Seleção
ainda mal

by Diário do Vale

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Meus caros estou longe de ser um pessimista nas questões de futebol. Aliás, também não comungo com o otimismo. E para ninguém pensar que sou frio em relação ao nosso querido esporte, sou um torcedor, absolutamente Tricolor e não fico indiferente nem a uma pelada de várzea.

Como curto demais uma peladinha, ou racha como queiram, não consigo ficar indiferente. Nem por isso, no entanto, me envolvo a ponto de perder a visão sobre uma partida. Gosto de analisá-la e me acostumei a olhar um jogo procurando alternativas para ambos os lados.

Gosto do craque brasileiro. Atualmente, não gosto tanto do futebol brasileiro. Nem da seleção. Detestei o jogo contra o Chile.

Mesmo tendo vencido a Copa das Confederações, o futebol da seleção sob a batuta do Felipão já não me convencia. Já fazíamos um grande número de faltas. E fazer faltas em demasia, da forma que vimos fazendo, é um atestado de como se colocar mal em campo.

Naquela ocasião, o Brasil já tinha abdicado da figura do meia, aquele jogador que era maestro do time.

O futebol também mudou. Desde a base, aonde a correria vem substituindo a técnica. Ainda assim, o jogador brasileiro continua a ser a principal “mercadoria” no mercado das transferências internacionais.

Voltando à nossa querida seleção, não posso achar que, depois do gol, “voltamos a apresentar o bom futebol que vínhamos apresentando até aquele jogo”, como alardearam nossos comentaristas, apesar de termos chegado perto de fazer cinquentas faltas.

O Galvão Bueno parou e contar quando este número chegou a quarente e cinco.

Hoje, o Fernando Calazans fala em trinta duas faltas. Ambos da mesma rede.

A posse de bola (repito que era o Chile nosso adversário) beirou os 65% para eles e eles cometeram menos de vinte faltas. Paramos o jogo a todo o momento e só chutamos a gol, apenas na jogada, bonita jogada do gol do Firmino.

Desta vez, o Neymar não esteve bem, apesar de trazer para si três e quatro marcadores quando pegava na bola. Foi caçado deslealmente no início do jogo, mas foi muito secura, fominha. Ainda assim, segurava vários da defesa adversária.

Porém, milagrosamente, o gol modificou as análises na maior cara-de-pau.

Outra coisa irritante é a comparação entre a partida dos 7X1 com qualquer outra desta preparação. É forçar demais a barra.

Naquela ocasião, jogamos sem os nossos melhores jogadores: o Neymar no ataque e o Thiago Silva da defesa e os jogos não eram amistosos.

A empáfia foi nosso maior adversário na Copa. Partimos para cima sem a menor cerimônia como se Alemanha fosse um timeco e nós, sem Neymar e Thiago Silva, fôssemos um timaço.

A seleção brasileira, apesar de bons jogadores, é uma com o Neymar e outra completamente diferente quando o craque do Barcelona não está em campo.

Repito, não vejo com bons olhos o Brasil ter apenas de um terço da posse de bola e, muito menos, fazer um número de faltas gigantesco, mais do que o dobro que a seleção chilena fez.

Jogo ruim, sem emoção, sem chutes a gol.

Gol-contra

Cada vez mais, me convenço que é o maior gol-contra a proposta de a maioridade ….diminuir para dezesseis anos.

Reduzindo a idade não estaremos atacando as causas, nem de perto. E se as prisões são, de fato, uma fábrica de criminosos perigosos, uma escola para aqueles que ainda não são, estaríamos formando, mais cedo, estes mesmos criminosos, com mestrado e doutorado no crime.

Outro argumento é que os menores de idade são usados por conta de uma punição mais branda para os mesmos crimes, ainda que hediondos.

Se isto vale para os menores de 18, vai valer para os menores de dezesseis. O que é eventual passará a ser mais frequente e teremos o desgosto profundo de ver mais “prodígios” de tenra idade com arma na mão.

Entendo que é revoltante crianças de arma na mão.

Porém, não podemos, ainda que indiretamente, diminuirmos, de fato, a idade de crianças entrando no crime.

Temos, sim, que atacar o problema na base e, em paralelo, modificar por inteiro a relação com os menores apreendidos em estabelecimentos completamente despreparados para abrigá-los.

Quando esta relação se deu corretamente ficou demonstrada sua eficácia.

Por outro lado, vários países que tentaram a medida, acabaram por reconsiderar, por ela ter se demonstrado totalmente inoperante.

E não é verdade que o menor não é punido. Há as medidas socioeducativas.

Não dá para achar que inimputabilidade criminal seja sinônimo de impunidade.

Por Nelson Rodrigues Filho / [email protected]

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1 comment

José 6 de abril de 2015, 21:29h - 21:29

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