Tudo sobre acasalamento de cães

Por Diário do Vale

Como falamos na semana passada, o cruzamento de cachorro é uma decisão séria, que deve ser bem pensada, colocando na balança os prós e contras para que não seja tomada nenhuma atitude precipitada.
Mas, atenção! Não se arrisque acasalando seu cachorro de qualquer maneira, você poderá colocar, não só a vida de seu cachorro em risco, mas também a saúde de sua família.
A falta de esclarecimento na hora de cruzar um cachorro pode gerar diversas complicações, que podem variar desde problemas de deformidade em filhotes, problemas genéticos, como displasias e problemas neurológicos, até a transmissão de doenças, como a brucelose canina que é uma zoonose e pode acabar infectando sua família. Porém, se você pensou bem e mesmo assim quer colocar seu amiguinho para cruzar, então, fique atento aos cuidados que você deve ter, para fazer a cruza dele de forma correta e o máximo segura possível:

1º- Fique atendo a idade, pois a vida sexual do macho deve iniciar a partir dos 18 meses de vida e das fêmeas, somente após o seu terceiro cio. E o fim da vida sexual, não deve ultrapassar os oito anos no macho e os cinco anos nas fêmeas.

2º- Se atente ao tamanho do casal, pois para garantir a saúde da futura mamãe, o macho deve ser, no máximo, do mesmo tamanho que ela. Isso porque, se o macho for maior, há grandes chances de os filhotes ficarem muito grandes, e a fêmea não ter passagem, trazendo complicações na hora do parto, sendo necessário uma cesárea de emergência, além de um desgaste maior da mãe no período de amamentação.

3º- Fique atento também com relação a raça, cães de raças devem ser cruzados com a mesma raça.

4ª- É extremamente importante evitar o acasalamento entre animais com algum tipo de parentesco, para que não ocorra complicações na gestação e nem nasça filhotes com mutações genéticas gravíssimas, incluindo o surgimento de diversos problemas físicos e neurológicos. Filhotes com ausência de órgãos, a falta de partes do corpo, a malformação de membros e deformações são apenas algumas das possibilidades que podem ocorrer em cruzamentos consanguíneos.

Macho e fêmea: É importantíssimo o acompanhamento médico veterinário, logo assim que decidir colocar o seu bichinho para cruzar (Foto: Divulgação)

5º- É importantíssimo o acompanhamento médico veterinário, logo assim que decidir colocar o seu bichinho para cruzar. Tanto o macho quanto a fêmea devem passar por um check-up, sendo verificado se as vacinas estão em dia, assim como a proteção contra vermes e antiparasitas. Além de verificar se há sinais de alguma doença, onde não seja indicado a cruza do animal, como por exemplo, doenças que podem ser contraídas geneticamente (displasia coxofemoral, epilepsia, obesidade, problemas de pele e cardíacos, entre outros).

6º- Para acasalar a fêmea ela precisa estar no seu período fértil. Os sinais desse período incluem desobediência, inquietação da fêmea e aumento na frequência de fazer xixi, e outros mais evidentes como a vulva ficar inchada e ocorrência de pequenos sangramentos. E é, geralmente, por volta do oitavo dia de ciclo que a fêmea passa a aceitar os machos, a partir desse dia pode acontecer o acasalamento até o fim do ciclo, antes que ela passe a rejeitar os machos novamente.
Se a cruza for feita com mais de um macho, há a possibilidade de que a cadelinha tenha filhos de pais diferentes. Devido ao período de tempo que uma fêmea permanece fértil, pode ser difícil saber exatamente qual é o momento correto para que seja feita a fecundação, muitas vezes é necessário a ajuda do veterinário através de exames citológicos para checar se ela realmente está fértil naquele período.

7º- Os cios em cadelas costumam ter um tempo de pausa que varia entre seis e oito meses entre um e outro. Não faça o cruzamento de cachorro em todos os cios. A gestação é um processo muito desgastante e estressante, e a saúde do animal pode ficar comprometida se ele não tiver tempo para se recuperar.

8°- É importante que o cruzamento de cachorro aconteça na casa do macho, pois ali ele se sente mais confortável, “dono do território” e a fêmea também costuma ser menos agressiva, submissa e mais receptiva fora do seu ambiente. Mas se, por algum motivo, não for possível ser na casa do macho e for decidido que a cruza vai acontecer no território dela, leve-o lá algumas vezes antes para ele conhecer o lugar e se habituar. A presença de outros machos pode complicar a situação, então, deixe apenas o macho escolhido perto da fêmea para evitar brigas.

9°- Também é importante, na hora de escolher qual cão irá acasalar com o seu, ficar um tempo em companhia deste cachorro, a fim conhecê-lo e avaliar seu temperamento, diminuindo assim a probabilidade de rejeição, ataques e brigas. Mas, lembre-se, é sempre importante estar por perto quando o casal estiver junto. Mantenha o ambiente tranquilo para que os animais se sintam à vontade, mas não deixe de supervisionar.
Se acontecer de a fêmea recusar o macho pode ser porque ela ainda não está pronta para cruzar, então, tente de novo no dia seguinte.

10º- O macho costuma ficar poucos minutos “montado” na fêmea. Depois ele desce e os dois ficam virados de costas um para o outro, com os bumbuns grudados por até meia hora. Nesse momento é que a fecundação está ocorrendo, então, nunca os separe. Tentar afastá-los a força pode machucar seriamente os órgãos íntimos deles. Deixe que se afastem sozinhos e descansem depois disso.

11º- Geralmente a cadela aceita cruzar com o macho durante quatro dias, e você vai saber que o período fértil dela acabou quando ela mesma não deixar que o macho se aproxime novamente para cruzar.

12º- Anote os dias em que as cópulas ocorreram para ter uma ideia de quando a ninhada virá (a gestação saudável de uma cadela dura em média 64 dias, pouco mais de dois meses).

Tendo em vista que a falta de conhecimento na hora de cruzar cachorro pode trazer uma série de complicações para a vida dos animais envolvidos, fica claro que seguir as regras é fundamental para obter sucesso. Ou seja, se você não estiver seguindo uma das regras faladas acima, então, não coloque seu animal para cruzar. Lembre-se, respeitar o seu animal e a natureza dele é palavra-chave nesse processo, e a saúde dele é o que mais importa.

 

 

 

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GLAYCE CASSARO PEREIRA | [email protected]

 

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