Flumisul supera expectativas também de artesãos

by Diário do Vale
Artesãs que participaram da Flumisul já comemoram o retorno

Artesãs que participaram da Flumisul já comemoram o retorno

Barra Mansa – Uma semana após o término da 19ª edição da Flumisul (Feira de Negócios do Sul Fluminense), encerrada no último domingo (13), as artesãs que participaram do evento, em um espaço especialmente reservado para exposição de seus trabalhos, já comemoram o retorno positivo. A feira,  realizada no Parque da Cidade Natanael Geremias, contou com a participação de 60 artesãos.

A professora e artesã Cíntia Alves Delleprane, de 43 anos, disse ter ficado satisfeita. Ela, que ficou afastada das atividades artesanais por dois anos, disse que ter retornado com os trabalhos na Flumisul foi uma consagração. “Participar da Flumisul foi uma experiência que me consagrou. Tenho oito anos de trabalhos como artesã e eu sempre visei uma feira grande para expor as minhas obras. A Flumisul veio para abrir meu retorno, nessa área, com chave de ouro”, comentou a artesã.

Ela, que produz bolsas, entre outros artigos, já teve retorno. Durante a semana, empresários de Penedo a procuraram com interesse de comercializar seus produtos. Ainda de acordo com Cíntia, outro contato foi feito por uma pessoa de Belo Horizonte, que viu os produtos e o sucesso da feira por meio das redes sociais.

– Antes eu participava da Feira da Preguiça, mas fiquei afastada por um tempo e esse ano fui convidada para a Flumisul. Estou encantada com tudo e ainda espero por muitas encomendas não só para Penedo, mas também para Barra Mansa e outras cidades vizinhas – salientou a artesã.

De acordo com ela, o grande diferencial desta edição da feira, para os artesãos, foi o fato de terem sido muito bem tratados e direcionados a um espaço e estrutura que surpreendeu a todos.

– Em outras edições o artesanato ficava afastado do restante da feira. Mas dessa vez tivemos a oportunidade de ficar na entrada, com uma decoração moderna e que valorizou o nosso trabalho. A feira também foi importante no sentido de fazer novas amizades. Nos quatro dias me diverti, criei vários contatos e conheci muitas pessoas querendo e acreditando que podem prosperar – disse a artesã.

A microempresária Renea Machado, de 25 anos, que trabalha há três anos com produtos personalizados, disse que seu trabalho foi intenso durante a Flumisul, para onde levou o diferencial de produzir presentes personalizados para os clientes, na hora. Ela, que esteve na feira pela primeira vez, disse que não se arrepende de ter feito o investimento.

“O retorno foi e continua sendo muito positivo. A Flumisul tem quase 20 anos, é uma feira grande, que atrai pessoas de várias cidades e empresas já consolidadas e isso foi uma oportunidade de conquistar novos clientes. Como foi semana do Dia dos Pais, eu trabalhei com a produção e venda de produtos personalizados o tempo todo e fiquei muito satisfeita”, afirmou Renea, que já recebeu vários pedidos de orçamentos durante a semana.

A artesã Izabel Helt, de 42 anos, participou pela primeira vez da Flumisul e também se surpreendeu com a visibilidade alcançada durante o evento. Ela, que confecciona talheres bordados, pinturas em imagens barrocas, oratórios, entre outros artigos, afirmou que o retorno positivo para as artesãs se deve ao espaço escolhido pela organização do evento para que expusessem seus trabalhos.

“Isso, sem dúvida, fez toda a diferença. Eu fiquei surpresa quando vi o  que nos  foi reservado, porque nosso espaço acolheu todos os visitantes.  Todas as pessoas que entravam e saiam da feira passavam por nós e isso nos permitiu mostrar tudo o que produzimos. Hoje (quinta-feira) entreguei um presente de casamento, para uma noiva, que foi escolhido e encomendado durante a Flumisul”, comentou Izabel.

Valorizando o trabalho

De acordo com secretário de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação, Agnaldo Raimundo, o sucesso da Flumisul se deu à grande participação dos expositores, que enxergaram novas oportunidades de negócios num momento em que o país enfrenta dificuldades. “Fizemos a feira sem nenhum custo para a prefeitura. A geração de oportunidades de negócios superou todas as expectativas”, disse o secretário. De acordo com ele, quando sua equipe assumiu a secretaria não havia nenhum artesão cadastrado e, hoje, já são mais de 300.

“Procuramos criar eventos para esses artesãos na cidade e todo mês temos feito ações em algum ponto da cidade, sempre dando atenção e valorizando o trabalho deles. A Flumisul serviu pra mostrar pra cidade que temos trabalhos lindos feitos por esses/essas artesãs e, por isso, criamos um espaço especial para eles”, destacou o secretário.

De acordo com ele, a organização da feira fez questão de preparar uma decoração “bacana” para os artesãos, com muitas luzes e música e, além disso, foi criada uma camisa personalizada para que melhor fossem identificados. Conforme afirmou o Agnaldo, todos fizeram parte do evento tendo grande importância assim como todos os expositores. Prova disso é  que estiveram na entrada da feira,  recepcionando com seus trabalhos todos os visitantes da Flumisul.

“Eles eram parte do evento e não estavam lá somente por estar, como coitadinhos e, sim, como uma equipe de uma economia criativa, já que é assim que vamos tratar nossos artesãos. Após esse evento pretendemos criar uma marca para eles e também fazer um workshop cuja intenção qualificar ainda mais essa economia criativa. Depois também virão outras ações voltadas pro artesanato, uma vez que a secretaria tem pensado nesse grupo o tempo todo. Estamos regularizando todas pra poderem ter acesso ao microcrédito, para que possa investir ainda mais em suas produções”, ressaltou o secretário.

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