Comércio acredita que saques do FGTS de contas inativas reduzirá inadimplência

by Diário do Vale

Volta Redonda – Representantes de entidades ligadas ao comércio da região estão confiantes em dias melhores. Eles apontam que a inadimplência deve cair com a chegada às ruas do dinheiro que está sendo sacado das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A confiança do presidente da CDL-VR (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Volta Redondas), Adriano de Oliveira dos Santos, é de que este dinheiro ajude o comerciante local, com a quitação de dívidas antigas e compras novas.

– Isso vai ajudar a reduzir a inadimplência e também a movimentar a economia, uma vez que os inadimplentes vão voltar a ter poder de compra – opina.

Já o representante do Sicomércio-VR (Sindicato do Comércio Varejista de Volta Redonda), Jerônimo Pereira dos Santos, disse ter certeza de que o dinheiro extra dará fôlego às empresas, que também estão passando por dificuldade com a queda nas vendas e a inadimplência alta.

Por isso, tanto a CDL quanto o Sicomércio estão convocando clientes para renegociarem as dívidas que foram contraídas no passado recente. Com débitos quitados, as entidades esperam que os consumidores retome a corrida pelo crédito novo. Nas negociações, há promessa de corte de juros e outros benefícios.

– O ideal é usar esse dinheiro para se livrar das contas atrasadas, parar de pagar juros, voltar a comprar e, se sobrar, poupar para futuros investimentos em bens duráveis – sugere Jerônimo.

Economista aponta no mesmo sentido

Na opinião do economista Alex Hummel, professor de economia da Associação Educacional Dom Bosco (AEDB), em Resende, existe a expectativa de que boa parte deste recurso seja utilizada para o pagamento de contas atrasadas. Hummel aponta que o consumidor, com isso, vai obter novos créditos no mercado.

– Por isso, acredito que esse cenário deve apresentar alguma melhora com a liberação do dinheiro do FGTS – opina.

O professor considera duas situações distintas, analisando quem tem dívidas atrasadas e quem está em dia com as contas. Para o caso de quem tem débitos, a prioridade deve ser a quitação, se possível negociando uma redução no total de juros a serem incluídos na conta. No caso de quem está mais tranquilo e não tem a pressão de dívidas a pagar, a recomendação de Alex é buscar alternativas de investimento no mercado financeiro.

– Se considerarmos que os recursos do FGTS estavam quase congelados e inacessíveis no fundo, a oportunidade de gerir pessoalmente este recurso deve ser aproveitado de modo a conseguir uma taxa de remuneração mais interessante e que possa trazer maior conforto financeiro à família – recomenda.

Primeiros beneficiários

O economista destacou ainda que os segmentos de serviços e comércio serão os primeiros beneficiados com a liberação dos recursos do FGTS. No entanto, ele não aposta na evolução do emprego nestes setores.

– Estes recursos vão injetar ânimo no comércio durante um período curto e, possivelmente, só vai estimular novas contratações se houver uma melhora consolidada de todo o cenário macroeconômico, ou seja, quando a economia brasileira começar a sair da recessão – ressalta.

Pagando: Economista aconselha quitação de débitos com dinheiro retirado de contas inativas do FGTS (Foto: ABr)

Pagando: Economista aconselha quitação de débitos com dinheiro retirado de contas inativas do FGTS (Foto: ABr)

FGTS na conta

Pelo cronograma definido pela Caixa Econômica, os trabalhadores com contas inativas do FGTS e que fazem aniversário nos meses de janeiro e fevereiro podem efetuar o saque até o dia 31 de julho.

Já os trabalhadores que fazem aniversário nos meses de março, abril e maio terão o direito de retirar o montante a partir de 10 de abril. A partir de 12 de maio, será a vez dos cotistas que fazem aniversário nos meses de junho, julho e agosto poderem sacar o valor das contas inativas.

De 14 a 31 de julho, poderão fazer o saque os trabalhadores aniversariantes no mês de dezembro. Quem perder o prazo só poderá sacar o valor das contas inativas quando se aposentar, comprar moradia própria ou se enquadrar nas outras possibilidades de saque previstas nas regras do fundo, entre as quais, ser morador de região afetada por catástrofe natural.

 

Por Júlio Amaral

 

 

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