Apadrinhamento pode mudar a realidade de crianças e adolescentes

by Diário do Vale

Barra Mansa – Um ato de amor e solidariedade com as crianças e adolescentes que enfrentam a dolorosa realidade de viverem em um abrigo. Esse é um dos princípios do Programa de Apadrinhamento do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e que, segundo a juíza Lorena Paola Nunes Boccia, é uma importante iniciativa no sentido de ajudar crianças e adolescentes em medida de acolhimento institucional e familiar, com esperanças remotas de reinserção familiar ou adoção.

Na última quarta-feira (9) Lorena ministrou uma palestra sobre o Programa de Apadrinhamento para advogados na sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Barra Mansa. Na oportunidade, além de especificar sobre os tipos de apadrinhamento, a juíza destacou que tal ação contribui com a construção de laços de afeto e apoio material, com possibilidades de amparo educacional e profissional, com pessoas da sociedade que tenham disponibilidade emocional e/ou financeira para se tornar padrinho ou madrinha.

– Cabe a todos romper com a realidade das crianças e adolescentes acolhidos, e sem perspectivas de reintegração familiar ou adoção. Espera-se que os resultados deste programa reflitam diretamente na sociedade, pois poderá proporcionar a essas crianças e adolescentes desenvolvimento saudável, além da oportunidade de quebrarem o ciclo da exclusão e da invisibilidade social em que se encontram – destacou a juíza.

Atualmente, segundo Lorena, na comarca de Barra Mansa existem seis crianças à espera de um padrinho afetivo.

Tipos de padrinhos

Conforme explicou Lorena, padrinho afetivo é a pessoa que visita regularmente o afilhado, buscando-o para passar fins de semana, feriados ou férias escolares em sua companhia, proporcionando as promoções social e afetiva e revelando a ele as possibilidades de convivências familiar e social saudáveis, que gerem experiências gratificantes. Já o padrinho provedor é a pessoa natural ou jurídica que dá suporte material ou financeiro à criança e ao adolescente.

– O padrinho provedor é o que contribui na realização de obras nas instituições de acolhimento, doação de móveis, de aparelhos, de equipamentos, de utensílios, de materiais escolares, de calçados e de brinquedos, entre outros. Também cabe a eles o patrocínio de cursos profissionalizantes, reforço escolar, prática esportiva e a contribuição em dinheiro para alguma demanda específica da criança, como, por exemplo, o custeio de uma consulta médica particular – esclareceu Lorena.

Ainda segundo ela, dentro do programa também existe o padrinho prestador de serviços, que é a pessoa natural ou jurídica que se cadastra para atender às necessidades institucionais das crianças e/ou adolescentes, conforme a sua especialidade de trabalho, sendo um fornecedor de serviços médicos, odontológicos, reforço escolar, eletricista, pintor, entre outros profissionais.

Pode se tornar padrinho dessas crianças e adolescentes qualquer pessoa maior de 18 anos, independente do estado civil, raça e sexo. Os padrinhos têm o direito de escolherem as crianças ou adolescentes que estejam acolhidos institucionalmente. Além dos menores, o abrigo do qual eles fazem parte também pode ser apadrinhado. “Precisamos apenas que os padrinhos tenham disponibilidade de tempo para se dedicar ao afilhado, com visitas à entidade de acolhimento, à escola, passeios, entre outras atividades”, ressalta a juíza.

Segundo Lorena, para se tornar um padrinho o candidato deve apresentar ao Comissariado da Comarca de seu município a ficha de inscrição preenchida, com a indicação do apadrinhamento que pretende realizar. Para o procedimento são exigidas fotocópias da carteira de identidade; cadastro de pessoa física (CPF); comprovante de residência; comprovante de renda; e fotografia 3×4 recente.

 

Por Roze Martins

(Especial para o DIÁRIO DO VALE)

You may also like

3 comments

Tia 13 de agosto de 2017, 21:23h - 21:23

Camelo falante,falou e não comentou…eu acho a matéria super importante,se eu tivesse condições eu adotaria uma criança,pra isso precisaria estar bem fisicamente,psicologicamente e financeiramente!

camelo falante 12 de agosto de 2017, 16:52h - 16:52

Engraçado, uma matéria importante como essa não tem comentários.

Mas se fosse falando que o Samuca fez a barba ia chover comentários.

Viviane 13 de agosto de 2017, 08:57h - 08:57

Concordo!
Diário do vale coloca lá em cima essa matéria
Muito importante!

Comments are closed.

diário do vale

Rua Simão da Cunha Gago, n° 145
Edifício Maximum – Salas 713 e 714
Aterrado – Volta Redonda – RJ

 (24) 3212-1812 – Atendimento

(24) 99926-5051 – Jornalismo

(24) 99234-8846 – Comercial

(24) 99234-8846 – Assinaturas
.

Image partner – depositphotos

Canal diário do vale

colunas

© 2024 – DIARIO DO VALE. Todos os direitos reservados à Empresa Jornalística Vale do Aço Ltda. –  Jornal fundado em 5 de outubro de 1992 | Site: desde 1996