O segundo sol

Por Diário do Vale

Vou aproveitar o mote da estreia de mais uma novela de TV, para falar sobre o segundo sol em nós ou para nós. Não cabe aqui destacar ninguém que esteja no cast da novela ou mesmo a própria emissora que a exibe, o que vale é falarmos o que seria sob a minha ótica o segundo sol?

Muito se houve dizer que todos nós temos direito a uma segunda chance, então, essa pode ser a tradução do que seria um segundo sol, porque reza a lenda que o sol nasceu para todos. Claro que muitas vezes esse é mais um ditado simpático do que um portador de uma realidade palpável, mas mesmo assim ele carrega algum fundo de verdade.

Seria realmente muito bom se o sol brilhasse para todos, sobretudo no nosso país, mas nem sempre isso acontece de maneira tão verdadeira e muito menos imediata. A vida é inegavelmente cheia de altos e baixos, uma gangorra que sobe e desce, nos levando ao sabor dos seus desejos, algumas vezes comandando, já noutras, comandados.

Quantas crises nos assaltam ao longo da nossa existência? Se não acreditarmos numa força capaz de nos tirar do rodamoinho, creio que não sairemos inteiros. Recomeçar, zerar o jogo e partir do marco zero, nem sempre é algo fácil e muito menos possível.

Acredito que todos nós tenhamos o direito a uma segunda chance, mas nem todos conseguem encontrá-la para poder colocar em prática. A vida é surpreendente e vivemos literalmente a mercê, sobretudo dos imprevistos, das surpresas sejam elas boas ou ruins. Não temos que ter medo de dar e muito menos de receber uma segunda chance, de acreditar que o segundo sol vai brilhar para nós em um determinado momento de nossas vidas.

Temos que perseverar, insistir, acreditar que a hora vai chegar e que seremos contemplados de alguma forma com os louros da vitória.
Uma música do Grupo Revelação, que fala disso com muita verdade, é um hino de perseverança: “Quem cultiva a semente do amor, segue em frente não se apavora, se na vida encontrar dissabor, vai saber esperar sua hora”. E completa: “Às vezes a felicidade demora a chegar, ai é que a gente não pode deixar de sonhar, guerreiro não foge da luta e não pode correr, ninguém vai poder atrasar quem nasceu pra vencer”.

Quem nasceu para vencer? Eu, você e todos que acreditam de alguma maneira no brilho do sol, na luz que clareia os sonhos e os torna real. Às vezes a felicidade demora a chegar, e como demora. Vem fragmentada, em pequenas doses, mas vem. O pior é ser derrotista, assumir a perda antes mesmo de ir para a batalha, de travar o combate com o inimigo, seja ele qual for.

Um texto como esse pode em determinados momentos parecer surreal, jocoso e em nada ter o real poder de nos ajudar. Na verdade ele não é a chave que vai abrir a grande porta, até porque a chave está em nós e se não mostrarmos lá fora o quão somos capazes e fortes, jamais nos levarão a sério.

Sou um apreciador de fábulas, sobretudo aquelas infantis, histórias contadas para nós na nossa infância. Elas sempre tinham um final diferente, curioso e se não tão feliz, pelo menos trazia a resposta para muitas de nossas perguntas. Crescíamos e acabávamos por entender a moral da história. Levávamos algum tempo para acharmos determinadas respostas, mas um dia numa curva da vida nós a encontrávamos.
E é assim que eu tento ver a vida, como uma fábula que inteligente nos irá presentear com respostas sinceras acerca do segundo sol ou do que mais perguntarmos.

A chave está em nós, no nosso querer, no perseverar e no pode seguir em frente. Infelizmente o mundo não é para os fracos, talvez para os sonhadores, jamais para os fracos. O mundo é uma grande fábula com sua moral nem sempre muito nítida, mas se soubermos traduzi-la, entendermos com clareza as vicissitudes, teremos em mãos a chave do mistério e faremos brilhar para nós e para aqueles a quem amamos e queremos bem, um segundo sol.

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