O fim do mundo em 2019 e a ameaça dos asteroides

by Diário do Vale

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Futuro: Asteroide vai passar perto em 2019  (Foto: Divulgação)

Futuro: Asteroide vai passar perto em 2019 (Foto: Divulgação)

O mundo pode acabar em 2019! A notícia bombou na internet no final de abril. Um asteroide de dois quilômetros de diâmetro, o 2002 NT7, pode colidir com o nosso planeta, exatamente no dia 1 de fevereiro de 2019. Qual a probabilidade de que isso aconteça. Uma em 250 mil. E a agência espacial americana lembra que a orbita do 2002NT7 ainda não foi calculada com precisão. A medida em que os cálculos forem aperfeiçoados a probabilidade de uma catástrofe deve diminuir ainda mais.

Para os profetas do fim do mundo vai ser outra decepção. No século passado eles citavam Nostradamus e afirmavam que o mundo ia acabar no ano 2001. Quando a data passou e não aconteceu nada marcaram o “bota fora” da humanidade para 2012. Simplesmente porque o calendário dos antigos maias só ia até esse ano. Livros e até um filme sobre o “fim do mundo em 2012” atraíram multidões. 2012 passou, não aconteceu nada e eles começaram a se preocupar com o cometa Elenin. Que passou pela Terra em 2013 sem causar o menor estrago.

Asteroide de 2019

Agora é o asteroide de 2019. O objeto em questão foi descoberto por uma equipe do Massachusetts Institute of Technology no dia 9 de julho de 2002. Por isso recebeu a designação de 2002 NT7. Ele tem uma orbita curiosa. Enquanto a maioria dos asteroides orbita o Sol no mesmo plano das orbitas dos planetas, o 2002NT7 tem uma orbita inclinada cerca de 42 graus em relação a este plano. A maior parte do tempo ele fica acima ou abaixo dos planetas, mas uma vez a cada 2,29 anos a rocha espacial atravessa o plano do sistema solar e passa bem perto da orbita da Terra.

Possibilidade de colisão é pequena

Depois de uma semana de observações o pessoal do MIT fez os cálculos e concluiu que há uma possibilidade em 250 mil do asteroide colidir com a Terra em fevereiro de 2019. Uma chance tão remota quanto a de qualquer um de nós comprar um bilhete premiado na loteria. Mas como se trata da possibilidade de uma catástrofe global a Nasa está investigando o assunto. Donald Yeomans, diretor do programa de objetos próximos a Terra do Laboratório JPL lembra que é uma possibilidade muito pequena. Além disso, o asteroide tem sido rastreado por um período de tempo muito curto, apenas 17 dias até agora. O que não permite um cálculo muito preciso. Lembre-se que o 2002NT7 leva dois anos e 29 dias para orbitar o Sol. Dezessete dias de observações é muito pouco diante de uma orbita tão longa. Previsões baseadas em uma observação tão curta não são confiáveis.

Outro pesquisador do JPL, Jon Giorgini, do Grupo de Dinâmica Solar concorda com ele. “Não vale a pena se preocupar com um objeto só porque duas semanas de observação sugerem um possível encontro com a Terra daqui a muitos anos. Medidas adicionais vão reduzir essa incerteza. Eu acho que, com mais algumas semanas de observações poderemos descartar a possibilidade de um impacto.” Escreveu o cientista na página Nasa Science News.

Ele explica que quando os astrônomos calculam a posição de um asteroide o resultado é um volume de espaço onde o objeto pode se encontrar. Além disso, as observações feitas por telescópios são distorcidas pela turbulência da atmosfera terrestre. O radar é muito melhor, mas ainda não foram feitas observações com radar do 2002NT7.

Desenvolvimento de espaçonaves

A possibilidade de que asteroides ou cometas se choquem contra nosso planeta no futuro é real. Em 1908 o pedaço de um cometa devastou uma floresta na Sibéria. E em 2013 um meteorito causou estragos em Chelyabinsk, na Rússia. Para proteger nosso planeta as agências espaciais dos Estados Unidos e da Europa estão desenvolvendo espaçonaves, como a Orion, para interceptar asteroides no futuro. A Orion poderia desviar asteroides perigosos e coloca-los em orbita ao redor da Lua. Mas só estará disponível em 2022.

Jorge Luiz Calife/ [email protected]

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3 comments

que 20 de maio de 2015, 13:53h - 13:53

que medo aasfhrzf44456 brbrhuehuebr

alexandre 15 de maio de 2015, 08:21h - 08:21

Da maneira como são apresentadas essas questões, parece que o espaço exterior é uma via cheia de tráfego intenso, quando na realidade, as distâncias entre os vários objetos é imensa… Fatalistas de ocasião existirão sempre.

Edimir Nogueira Mattos 14 de maio de 2015, 21:27h - 21:27

O Sistema Imunológico de nosso planeta recebe, constantemente, uma chuvarada de pequenos asteroides, além de nossas próprias naves perdidas no espaço. Maiores asteroides e cometas, felizmente, passam ao largo. Esse novo asteroide, que deve nos visitar em 2019, é o próximo perigo a nos preocupar. Convenhamos, uma possibilidade em 250 mil não é muita coisa. Vamos esperar novos estudos sobre sua trajetória.

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