Coisas de mãe

Por Diário do Vale

E vem aí mais um Dia das Mães, data celebrada desde os primórdios na Grécia antiga. Entre os anos 1.100 a.C. e 146 a.C., já se fazia festinha por lá. Na América a data começou a ganhar status em 1858, mas somente teve o seu lugar ao sol como Dia das Mães em 1914. Por aqui quem deu o pontapé inicial para a celebração da data foi o presidente Getúlio Vargas em 1932 e a partir daí, as mães passaram a existir de verdade, sobretudo, para o comércio, uma vez que o faturamento nessa data é indiscutivelmente o segundo maior do ano, “brigando” de igual para igual com o Natal, que é o primeiríssimo, é quando todo mundo dá presente para todo mundo.
Com ou sem presente as mães, em sua maioria, são especiais, fundamentais e imprescindíveis. Ninguém é capaz de gritar, isso mesmo, gritar frases fantásticas como: “Eu vou contar até três”; “Quer ver? Cadê o meu chinelo?”; “Se eu levantar daqui você vai ver o que vai acontecer com você”; “Quebra, não foi você quem comprou”. E de uma lista interminável a minha preferida é: “Artur Rodrigues, venha aqui agora!”, isso dito muito bem pronunciado e de maneira pausada. Quando minha mãe falava meu nome por inteiro, pronto, estava decretada a terceira Guerra Mundial lá em casa.
E assim são as mães, figuras singulares que fazem história na nossa história. São imortalizadas todos os dias nas músicas, filmes, livros, peças de teatro, programas de humor e o que mais puder ser inventado tendo esta mulher como personagem principal.
A história revela algumas mães, mulheres incríveis que ajudaram a mudar o mundo como: Zilda Arns, médica e sanitarista, fundadora da Pastoral da Criança; Indira Gandhi, primeira mulher a ser a primeira-ministra da Índia e Marie Curie, cientista ganhadora de dois Prêmios Nobel. Aqui apenas três nomes, mas, certamente, temos milhares, milhões delas espalhadas pelos quatro cantos do planeta, inventando coisas que de alguma forma ajudem a melhorar esse mundo. Quem sabe nessa soma está a sua mãe ou você que é mãe?
Em quase todo o mundo o Dia das Mães é comemorado de maneira apaixonada, mas o que muda são as datas. Na Bolívia celebra-se o dia no final de maio, na Indonésia, no Panamá e na Sérvia em dezembro, na Noruega em fevereiro, na Argentina em outubro, na Tailândia em agosto, na França oscila entre o final de maio e o início de junho, já na Etiópia varia entre outubro e novembro e as comemorações consomem três dias de muita festa.
Mãe é mãe, tendo ela gerado um filho ou 32 como a brasiliense Madalena Carnaúba, falecida em 2011 ou ainda a chilena Leontina Albino que teve a soma espantosa de 64 filhos em 38 anos de ininterruptas gestações. Certamente nesta vasta prole a quantidade de gêmeos era algo corriqueiro.
Minha avó que era chamada pelo carinhoso codinome de Santinha, gestou 20 filhos. Com um apelido desses dava até para desconfiar. Já minha mãe, Judith resolveu não arriscar e parou no primeiro.
Curiosidade a parte, indiscutivelmente uma das comemorações mais estranhas para não dizer engraçadas devido ao inusitado modo de ser celebrada é na Sérvia. A data que é comemorada em dezembro, dois domingos antes do Natal, lá as mães são amarradas pelos próprios filhos e só podem ser soltas das cordas após darem presentes e doces para eles. O Dia dos Pais não foge a regra, estes também são amarrados e obrigados a darem presentes e a comemoração é logo após o Dia das Mães, na semana seguinte.
E o nosso país que é maternal ao extremo soma hoje quase 50 milhões de mães, mulheres que tiveram a alegria de gerar filhos, mas nem todas conseguiram embalar e criá-los, simplesmente porque não chega a todas as mulheres a Política Nacional de Atenção Obstétrica e Neonatal, porque faltam médicos e hospitais. Se essa carência é ainda imensa nas grandes capitais, imagine o que acontece, ou melhor, o que não acontece em outras partes, no interior de muitos Estados.
Os direitos das gestantes, os direitos dos bebês e logo a seguir os direitos da criança e do adolescente ainda não são 100% respeitados. Enquanto houver um só político que eleito não pense no seu povo e por ele não faça nada, ainda se ficará devendo a mães e filhos, tratamentos que somem amor e dignidade.

 

ARTUR RODRIGUES | [email protected]

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3 Comentários

Pronto falei 13 de maio de 2018, 12:15h - 12:15

Lembrando que gerar não faz com que a pessoa seja mãe e sim apenas uma genitora…
Mãe é quem cuida, dá carinho…
Se você sabe que não está preparada para isso , não seja mãe.
Pois na sociedade há milhares de casos de mãe que abusam e maltratam fisicamente e psicogicamente.

Pronto falei 13 de maio de 2018, 12:16h - 12:16

Psicologicamente.

Sandra1 13 de maio de 2018, 07:15h - 07:15

E vida longa a nós mamães queridas, parabéns a todas as mães do mundo, a minha filhinha tem 36, as vezes eu nem sei quem é mais mãe nessa estória, mas só sei que somos muito felizes e todas sejam tão felizes como nós. Aos pais mães, tias mães, pessoas mães, etc, parabéns e palmas pra todas as mães do mundo.

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