MPRJ denuncia 18 integrantes de quadrilha de milicianos com ramificação no Sul Fluminense

by Diário do Vale

Polícia prende quatro suspeitos de integrar quadrilha de milicianos. (crédito Divulgação)

Rio e Sul Fluminense – O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro apresentou, por meio da 20ª Promotoria de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos, denúncia contra 18 participantes da festa patrocinada pela milícia realizada num sítio em Santa Cruz, na madrugada de 7 de abril. A quadrilha, com ramificações no Sul Fluminense, é comandada por Wellington da Silva Braga, o Ecko

Na semana passada, quatro supostos milicianos foram presos pelo delegado titular da 94ª DP (Piraí), Michel Floroschk. Segundo o policial eles trabalhariam para Ecko e extorquiam dinheiro de moradores e comerciantes da Serra do Matoso, em Piraí.

Floroschk disse que os quatro suspeitos recebiam, semanalmente, R$ 200 reais de várias vítimas de extorsão. Em outubro do ano passado, a mesma quadrilha liderada por Ecko tentou expulsar traficantes do bairro do Frade, em Angra dos Reis, para assumir o comando do local.

Já na festa, no bairro Santa Cruz, na capital fluminense, os policiais civis designados para a operação foram recebidos por tiros efetuados por indivíduos armados com fuzis, nas áreas de acesso, externa e interna do sítio. Na ocasião, foram presos em flagrante 159 suspeitos de envolvimento com os milicianos, sendo que, onze deles, seguem detidos.

O MPRJ afirma que os 18 denunciados, desde 2015, integram organização criminosa que atua em Santa Cruz e Paciência, na zona Oeste, com ramificações em outras localidades do Estado, para a prática de infrações penais, como posse e porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídios e extorsões contra moradores, comerciantes e motoristas de transporte alternativo.

Ainda segundo a denúncia, protocolada na 2ª Vara Criminal Regional de Santa Cruz – Comarca da Capital, o grupo agia sob o comando de “Ecko” (Wellington da Silva Braga, já denunciado por organização criminosa) e “Danilo” (cuja real identificação ainda não foi confirmada). Grupos de milicianos atuam naquela região desde 2006, sendo que, ao longo dos anos, houve diversas mudanças nos seus quadros, com a prisão de milicianos e o ingresso de novos personagens na quadrilha, muitos oriundos do narcotráfico.

Os acusados respondem por inúmeras acusações como:  promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta organização criminosa. Eles são citados ainda por possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar (Art. 16 da Lei 10826/03). As condenações nestes casos podem ser superiores a quatro anos.

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