Asteroide passa pela Terra no dia 5 de março

by Diário do Vale

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Nosso planeta, a Terra, tem um encontro marcado com um asteroide no sábado, dia 5 de março. É o 2013 TX68, uma rocha de trinta metros de diâmetro que foi descoberta no espaço há apenas dois anos e meio. A agência espacial americana, Nasa, não sabe com precisão a distância que o TX-68 vai passar. Pode variar entre 14 milhões de quilômetros e 17 mil quilômetros. Na segunda hipótese será uma passagem de raspão, porque essa altitude é bem inferior a dos satélites de comunicações, que retransmitem os programas de televisão. Eles ficam a 36 mil quilômetros de altura.

A Nasa garante que o TX-68 não vai entrar na atmosfera da Terra como aconteceu com o meteorito de Chelyabinski no dia 15 de fevereiro de 2013. O meteorito de Chelyabinskiu tinha 20 metros de diâmetro e explodiu com uma potência 30 vezes maior que a da bomba que destruiu a cidade de Hiroshima em 1945. Felizmente, para os moradores da cidade russa a explosão aconteceu na estratosfera, a 30 quilômetros de altura. Mas foi suficiente para arrancar portas e janelas por toda a cidade.

O TX-68 é um pouco maior, com seus 30 metros de diâmetro. Ele visita nosso planeta periodicamente. Quando foi descoberto, em 2013, ele passou pela Terra a uma distância de dois milhões de quilômetros. Agora, vai passar bem mais perto. Existe uma possibilidade pequena de colisão com a Terra no dia 28 de setembro de 2017, no ano que vem. Mas a Nasa calcula as chances de um impacto sendo uma em 250 milhões. O cientista Paul Chodas, do Centro de Estudo de Objetos Próximos diz que a possibilidade de colisão é muito pequena, tanto em 2017 quanto nas passagens seguintes de 2046 e 2097.

Choque

Mas o que aconteceria se as previsões estiverem erradas e o TX-68 se chocar com nossa atmosfera? Por ser um asteroide pequeno, com 30 metros de largura, ele provavelmente explodiria na alta atmosfera, como o meteorito de Chelyabinski. Se a detonação acontecer sobre uma área povoada pode causar danos moderados a casas e prédios. O meteoro de Chelyabinski detonou com a energia de 500 kilotons (500 mil toneladas de dinamite). O TX-68 produziria uma explosão duas vezes maior, na faixa de um megaton. Que equivale a uma bomba nuclear de hidrogênio, do tipo que arma a maioria dos mísseis balísticos russos e americanos.

O TX-68 foi descoberto pela Catalina Sky Survey, financiada pela Nasa no dia 6 de outubro de 2013. Ele só foi rastreado durante três dias o que impediu um cálculo preciso de sua órbita. Mas eles garantem que não vai colidir conosco no dia 5 de março. “A órbita é muito incerta e é difícil prever aonde procurar por ele no céu. Mas há uma boa chance de que nossos telescópios consigam rastreá-lo na próxima semana”, concluiu Paul Chodas.

Existem milhares de rochas como o TX-68 circulando pelo espaço, o que levou as agências espaciais americanas a financiarem várias pesquisas para determinar a órbita e localização de todos esses objetos. Asteroides maiores, com centenas de metros de diâmetro, poderiam devastar o planeta em caso de impacto. Por isso o governo americano tem um projeto para desviar asteroides perigosos usando um rebocador espacial movido por motores solar-iônicos. Mas esse lixeiro espacial só deve ser construído na próxima década.

Em todo o planeta existem várias crateras produzidas por impactos de corpos celestes. Uma delas é a cratera de Aorounga, no Chade, com 12 quilômetros de largura, que foi fotografada da estação espacial internacional pelo astronauta Clayton Anderson. No dia 5 de novembro um asteroide ainda maior, do tamanho de um porta-aviões, também vai passar pelo nosso planeta. A uma distância de 200 mil quilômetros.

Explosão: Meteoro atingiu Chelyabinsk em 2013 (Foto: Divulgação)

Explosão: Meteoro atingiu Chelyabinsk em 2013 (Foto: Divulgação)

 

JORGE LUIZ CALIFE | [email protected]

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