Sul Fluminense – Os bancários do Sul Fluminense decidiram aceitar, em assembleia realizada no final da tarde desta segunda-feira, a proposta dos bancos de reajuste de 10% nos salários. O Comando Nacional dos Bancários havia orientado pela aceitação da proposta e o fim da greve. Com isso, os bancos devem voltar a funcionar normalmente a partir desta terça-feira.
Até o meio da noite, no entanto, os bancários da região ainda acompanhavam os desdobramentos da greve em âmbito nacional para confirmar o retorno das atividades. De acordo com informações do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, caso municípios considerados como grandes centros financeiros decidissem por manter a greve a posição regional poderia ser revista.
No entanto, bancários do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro decidiram pelo fim da greve, garantindo a posição tomada em Barra Mansa.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs reajuste de 10% sobre salários, benefícios e participação nos lucros. A federação também propôs correção de 14% no vale-refeição e no vale-alimentação.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), os banqueiros aceitaram abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas.
A entrega da minuta de reivindicações dos bancários aconteceu em 11 de agosto. A partir daí foram realizadas cinco rodadas de negociações. Em 19 de agosto, foi debatido emprego. Nos dias 2 e 3 os temas foram saúde, condições de trabalho e segurança. Em 9 de setembro, Igualdade de oportunidades. A rodada extra do dia 15 de setembro discutiu adoecimento da categoria. E, no dia 16 de setembro, remuneração.
No dia 25 de setembro, a Fenaban frustrou os bancários, ao apresentar uma proposta para a categoria, com um reajuste de 5,5% no salário, também na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche e abono de R$ 2.500,00
Depois de 16 dias de greve, no dia 20 de outubro, a Fenaban apresentou uma nova proposta, de 7,5% de reajuste. No dia seguinte, o índice foi de 8,75%. Ambos foram recusados na mesa antes da decisão desta segunda-feira.
No Sul Fluminense, o número de agências paradas atingiu 117, com 100% de adesão.
4 comments
Agora que o facão vai começar a passar !
Parabéns bancários pela conquista! Nós trabalhadores não devemos aceitar em hipótese nenhuma a perda de direitos conquistados e nem abrir mão de um reajuste com aumento real.
NO dia em que tivermos apenas agências privadas no Brasil essa mordomia acaba…Aí esses bancários saberão o que é trabalhar de verdade, terão que se instruir constantemente para saber a dar uma informação correta e começar a tratar os clientes com mais respeito, principalmente os idosos.
Da Roça, só uma pergunta: o atendimento nos bancos privados é melhor que nos estatais? As reclamações contra bancos públicos é maior que contra bancos privados?… Teu argumento é tênue e cai por terra, o governo e o povo precisam de um braço financeiro para gerir os programas sociais e capitaliza-los…
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