Os cem anos da Revolução Russa

by Diário do Vale

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A Revolução Russa de 1917, quem diria, completou 100 anos no início do mês. De um jeito que ninguém imaginava. Sua maior criação, a poderosa União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, desapareceu no final de 1991. Em Moscou alguns saudosistas do tempo do comunismo fizeram uma tímida manifestação perto da Praça Vermelha. Vladimir Putin, o atual líder russo, não apareceu. E olhe que ele foi agente do temido KGB, o serviço secreto soviético. Hoje, Putin renega o passado e está contente em ser uma espécie de tsar moderno. Ignorando seus dias de espião, ele foi para o Vietnã se reunir com o presidente americano Donald Trump. Vivemos um futuro que ninguém conseguiu prever no século passado.

A União Soviética, que foi a segunda maior potência militar do mundo, nasceu em 1922, alguns anos depois da revolução de outubro (novembro para nós, já que os russos usavam um calendário diferente naquela época). Era um dos maiores países do mundo, englobando toda a Ásia ao norte da China e unindo a Rússia com as repúblicas da Ucrânia, Bielorrúsia e os estados transcaucasianos. Tudo isso está nos livros de história, o que a geração atual não consegue imaginar foi o impacto que a União Soviética exerceu sobre o planeta durante boa parte do século XX.

Os americanos morriam de medo de um ataque soviético. E montaram uma máquina de guerra caríssima que só estimulava os russos a construírem mais armas. Era uma situação parecida com a da Coreia do Norte hoje em dia. Só que a Coreia do Kim Jong-un é uma piada comparada com a União Soviética. O lema dos soviéticos era “Trabalhadores do mundo se unam” e seus líderes achavam que o planeta logo seria tomado pelo socialismo. O que dava pesadelos em muita gente.

Eu me lembro de uma vizinha lá em Pinheiral, que morria de medo do comunismo. Era esposa de um professor do Colégio Agrícola e achava que os comunistas ateus iam tomar o poder e fuzilar todos os padres. Para ela o mais assustador sobre a União Soviética não eram seus milhares de mísseis e bombas nucleares, era o comunismo ateu! Que substituíra a cruz de cristo pela foice e o martelo.

Bons tempos aqueles, o mundo era mais divertido e empolgante. Depois que a poderosa União Soviética desmoronou ficamos sabendo que o ateísmo dos russos era mais uma encenação do que uma convicção real. Todas aquelas igreja ortodoxas belíssimas sobreviveram intactas aos 69 anos de União Soviética. E o povo russo nunca perdeu sua religiosidade. Até o Vladimir Putin, ex-agente do KGB, vai à igreja regularmente. E mandou prender umas meninas que fizeram uma performance obscena em uma daquelas igrejas. Acho que por baixo do emblema da foice e o martelo aqueles temíveis comunistas carregavam santinhos.

Outro mito que não sobreviveu ao fim da União Soviética foi o da superioridade do homem socialista. Diziam que na Rússia Soviética não existia crime nem bandidos. A polícia soviética passava o tempo todo cuidando do trânsito e correndo atrás de dissidentes do regime. O crime era uma consequência da ganância do capitalismo e não existia entre os incorruptíveis cidadãos socialistas. E o que foi que apareceu firme e forte depois da queda da União Soviética? A máfia russa!

Eu era adolescente quando os soviéticos promoveram uma exposição grandiosa no Pavilhão de São Cristóvão, lá no Rio. Eu já me interessava pelas coisas do espaço e fui lá para ver as réplicas do Sputnik e da cápsula espacial da Laika. Voltei para casa com uma porção de botons com os emblemas do estado soviético. Infelizmente minha mãe destruiu todos eles a marteladas depois do Golpe Militar de 1964. Temia que os milicos me prendessem como comunista, ateu, se me encontrasse com aquelas foices e martelos.

Que pena! Hoje em dia aquelas relíquias valeriam uma nota.

 

Memória: Até os cachorros eram comunistas

Memória: Até os cachorros eram comunistas

 

 

JORGE LUIZ CALIFE | [email protected]

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28 comments

Anderson 17 de novembro de 2017, 02:55h - 02:55

Gostaria de dizer aos esquerdistas aqui das postagens, em especial aos petistas, que eu gosto de vocês e tenho vários amigos fanáticos que também acham que o Lula é honesto e que o PT é o partido da ética. Apesar de vocês me chamarem sempre de coxinha, pobre de direita, capitalista sem capital, fascista, porco, etc, etc, etc, eu os perdôo, pois vocês não sabem o que falam; por isso postam tantas besteiras. Meu único intuito aqui nas postagens é tentar abrir os seus olhos, pois a ideologia cega as pessoas e as faz passar vergonha, como sempre acontece com vocês aqui neste espaço. Sério. Acreditem, desejo tudo de bom aos meus amigos que vestem vermelho e andam com as quatro patas no chão de vez em quando. Tenham um bom final de semana e até terça!

Paulão 17 de novembro de 2017, 00:11h - 00:11

Mussolini deve ter desapropriado e entregue aos operários o comando da FIAT e outras grandes empresas da Itália, Hitler com certeza fez o mesmo com a Krupp, Mercedes Benz e demais grupos poderosos da Alemanha e Francisco Franco deve ter estatizado o Santander.

Anderson 17 de novembro de 2017, 09:42h - 09:42

E a Alemanha nazista e a Itália e Espanha fascistas eram democracias capitalistas liberais com economias baseadas no livre mercado. E Hitler, Mussolini e Franco eram ávidos leitores das obras de Hayek, Mises e Adam Smith e puseram em prática suas ideias liberais nos governos de seus respectivos países. E Lula é o político mais honesto do Brasil e o PT é o partido da ética. E o Juiz Sérgio Moro é um agente da CIA. Logo, o Comunismo/Socialismo é um sistema político e econômico viável para o Brasil, pois deu certo em Cuba e na Venezuela e o Impeachment foi “gópi”. É este o seu raciocínio? Esta é a conclusão correta?

guto 16 de novembro de 2017, 23:25h - 23:25

A existência de Deus e a propriedade privada são ambos negados pelo comunismo. A meta do comunismo é a completa sujeição da humanidade a um sistema totalitário que nega tanto a liberdade interna do homem quanto a liberdade externa.
Comunismo legisla para a massa, mas não impõe nenhuma moralidade individual. Isso é uma das razões, eu penso, porque algumas pessoas têm um exagerado interesse pela justiça social, porque isso dispensa elas da justiça individual; elas começam tomando conta dos problemas de todos com o objetivo de cobrir sua própria consciência desorientada e apodrecida. Todas as vezes que eu escuto alguém falando sobre justiça social eu sempre quero saber quanto que ele paga para sua empregada…

Zero hora 16 de novembro de 2017, 22:23h - 22:23

Chega a ser cômico ler pobres de direita, capitalista sem capital e as donas Florindas do Brejo (tipo o folclórico “Anderson”) a falar das “riquezas” que conquistaram graças ao do Capitalismo: do alto do seu “sala e 2 quartos” na Beira-Rio, cartão com limite de R$ 3.000 e seu Paliozinho 1.0.

Anderson 16 de novembro de 2017, 23:05h - 23:05

Mais um petista…

Zero Hora 17 de novembro de 2017, 00:10h - 00:10

Fui má ferida, né, Dona Florinda do Brejo? Ah, pobre de direita…

Anderson 17 de novembro de 2017, 09:24h - 09:24

Você é realmente uma garota muito má.

Paulão 16 de novembro de 2017, 16:57h - 16:57

Hitler chegou ao poder total graças ao grandes capitalistas alemães, que tinham muito medo do comunismo. Ninguém cita uma grande empresa alemã que tenha sofrido intervenção econômica do governo nazista. Repetir que nacional socialismo tem a ver com comunismo é a velha tática para que algo passe como verdade, difundida em vários sites da direita radical. O ex-capitão que quer ser eleito presidente em 2018, assim como Collor, também vai convencer o empresariado a apoiá-lo, com dinheiro sobrando, por conta do medo ao PT ou outro partido da esquerda. Depois do estrago, se eleito, no futuro vão dizer que o cara na verdade era seguidor de Karl Marx.

Anderson 16 de novembro de 2017, 18:15h - 18:15

Segundo este critério a revolução russa também não seria uma revolução comunista, pois Lenin teve amplo apoio dos empresários russos da época. Ele justificava este apoio afirmando que os capitalistas fabricariam a corda com a qual seriam enforcados. Os nazistas, assim como os comunistas e os fascistas, eram coletivistas, estatistas, autoritários, anti-liberais, anticapitalistas e antidemocráticos, como foram todos os regimes comunistas do século XXI, sem exceção. Aí vem os esquerdistas, que ainda hoje defendem o socialismo e o comunismo, mesmo depois de todos estes desastres, e não querem ser associados ao totalitarismo. É muita ignorância ou muita cara de pau!

Jim Beam 16 de novembro de 2017, 02:56h - 02:56

Estou pra ver bicho mais folclórico que brasileiro “capitalista” sem capital.

Anderson 16 de novembro de 2017, 09:31h - 09:31

Tem um sim, os esquerdista! Tem ainda o pior de todos: o Petista, que é aquele que apesar da Operação Lava Jato ainda acredita que o Lula é honesto e que o PT é o partido da ética.

guto 15 de novembro de 2017, 20:44h - 20:44

Comunismo, como crime, cresce e se torna forte porque os homens ignoram Deus. O real perigo no comunismo advém do fato de ser atéu e procurar substituir Deus. Comunismo é secularismo em marcha. É o inimigo mortal de todas as religiões no mundo que dizem existir Deus. Ou a fé de nosso povo vai triunfar ou o comunismo vai nos destruir! No Brasil as duas possibilidades não podem existir lada a lado!
Em nenhum lugar entre os líderes do Partido Comunista no Brasil, Russia, Cuba, Coréia do Norte ou em qualquer outra parte do mundo a gente vai encontrar algum comunista que ama e acredita em Deus! Deus é a Verdade. Comunistas odeiam a verdade e, além do mais, eles odeiam a Igreja!
Um dos slogans da Revolução Comunista na Russia em 1917 era: “Religião é o ópio do povo.”
Isso foi primeiramente proclamado por Karl Marx, o fundador do comunismo, em 1843. Lenin, ídolo comunista, retomou a frase em 1905. E finalmente, Nikita Khrushehev, publicou no jornal que os comunistas não tinham mudado suas opiniões sobre a religião e escreveu:

“Nós permanecemos os ateístas que nós sempre fomos; nós estamos fazendo tudo que nós podemos para liberar aquele povo que ainda está sobre o feitiço desse ópio religioso”
Quando Comunistas temporariamente e passivamente toleram religião, é para o propósito de promover o comunismo. É só lembrar Dilma Roussef, que na primeira eleição pousou ao lado de evangélicos e prometeu não apoiar o aborto, no entanto, logo que foi eleita colocou no ministério dos “direitos humanos” uma abortista….

Diná 15 de novembro de 2017, 19:33h - 19:33

Venezuela, pt, PSOL e PCdoB não são comunas kkkkk, cadê o meu gadernal.

Roberto 15 de novembro de 2017, 21:52h - 21:52

O PC do B virou uma piada. Agora é igual qualquer partido de aluguel, como muitos pequenos. Grande parte de seus filiados do chamado “baixo clero” não sabe nem quem foi Karl Marx.

Anderson 16 de novembro de 2017, 09:34h - 09:34

O dia em que os esquerdistas decidirem ler o primeiro livro, estudar um pouco, e pararem de ler blogs sujos como o Brasil 171, partidos como o PT, PSOL, PCB, PC do B acabarão no mesmo dia.

Paulão 15 de novembro de 2017, 16:10h - 16:10

Comemorar não , mas lembrar sim, afinal, se não querem comunismo é bom evitar regimes parecidos com o da Rússia antes de 1917, da China até 1949 ou os Fulgêncio Batista da vida. Porém é preciso tomar cuidado com o que se lê e sai por aí repetindo. Genocídios: não é questão de contar quantidade e sim de oportunidade. Os nazistas mataram menos porque tiveram apenas 12 anos no poder na Alemanha e durante 5 a 6 anos de guerra em países com densidade demográfica e territórios muito menores que Stálin e Mao tiveram nas mãos. Hitler e aliados, no mínimo iriam empatar esse terrível “jogo” genocida, se dominasse o então território soviético. Basta ver o que mandou fazer na Ucrânia, mesmo com aqueles que não eram de origem judia. E os neo-nazista estão por aí sim, só esperando uma oportunidade. Já na China, ainda comunista, podem endurecer a qualquer momento, se a crise econômica piorar, mas nesse caso não tem alerta da mídia, justamente por conta do poder econômico chinês.

Anderson 16 de novembro de 2017, 09:27h - 09:27

O Comunismo/Socialismo, o Nazismo e o Fascismo são parentes muito próximos, todos com a mesma verve coletivista, estatista, autoritária, anti-liberal, anticapitalista e antidemocrática. Nazismo é a sigla para Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores da Alemanha e tanto Hitler como Mussolini foram entusiastas da obra de Karl Marx e militaram em partidos comunistas/socialistas na juventude, apenas decidiram criar suas próprias versões do socialismo.

Alexsander 18 de novembro de 2017, 00:38h - 00:38

Fatos estes que em nada diminuem ou elidem a sandice destes facínoras comunistas!

Anderson 15 de novembro de 2017, 05:58h - 05:58

Comemorar os 100 anos revolução russa é pior do que comemorar o aniversário do nazismo. O comunismo causou muito mais malefícios para a humanidade do que o nacional socialismo da Alemanha. O pior é que enquanto os nazistas estão virtualmente extintos, ainda existe muita gente lá na esquerda que tem o maior orgulho de dizer que é comunista e ostentar a foice e martelo. É incrível que após tantas décadas de desastres econômicos e humanitários; de miséria, escravidão e dos regimes totalitários mais execráveis que a humanidade já viu, ainda há imbecis que acreditam que este é um sistema econômico e político viável, vide os fanáticos do PT e PSOL que vivem elogiando Cuba e a Venezuela.

Fora Temer! 15 de novembro de 2017, 14:17h - 14:17

Como sempre, não sabe o que está falando! Leu alguns Posts de fascistas da extrema direita nas redes sociais e acha que sabe alguma coisa sobre o comunismo. A começar por dizer que Venezuela é comunista, PT e PSOL comunistas é até piada, até o PCdoB não é comunista. Agora, e o capitalismo esse é bom? Ter 1% da população com 50% da riqueza mundial é bom? Pra você, para nós só as migalhas e a ilusão de vivermos em uma sociedade que dá oportunidade para todos. O capitalismo promove a miséria na América Latina, na África e na Ásia em detrimento de alguns poucos países que aproveitam seus benefícios. Se não fossem as ideias socialistas de promoção do bem estar social o capitalismo não existiria ou já teria jogado a humanidade na barbárie. Agora Cuba é comunista, tem dissidentes que fogem para viver a ilusão capitalista em Miami, assim como tem Alemão que sai da Alemanha por não aguentar um regime opressor e individualista. Agora o que é pior, viver em Cuba com educação, saúde e segurança de primeira qualidade ou viver no Brasil capitalista, morando na baixada fluminense, acordando 5 horas da manhã, pegando trem lotado, trabalhando num subemprego, explorado e ganhando uma miséria e retornando pra casa as 8 h da noite? Qual é melhor?

liberdade e propriedade 15 de novembro de 2017, 22:33h - 22:33

Anderson, excelente comentário, mas o marxismo não é sistema econômico é uma crença que quer se apoderar do poder do estado, bem como algumas religiões. O estado laico, deve ser livre de toda e qualquer crença, livre (liberal).

Anderson 16 de novembro de 2017, 09:16h - 09:16

“Fora Temer”, “Presidenta”, falar bem de Cuba, e dizer que o PT não é comunista ou de esquerda são certificados de burrice. Petista, vai ler o primeiro livro da sua vida e estudar um pouco! Se nas democracias capitalistas está ruim por que é necessário trabalhar para se sustentar, vá para a Coréia do Norte ou Cuba e seja feliz passando fome!

Anderson 16 de novembro de 2017, 09:38h - 09:38

Concordo que o marxismo não é um sistema econômico, mas em meu comentário eu escrevi sobre o comunismo, este sim um sistema político e econômico.

Alexsander 18 de novembro de 2017, 00:36h - 00:36

Anderson, sobre o teu comentário acerca da similitude entre comunismo, fascismo e nazismo, tem uma obra chamada “Fascismos” do Michael Mann, onde este sociólogo sustenta com dados a tese de que o regime comunista só foi efetivado no leste europeu graças ao terreno preparado pelas ditaduras fascistas anteriores, o que não ocasionou nenhuma ruptura já que pra ele, o comunismo é somente uma das vertentes do fascismo, tal como o nazismo.

VAI VENDO 14 de novembro de 2017, 21:26h - 21:26

Sua mãe era muito inteligente, percebe-se pela atitude, destruindo símbolos comunistas.

O Calife bem que podia escrever sobre O PRIMEIRO GOLPE DO BRASIL dado pelos militares em 15 de novembro de 1889 contra o Brasil Império. E só para adiantar para não confundir BRASIL IMPÉRIO com BRASIL COLÔNIA como 99% dos brasileiros confundem.

الفتح - الوغد 14 de novembro de 2017, 13:04h - 13:04

As filhas do czar eram muito bonitas… Fico imaginando se a implantação da república no Brasil tivesse sido assim violenta, destruindo a Família Imperial…

Alexsander 14 de novembro de 2017, 19:31h - 19:31

Al Fatah, se você visitar o site do Museu Hermitage em Amsterdan, verá que neste ano está em exposição uma mostra sobre a Revolução Russa na qual são expostos objetos da família imperial russa, além de fotos, móveis, roupas, diários da czarina e o mais triste, brinquedos das crianças…achei muito triste ver pessoalmente os desenhos infantis e o ursinho de pelúcia do filho do Czar…se por um lado os bolcheviques exterminaram a família Romanov, paradoxalmente souberam como ninguém preservar os vestígios históricos de uma época…

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