O Cassino da Urca, no Rio de Janeiro, era a maior casa de espetáculos do país

O Cassino da Urca, no Rio de Janeiro, era a maior casa de espetáculos do país

O samba enredo da Mangueira, no Carnaval de 1989, dá a pista de quem era Sávio. O samba falava dos grandes musicais do passado, como o teatro musical de Carlos Machado.
O que tem a ver com Sávio?
Bem, em primeiro lugar foi o pai dele, Oscar de Almeida Gama, quem criou o bairro da Urca. Em uma concessão do governo, aterrou parte da Baía de Guanabara e fundou a Urca.
E foi Sávio, aos 26 anos, quem construiu o Cassino da Urca. O maior e mais belo cassino do país e, ao mesmo tempo, uma casa de shows pela qual passaram os maiores ídolos musicais da época.
Sávio vendeu o cassino e, em seguida, abriu uma outra casa de shows e boate chamada Casablanca. Carlos Machado apresentava ali seu teatro musical. Aliás, Sávio depois vendeu a casa ao próprio Carlos Machado, o “Rei da Noite” do Rio na época.
Sávio veio de uma família milionária, que reunia empresas no Brasil e vinhas em Portugal.
Multiplicou a riqueza. Engenheiro por formação, foi ele quem construiu a enorme ilha artificial que hoje abriga a UFRJ na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. O Aterro do Flamengo. O aterro para a construção da CSN e da Fábrica de Cimentos Tupi, em Volta Redonda.
O homem amava aterrar.
Quando prefeito de Volta Redonda, pegou uma área pantanosa, aterrou e criou um novo bairro: o bairro Aterrado.

O segredo guardado
pelos emancipadores

O casal Sávio e Cecilia Gama na Fazenda do Retiro com os amigos.  Da esquerda para a direita: Regina Castro Neves e sua filha Maria Leonor, Alzira Vargas do Amaral Peixoto, Sávio Gama, Darcy Vargas, Cecilia Gama. Em pé, o governador Ernani do Amaral Peixoto. Deitada, a cadelinha Pierrette

O casal Sávio e Cecilia Gama na Fazenda do Retiro com os amigos.
Da esquerda para a direita: Regina Castro Neves e sua filha Maria Leonor, Alzira Vargas do Amaral Peixoto, Sávio Gama, Darcy Vargas, Cecilia Gama. Em pé, o governador Ernani do Amaral Peixoto. Deitada, a cadelinha Pierrette

A trajetória de Sávio Gama, acima descrita, é detalhada no livro “Sávio Gama, fotos que contam sua história”, escrito pela sua filha única, Maria Cecília Gama, e editado pelo Unifoa. Vale a pena conferir o excelente livro, uma fonte primária da história do emancipador que foi duas vezes prefeito de Volta Redonda.
Este colunista teve o prazer de conviver, quando jovem jornalista, com muitos dos emancipadores da cidade – estes já mais idosos. Especialmente Jamil Rizkala e Alan Cruz. Havia um pacto de guardar segredo sobre um detalhe da emancipação: o dia em que a Câmara de Barra Mansa aprovou, por um voto de diferença, a emancipação. Sem isso Volta Redonda não teria sido criada.
O segredo é que Sávio comprou alguns vereadores para que votassem a favor ou se ausentassem da sessão (três se ausentaram e assumiram três suplentes que eram do distrito de Volta Redonda).
Um dos vereadores ficou pasmo quando viu um enorme maço de dinheiro na sua frente. Embolsou o “pixuleco” e garantiu mais um voto pela emancipação. Para garantir outro voto Sávio contratou os serviços de uma cortesã de Barra Mansa, que seduziu um vereador e o envolveu no projeto.
Aprovada a emancipação, Sávio foi eleito o primeiro prefeito. Como ainda não tinha sequer orçamento, alugou um prédio para ser a prefeitura, no Aterrado, e contratou alguns funcionários. Pagava do próprio bolso o aluguel e o salário de todos.
Depois que Sávio morreu este colunista conversou com sua esposa, D.Cecília. Ela contava que a família não tinha mais posses.
– O Sávio ganhou muito, mas gastou mais ainda – comentava ela.
Um “bon vivant”, que amava a noite, o requinte e vivia intensamente.
Certamente foi feliz.

AURÉLIO PAIVA | [email protected]

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72 comments

Alberto Ricardo Marques 25 de julho de 2015, 11:33h - 11:33

Sabia que o Sávio Gama era importante; mas não tanto assim. Fiquei deslumbrado de ver tantos méritos dos quais ele era portador. Se hoje, tantos atributos, assim, são raros, imaginem naquela época. Pelo exposto, ele era uma grande exemplo de cidadão: GRANDE NA HUMILDADE E HUMILDE NA GRANDEZA.

Marcos 23 de julho de 2015, 12:48h - 12:48

Parabéns pela matéria.

eleitor 22 de julho de 2015, 18:30h - 18:30

então eu entendi que Volta Redonda existe mas não pela csn , não pelo pres.Getulio Vargas, e sim por três vereadores corruptos de Barra mansa… deveriam divulgar o nome dos tres e homenageá-los na câmara de volta redonda…

NEY ANTONIO DE OLIVEIRA 22 de julho de 2015, 15:51h - 15:51

Parabéns Aurélio. Volta Redonda deve muito a este grande homem. Dou meu testemunho, pois tive a honra e o privilégio de trabalhar e conviver com ele, desde 1966 e até o seu falecimento. Volta Redonda ainda está devendo as merecidas e justas homenagens para Sávio Gama. Sua vida e sua obra precisam ser resgatadas e divulgadas para os mais jovens e para a posteridade. Parabéns, irmão.

Aurélio Paiva 23 de julho de 2015, 23:33h - 23:33

Obrigado Ney
Legal ler algo de alguém que não foi só emancipador, como alguemncom quem tive a honra do contato amigo e pessoal

Aurélio Paiva 23 de julho de 2015, 23:51h - 23:51

Quer fique tudo justo e perfeito.

NEY ANTONIO DE OLIVEIRA 22 de julho de 2015, 15:43h - 15:43

PARABÉNS, AURÉLIO. VOLTA REDONDA AINDA ESTÁ DEVENDO AS MERECIDAS HOMENAGENS E RECONHECIMENTO A ESTE GRANDE HOMEM. DOU MEU TESTEMUNHO DE SUAS OBRAS. TIVE A HONRA DE PARTICIPAR, DESDE 1966 ATÉ O SEU FALECIMENTO, DIRETAMENTE COM ELE E COM SUA FAMÍLIA. SUA VIDA E SUA OBRA PRECISAM SER RESGATADAS E DIVULGADAS PARA OS MAIS JOVENS. PARABÉNS PELA INICIATIVA.

NEY ANTONIO DE OLIVEIRA 22 de julho de 2015, 15:43h - 15:43

PARABÉNS, AURÉLIO. VOLTA REDONDA AINDA ESTÁ DEVENDO AS MERECIDAS HOMENAGENS E RECONHECIMENTO A ESTE GRANDE HOMEM. DOU MEU TESTEMUNHO DE SUAS OBRAS. TIVE A HONRA DE PARTICIPAR, DESDE 1966 ATÉ O SEU FALECIMENTO, DIRETAMENTE COM ELE E COM SUA FAMÍLIA. SUA VIDA E SUA OBRA PRECISAM SER RESGATADAS E DIVULGADAS PARA OS MAIS JOVENS. PARABÉNS PELA INICIATIVA.

silvio campos presidente do sindicato dos metalurgicos do sul fluminense 21 de julho de 2015, 20:42h - 20:42

CARO AURELIO
OBRIGADO POR MAIS ESTA AULA DE HISTORIA, NASCI NA VOLTA REDONDA JA EMANCIPADA E ESTAVA NA CSN QUANDO SAVIO GAMA FOI DIRETOR SOCIAL CONVIVI COM ELE MAIS NAO SABIA DESTAS HISTORIAS, VC E SUAS REPORTAGENS SAO 10 CONTINUE COM SUAS PEQUISAS QUE ACHO EXCELENTE PARABENS AURELIO VALEU.

Fernanda 21 de julho de 2015, 19:48h - 19:48

Gostei muito da matéria. Parabéns!

jrma 21 de julho de 2015, 16:47h - 16:47

Muito boa a matéria, mas mostra um traço cultural negativo que esta enraizado em nos Brasileiros…
Será que Maquiavel esta certo e o fim justifica os meios ?

Será que nos países desenvolvidos é muito diferente ?

Sei que para os moradores de volta redonda o fim acabou sendo bom , que me escute quem tem ouvidos…

H.R. 24 de julho de 2015, 17:57h - 17:57

Parabéns pelo comentário!

Ernesto Honesto 21 de julho de 2015, 16:28h - 16:28

Encontrado nosso exame de DNA! Entre outras mil , somos mesmos filhos de propina com o dinheiro sujo! Mas nem precisava de teste, até hoje somos a cara do papai.

Robson 21 de julho de 2015, 13:58h - 13:58

Muito bom! Uma leitura deliciosa. Parabéns!

Luque 24 de julho de 2015, 15:13h - 15:13

“Leitura deliciosa”?… hummmmm!

Thiago Soares 21 de julho de 2015, 13:11h - 13:11

Muito boa a matéria. Deveria ser inserido na grade curricular da matéria de história caso ainda não esteja inserida, a história de nossa cidade. Isso não pode ser perdido!

Roberta 21 de julho de 2015, 12:06h - 12:06

Pena que não foi mencionado nem um trecho sobre meu avô, Wilson de Paiva que assumiu a prefeitura enquanto Sávio estava doente.

Áureo Braga 21 de julho de 2015, 08:59h - 08:59

Cheguei em Volta Redonda em 1952. Dois anos antes de Volta Redonda ser emancipada. Naquela ocasião obras eram realizadas febrilmente em torno da cidade moderna construída para apoio à Usina Presidente Vargas. Duas obras grandiosas despertaram a minha atenção, a construção dos colégios João XXIII no Retiro e o Getúlio Vargas no Laranjal, que são até hoje os mais importantes na educação pública de nossos jovens. Na ocasião fui assistir à solenidade de inauguração do Getúlio Vargas, em um palanque improvisado na carroceria de um caminhão. Fiquei encantado com a obra e com a visão de futuro do Sávio Gama. Nos anos seguintes, assistindo aos desfiles de 7 de setembro, a gente podia ver o orgulho de milhares de alunos daqueles colégios desfilando garbosamente. Encerrando o desfile, em determinado ano, colocaram em destaque um pequenino estudante segurando um cartaz na altura do peito que dizia “Eu sou o 4.404”. Aquilo me emocionou muito, pois via ali o futuro de Volta Redonda sendo construído pela educação. O Aurélio, com sua capacidade jornalística, bem podia pesquisar mais sobre os primeiros anos de nossa cidade e enriquecer o conhecimento de nossa bonita história.

por isso eu digo 21 de julho de 2015, 08:22h - 08:22

Toda emancipação , fusão, desmembramento tem que sequir normas especificas e complexas para evitar que politicos lesgislem em causa de seus proprios interesses (vide california)

e isso ai sem plebiscito não pode

Al Fatah 21 de julho de 2015, 20:12h - 20:12

Acho que vc fala por hoje, porque na época da emancipação de VR a lei era outra, regras diferentes… Inclusive tivemos duas constituições de lá para cá…

Alcantara 21 de julho de 2015, 08:17h - 08:17

Esta coluna trás histórias muito boas, mas ha uma contradição desta com uma história passada sobre a CSN, nesta diz que o amigo e presidente Getúlio de Sávio, foi quem escolheu a cidade em uma das suas vindas para instalar a CSN, mas na história passada sobre a CSN, diz quem escolheu a cidade foi o militar Edmundo Macedo ?!

Aurélio Paiva 21 de julho de 2015, 12:42h - 12:42

Caro leitor
No citado artigo foi citada a possibilidade da escolha da CSN ter sido influenciada pelo carinho de Macedo com a cidade.
No atual artigo destaca-se Getulio visualizando a futura usina – não se sabe se antes ou após a escolha oficial.
Impossível hoje ter certeza do detalhamento da escolha. Por isso a coluna levanta os fatos históricos: uma tentativa de se aproximar dos fatos que se perderam.
O bom é que novas revelações podem nos colocar mais perto da verdade.

Rino 21 de julho de 2015, 04:50h - 04:50

Nossa história é riquíssima. Desde os influentes fazendeiros, o processo de emancipação, a era Vargas e a importancia da CSN na soberania nacional, o início do movimento sindical, a luta pela democratização do Dom Waldir, a greve de 88, o atentado ao memorial projetado pelo Oscar Niemeyer aos trabalhadores mortos pelo exercito. Volta Redonda carece muito de um museu histórico para preservar toda essa riqueza cultural e para que as crianças e jovens tenham essa fonte de pesquisa. Um local perfeito para este museu são as instalações do antigo posto de puericultura na avenida 33 que formaria um corredor cultural com a biblioteca municipal, memorial Zumbi, Zélia Arbex e os memoriais na praça Brasil e o 9 de Novembro do Niemeyer. Uma pena que o Neto torrou os recursos da pasta da cultura com aqueles shows no 9 de Abril que não deixaram legado cultural nenhum para a cidade.

Paulo Roberto 21 de julho de 2015, 10:58h - 10:58

E parece que o prefeito também sumiu com o acervo do Memorial Getúlio Vargas. A confirmar. Se falar que a estátua do Getúlio fica vários meses escondida atrás da Casa do Papai Noel / Toca do Coelho. História também é cultura.

Al Fatah 21 de julho de 2015, 20:20h - 20:20

Concordo plenamente quanto ao museu, que poderia contar a história da siderurgia no Brasil e no mundo, ao mesmo tempo em que exporia a história da cidade… Não deveria ser uma simples galeria, mas sim uma casa imponente, um projeto grandioso e arrojado que atraia estudantes, pesquisadores e demais visitantes daqui e de alhures, algo que seja uma referência na cidade, como o MAC de Niterói e o Imperial de Petrópolis. Volta Redonda já merece isso faz tempo…

claudio cesar 21 de julho de 2015, 04:31h - 04:31

Excelente matéria. Mas deveria dizer os nomes dos vereadores de Barra Mansa que se venderam, pois devem ter alguns vivos e a população da cidade deve conhecer, quem são os safados.

carlos 21 de julho de 2015, 11:08h - 11:08

rindo muito…gostei dos quem são os safados.

Al Fatah 21 de julho de 2015, 20:26h - 20:26

Eles não se venderam, apenas foram inteligentes embolsando dinheiro por algo que mais cedo ou mais tarde aconteceria sem que eles recebessem um só centavo em troca… Se VR tivesse demorado a se emancipar de Barra Mansa, fatalmente abocanharia Amparo e a Periferia Leste no processo emancipatório, assim como Quatis, muito menor, levou São Joaquim e Falcão…

leitor 22 de julho de 2015, 20:12h - 20:12

Visto isso, Sávio Gama deu mole, gastou dinheiro atoa e deixou de levar Amparo e o Leste por ser apressado. Apressado come cru e queima a boca. Kkkkk

e os concursaudos da pmvr 2014 20 de julho de 2015, 23:46h - 23:46

Parabéns Aurélio pela matéria e por interagir com os leitores

Marco 20 de julho de 2015, 23:40h - 23:40

Excelente reportagem, fatos que pouco ou quase ninguem sabia em VR, eu mesmo sou um, so uma pergunta
essa fazenda ainda existe? e a casa que foi construida no laranjal tb existe?

eliane 20 de julho de 2015, 21:43h - 21:43

Lindo texto,amigo!
Aguardo vc no meu lançamento dia 20/08 na UGB às 19h!
Bjo no coração!
Eliane

eliane 20 de julho de 2015, 21:43h - 21:43

Lindo texto,amigo!
Aguardo vc no meu lançamento dia 20/08 na UGB às 19h!
Bjo no coração!
Eliane

Fábio 20 de julho de 2015, 17:35h - 17:35

Artigo maravilhoso! Parabéns Aurélio Paiva!

Marlene Fernandes 20 de julho de 2015, 15:42h - 15:42

Aurélio,
Volta Redonda é e será sempre um objeto importante de muitas pesquisas, principalmente, pela sua relação intrínseca com a historia do Brasil. Contar a história de Volta Redonda é sempre contar, também, a história do Brasil. E você está se revelando um dos melhores contadores dessas nossas memórias.
Amei!

aurelio 23 de julho de 2015, 23:44h - 23:44

Em relação à Marlene Fernandes, que assina o comentário, devo levantar suspeição em relação ao comentário.
Foi minha professora de História no anrtgo curso ginasial e me deu o senso crítico que mantive como jornalista.
Foi e é uma das mentes mais inteligentes que conheci.
Obrigado Marlene.

Aurélio Paiva 23 de julho de 2015, 23:50h - 23:50

Minha ex-professora Marlene Fernandes, uma das melhores inteligências que conheci.
Orgulho de ler você elogiando teu aluno.

Alexsander 20 de julho de 2015, 15:05h - 15:05

Caro “leitor”, sou professor de história na Academia Militar e cidadão de Volta Redonda. Certa feita ao ministrar aulas em um preparatório para o vestibular, me surpreendi quando um aluno de família tradicional em Resende, inclusive dona de um colégio também tradicional aqui, me trouxe uma carta de próprio punho que o presidente Washington Luiz escreveu para o seu bisavô quando estava no exílio em Nova York, logo após a sua deposição por Getúlio Vargas em 1930. Nesta micro-história, podemos perceber a íntima relação da plutocracia rural de Resende com os representantes da República Velha no Brasil. Talvez isto explique o porquê da elite rural de Resende não ter sido contemplada ou não ter sido afrontada pela construção de uma siderúrgica em suas terras… Vargas era macaco velho, não metia mão em cumbuca…

leitor 22 de julho de 2015, 20:44h - 20:44

Sem dúvidas. Posso citar vários casos de laços estreitos entre a personagens da elite resendense e o governo da época. Aliás, GV só consumia os laticínios da família Godoy donos da fazenda Castelo. É ingênuo negar a importância histórica de Resende e seus quase 300 anos e o poder de influência de personagens de sua história.

SUL FLU 20 de julho de 2015, 14:28h - 14:28

Viajei lendo isso. Como a história de VR é rica neh?!

zé brega 20 de julho de 2015, 12:08h - 12:08

interessante! um real documentário, útil às novas gerações. como contribuição, faço a seguinte observação: como a mim relatado por um componente de tradicional família de barra mansa (já falecido), originalmente a csn seria construída em resende. ocorre que o fazendeiro nelson godoy, então proprietário da fazenda santa cecília, era muito amigo do genro de getúlio vargas – amaral peixoto – então interventor/governador do estado do rio e quem efetivamente decidia em questões no nosso estado. dessa amizade houve uma rever$ão e a csn foi construída em vr .

LUIZ CARLOS GONÇALVES 20 de julho de 2015, 14:08h - 14:08

BOA TD SRS PARABÉNS PELA MATERIA PULBICADA SO VOLTA REDONDA ASSIM VALE APENA LER SEU JORNAL ISSO FAS PARTE DA ISTORIA DO BRASIL UM FORTE ABRÇO

LUIZ CARLOS GONÇALVES 20 de julho de 2015, 14:08h - 14:08

BOA TD SRS PARABÉNS PELA MATERIA PULBICADA SO VOLTA REDONDA ASSIM VALE APENA LER SEU JORNAL ISSO FAS PARTE DA ISTORIA DO BRASIL UM FORTE ABRÇO

leitor 22 de julho de 2015, 20:17h - 20:17

Zé, só o Al Fatah nunca tinha ouvido que originalmente a CSN seria construída em Resende. Acho que ele nunca entrou no Pólo industrial ou passou pelo retao da Dutra.

Eles.Sempre eles. 20 de julho de 2015, 11:32h - 11:32

Bela matéria. Parabéns!
O trabalho da Maçonaria foi fundamental para emancipação da nossa cidade, para independência do Brasil e abolição da escravatura. Isso não é coincidência é trabalho em prol do país.

Sonia 20 de julho de 2015, 11:25h - 11:25

Linda e excelente matéria – olha Diario do Vale partindo para o melhor – sempre ter coragem para melhorar é o segredo da vitoria.

Hugo Amaral 20 de julho de 2015, 09:07h - 09:07

Excelente matéria!

Paulo Roberto 20 de julho de 2015, 08:50h - 08:50

O que contam é que os grandes fazendeiros de Resende eram contra Getúlio Vargas e ditadores de direita não costumam enfrentar a elite produtiva. Ainda mais quando têm a opção de levar o progresso para outros locais. Já tinha ouvido falar da corrupção para a emancipação e que a assembleia legislativa (na época na capital Niterói) também teve que levar algum para aprovar, porém não sabia quem teve dinheiro para pagar.

leitor 20 de julho de 2015, 13:11h - 13:11

Exatamente a história que conheço é que os técnicos e topógrafos apontaram que o local mais apropriado seria em Resende, o que é óbvio e fácil de acreditar, visto a imensidão plana de Resende, bem próximo do local atual. Hoje Resende estaria poluída e com todos os terrenos na mão da CSN e com toda sua historia de séculos e maravilhas ofuscadas unicamente pela história da companhia.

Alex Esteves 20 de julho de 2015, 08:48h - 08:48

Bom dia!
Excelente matéria! História linda de Volta Redonda, cidade que amo. Confesso que não sabia e que fiquei boquiaberto com alguns fatos narrados, entretanto achei muitíssimo interessante. Obrigado Aurélio Paiva. Como sempre matérias muito ricas.

Rafael Moura 20 de julho de 2015, 08:29h - 08:29

Pude acompanhar esse trecho importante da história de Volta Redonda ao entrevistar Maria Cecília na época do lançamento do livro em 2004 na TV Ideal. Parabéns pela coluna, cada vez melhor e com um conteúdo primoroso.

Ana Lucilia 20 de julho de 2015, 07:40h - 07:40

Parabéns pela matéria….Maravilhosa um pouco da história de nossa cidade. Amo Volta Redonda, nascida e criada nessa cidade maravilhosa, infelizmente moro em outro município, mas sempre estou em VR, minha casa, minhas raízes, meu povo, meu lugar…Parabéns matérias como essa dão gosto de ler.

Cantinflas 19 de julho de 2015, 23:56h - 23:56

Gostei da matéria ! Principalmente pelas “velhas novidades”, fatos prá lá de interessantes. Obrigado Aurélio.

Ibirajara Brasil de Araujo 19 de julho de 2015, 22:55h - 22:55

Adorei a matéria e a memória histórica. Parabéns! Sou moradora há décadas e participei da trajetória da emancipação do município. Como se falava do. convencimento dos vereadores de Barra Mansa, contrários a emancipação`, acirrados pelai tradicional rivalidade entre as cidades, na época. A leitura de seu texto aumenta as saudades de um tempo de pioneiros que amavam a cidade, então em florescimento, importância e em expansão, e de um processo que eu e toda aminha família vivemos e participamos intensamente.

Glauber Cortes 19 de julho de 2015, 20:53h - 20:53

Muito boa a matéria, sou Volta Redondense de coração e de alma, infelizmente moro quase 10 anos fora, mas me orgulho muito da história da nossa cidade, gosto muito e pesquiso sempre sobre fatos históricos de Volta Redonda e do nosso estado do RJ, parabéns mais uma vez pela matéria, continue publicando esses fatos históricos de nossa cidade e região, Aurélio Paiva você ganhou mais um leitor da sua coluna a partir de hoje!!!

Fla 19 de julho de 2015, 20:04h - 20:04

Matérias assim são interessantes conhecermos pois nascemos numa cidade e não sabemos a fundo a sua história. Parabéns e espero ler mais matérias interessantes como esta.

Al Fatah 19 de julho de 2015, 19:55h - 19:55

Muito boa matéria. Pouquíssimas cidades tem uma história tão rica quanto VR, ainda mais considerando sua curta existência. Os episódios envolvendo nossa emancipação não tem paralelo com nenhuma outra no Brasil…

Hoje, Sávio Gama nomeia a maior avenida comercial da região e a praça que é sede do governo. Como primeiro prefeito do município, tem peso equivalente ao de George Washington para os EUA…

Aurélio Paiva 19 de julho de 2015, 20:18h - 20:18

Tomo a liberdade de invadir o espaço dos leitores para concordar plenamente com seu comentário

Geraldo Vida 19 de julho de 2015, 15:38h - 15:38

Prezado Aurélio,
Acho que seu texto tem uma imprecisão quando você cita o Sr. Sávio Gama junto com o Aterro do Flamengo. Não consegui confirmar a participação do referido senhor em nenhum episódio envolvendo as várias fases da construção do Aterro do Flamengo.

Aurélio Paiva 19 de julho de 2015, 18:27h - 18:27

Caro Geraldo
A coluna não se baseou apenas no livro da Maria Cecília Gama, mas também em contatos deste jornalista em sua trajetória.
Um detalhe não citado na coluna – pois é acessório – é que a avó do colunista foi cozinheira de Sávio tanto em Volta Redonda quanto no Rio e em Petrópolis.
Era fã de carteirinha de Sávio e narrava mil histórias sobre ele.
De qualquer forma valeu o alerta e procuraremos investigar melhor a questão do Aterro – que me foi passada pela minha avó.

brasil o pais da corrupção 19 de julho de 2015, 14:40h - 14:40

esse é o brasil sempre exaltando os corruptos!!!

gabriel gomes silva 19 de julho de 2015, 12:56h - 12:56

obrigada Aurélio, muito bem editado, história para contar para os filhos ! recomendo pelo menos uma vez no mês escrever essas curiosidades.

leitor 19 de julho de 2015, 12:14h - 12:14

“Foi feliz”, mas foi corruptor! Merece ser enaltecido? O maior erro histórico de BM foi ter aceitado receber a CSN. Bem fez Resende, que era a primeira opção, mas inteligentemente recusou.

Al Fatah 19 de julho de 2015, 20:06h - 20:06

Engraçado é que já ouvi dizendo que Barão do Juparanã, Vargem Alegre (este sim fidedigno) e até a sede de Barra do Piraí (Vila Helena) foram cogitados para sediar a CSN, agora vem vc (pra variar) dizendo que Resende recusou a usina quando era a primeira opção… Tal fato carece de fontes, mas acho muito provável que uma roça que era ainda mais roça naquela época tivesse força política o suficiente para impedir a implementação de qualquer projeto que fosse do interesse do governo central, ainda mais de Getúlio, que era quase um ditador… São João Marcos, que foi muito mais representativa que Resende jamais foi, por muito menos foi arruinada…

Aliás, tenho notado que vc se incomoda muito com matérias que falam de VR. Parece despeito… VR é Roma, Resende é Cartago, entenda isso…

leitor 19 de julho de 2015, 22:33h - 22:33

Por causa de corruptores e “espertos” como esse, similares aos da lava jato, que o Brasil está desse jeito. Já li até em comentários aqui de conterrâneos seus a teoria da CSN em Resende como primeira opção e o que é óbvio visto a planície de Resende ser infinitamente maior. Li noutra matéria desse colunista que uma ligação afetiva de um figurão levou a CSN para o local em que está. Então porque Resende de vários figurões da época não podem ter trabalhado para levarem para longe daqui?? GV tinha grande admiração por Resende, já havia trazido o Parque Nacional e a AMAN. SJ Marcos, ex distrito de Resende, sempre foi menos populosa e menor que o centro histórico de Resende.

Seja qual for o motivo, para Resende foi maravilhoso não ter recebido a CSN, mas para BM foi a desgraça.

Não tenho nada contra VR, nunca fiz nenhuma agressão nos comentários, vc que tem despeito, basta ver seus comentários.

Cantinflas 19 de julho de 2015, 23:54h - 23:54

Mas que comentário infeliz deste tal “leitor”….nossa…digno de pena.

Alexsander 20 de julho de 2015, 14:33h - 14:33

Caro “leitor”, sou professor de história na Academia Militar e cidadão de Volta Redonda. Certa feita ao ministrar aulas em um preparatório para o vestibular, me surpreendi quando um aluno de família tradicional em Resende, inclusive dona de um colégio também tradicional aqui, me trouxe uma carta de próprio punho que o presidente Washington Luiz escreveu para o seu bisavô quando estava no exílio em nova York, logo após a sua deposição por Getúlio Vargas em 1930. Nesta micro-história, podemos perceber a íntima relação da plutocracia rural de Resende com os representantes da República Velha no Brasil. Talvez isto explique o porquê da elite rural de Resende não ter sido contemplada ou não ter sido afrontada pela construção de uma siderúrgica em suas terras… Vargas era macaco velho, não metia mão em cumbuca…

Fernando 19 de julho de 2015, 11:58h - 11:58

Obrigado, Aurélio!
Já comecei a ver o livro.

Fernando 19 de julho de 2015, 10:57h - 10:57

Uma pergunta, Aurélio:
Onde consigo comprar esse livro?
Gostaria muito de conseguir um.

Aurélio Paiva 19 de julho de 2015, 11:43h - 11:43

A íntegra do livro em edição digital está aqui:
http://issuu.com/laertdossantos/docs/saviogama-parte1

Fernando 19 de julho de 2015, 10:54h - 10:54

Adorei a matéria. Parabéns, Aurélio!

Miguel 19 de julho de 2015, 10:15h - 10:15

Que coisa boa! Parabéns.

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