Crise muda hábito na hora do almoço

by Diário do Vale

Volta Redonda – A crise econômica, aliada a necessidade de bom hábito alimentar, tem mudado a rotina de muitos trabalhadores que passaram a optar pelas marmitas, durante o almoço. Outro fator favorável a esta nova modalidade é a economia no tempo para deslocamento entre o trabalho e o local da refeição. O resultado desses novos hábitos vem sendo sentido pelos donos de restaurantes que, embora afirmem que o movimento está bom, reconhecem a queda em relação ao número de clientes, se comparados com anos anteriores.

O preço cobrado pelo quilo da comida ou pelo rodízio pode ser o responsável pela oscilação de movimento em restaurantes da cidade. Com valores que vão desde R$ 39,90 a R$ 49,90, o quilo cobrado por uma refeição pode se tornar salgado para as finanças no final do mês. Os homens que tendem a servir uma porção ainda maior e mais pesada são os que mais evitam os restaurantes a quilo. Um deles é o mecânico Paulo Rogério Cupertino, de 45 anos, que mora na Caieira e trabalha no Conforto. Ele passou a optar pela marmita buscando economia no orçamento.

– Trago todos os dias comida de casa, coloco na geladeira e na hora do almoço aqueço no micro ondas, com isso economizo e me sobra mais tempo para descansar entre uma jornada de trabalho e outra – ressaltou o rapaz, enfatizando que deixou de optar, ainda, pelo marmitex que, na opinião dele, acabam também pesando no orçamento caseiro.

A administradora Simone dos Santos, de 49 anos é outra trabalhadora que engrossa a lista de pessoas que passaram a levar a refeição para o serviço. Mesmo se alimentando pouco, com alimentos saudáveis e baseados em verduras e legumes, a administradora considera que a refeição feita em casa, além de ser mais saudável, acaba saindo no final do mês, bem mais em conta do que a opção de almoçar em restaurantes.

– Geralmente as mulheres pagam menos no peso da refeição, mas ainda assim se somarmos, quando fechamos o mês, percebemos que o gasto foi considerável – ressaltou a administradora, lembrando que, por morar perto do trabalho, ela as vezes opta por ir em casa durante o almoço.

Economia: Crise faz empregados optarem pelo almoço feito em casa mesmo (Foto: Divulgação)

Economia: Crise faz empregados optarem pelo almoço feito em casa mesmo (Foto: Divulgação)

Outro lado

Os donos de restaurantes também concordam que a opção de levar marmita para o trabalho pode ser um dos fatores que provoca a redução de clientes nestes estabelecimentos, em horário de almoço. Um deles, o proprietário do Restaurante Q Sabor, um dos mais antigos da cidade, no Aterrado, Matheus Swdio, afirma que a movimentação no estabelecimento vem sendo mantida dentro da média. Mas ele antecipa que, esse volume de clientes, oscila de acordo com os dias.

“E muito relativo dizer quando o movimento tá bom ou não, porque há dias em que surge grande número de clientes que a gente sequer imagina de onde vieram, mas também enfrentamos períodos que a casa fica bem vazia”, ressaltou o comerciante.

A avaliação de Matheus é a mesma de outra dona de restaurante também tradicional na cidade. Elisneia Fenner, proprietária do Churrascão Gaúcho, há 17 anos, explica que há dias em que o volume de pessoas no estabelecimento surpreende, mas há outros períodos em que o movimento também fica fraco. “Somos especializados em rodízio e, geralmente, nos finais de semana temos um grande número de pessoas, que vem almoçar com a família”, concluiu Elisneia.

You may also like

diário do vale

Rua Simão da Cunha Gago, n° 145
Edifício Maximum – Salas 713 e 714
Aterrado – Volta Redonda – RJ

 (24) 3212-1812 – Atendimento

(24) 99926-5051 – Jornalismo

(24) 99234-8846 – Comercial

(24) 99234-8846 – Assinaturas
.

Image partner – depositphotos

Canal diário do vale

colunas

© 2024 – DIARIO DO VALE. Todos os direitos reservados à Empresa Jornalística Vale do Aço Ltda. –  Jornal fundado em 5 de outubro de 1992 | Site: desde 1996