Códigos, normas, regras e modo de usar

Por Diário do Vale

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Faça isso. Não faça aquilo.

A vida, ou melhor, as normas e regras que fazem parte do nosso dia a dia, muitas vezes nos surpreendem com suas exigências e terminologias que nos obrigam a nos encaixarmos de maneira a viver quase que engessados dentro de uma caixinha tipo longa vida.

Dress code, que nada mais é que código de vestimenta, é algo criado para facilitar a escolha da roupa mais adequada para um evento. Temos ainda as regras das boas maneiras que também é o mesmo que regra de comportamento, que por sua vez faz par com as regras de etiqueta. Temos também as regras para a vida espiritual e a que deve predominar em nossa casa, isso para que a mesma ande de maneira correta, sem sofrer interrupções na sua rotina. Há quem pregue que existam regras para o amor e o sexo e até para uma traição bem sucedida, trabalhando na linha do “faça o mal feito, bem feito”.

Bom, está mais do que provado que a vida tem regras para tudo e para todos, vivemos no que podemos chamar de “estado babá”, onde nos é dito o que devemos fazer, ofício que tem cabido em sua maior parte ao governo que nos força a uma obediência muitas vezes cega, buscando promover a moralidade, querendo preservar os bons costumes, objetivando “cuidar” da nossa saúde, segurança e até da nossa decência. O jornalista e escritor David Harsanyi toca nesse assunto com enorme inteligência em seu livro “O Estado Babá”. Em suma, seria um Código Civil que nada mais é que um conjunto de normas que determinam os direitos e deveres das pessoas, dos bens e ainda das suas relações no âmbito privado com base na Constituição Nacional.

Códigos

Temos os códigos para o bom uso de uma escada rolante. Saiba que ao fazer uso de uma delas, você deverá ficar sempre à direita, deixando a esquerda livre para as pessoas com mais pressa. Ao dirigir, use farol baixo ao cruzar com outro veículo. Sempre a partir das 22 horas começa a vigorar a Lei do Silêncio, conheça os seus códigos de comportamento.

Não contente com códigos e mais códigos que nos soterram a cada instante, temos os códigos da vida, que nada mais é que a forma como Deus colocou a codificação do Universo, que se mostra expresso através de números ao nosso redor. Como por exemplo, o dia, mês e ano do nosso nascimento, além da hora e do minuto que acompanha esse momento singular.

Já um pouco mais crescidos, vamos nós aos documentos: identidade, CPF (Cadastro de Pessoa Física), título de eleitor, carteira de motorista para alguns, carteira de trabalho, passaporte para um grupo digamos “mais seleto” e por aí vai.

Abriu-se uma conta bancária, logo temos o número da mesma e seu respectivo código de acesso. O mesmo com os cartões de crédito. Senhas e códigos, números e letras a nos ocupar a mente e a provocar o medo quando os esquecemos.

Senhas de cofre e cadeado já não são coisas tão comuns, mas a do celular e do Facebook, essas sim, devem ser inesquecíveis para o bom andamento da vida e do lazer.

A meu ver o código ou a regra mais importante é a vida, a número 1, pois apesar das vicissitudes e das provações que ela carrega, devemos vê-la como um bem precioso, de valor inestimável. Ela deve ser a nossa fonte de felicidade, isso porque o nosso corpo é único, o maior dos templos, não existindo outro na face da Terra. Seu código é único e insubstituível.

Aprenda a ouvir, isto é fundamental, mas também saiba avaliar cada palavra que entra pelos seus ouvidos, isso é primordial. O dizer e o ouvir devem estar em conformidade com as verdades e não com os ditames. A regra, o código do bem viver que se alicerça no amor não deve estar plantado na obrigação, mas sim no prazer. Nunca na cobrança e no medo, mas na ação e na doação.

De tanto repetirmos os medos que nos assaltam, esse mantra triste e doentio acaba por promover um nefasto poder, apossando-se de nós e nos fazendo escravos das coisas ruins.

Devemos nos comportar de maneira que todos que compartilharem um pouco de nossa vida através do convívio maior ou menor em nosso dia a dia, nos veja como exemplo e queiram se assemelhar a nós. Use a voz maior, a da consciência que deve sempre pautar a ética, ser o nosso espelho. Pense antes de falar e, sobretudo, antes de agir. Não julgue, mas se o fizer, o faça com equilíbrio e isenção, siga o caminho do meio. Lembre-se de que é na evolução das consciências que se encontra a chave do progresso humano, algo primordial para que vivamos em paz em nosso planeta.

Saber usar o conhecimento, sem jamais tentar impor os pontos de vista. Porque não é a idade que nos prova experiência, mas sim, o equilíbrio, porque mantê-lo é mais importante do que pregar que essa ou aquela maneira de administrar a vida é a correta, afirmando qual a melhor teoria. Então, saber escutar muitas vezes é mais salutar do que falar, principalmente se não sabemos o que dizer, assim, evitamos ficar choramingando a nossa inércia, tentando inutilmente provar que ela pertence ao outro.

 

 

ARTUR RODRIGUES | [email protected]

 

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