Inflação oficial pelo IPCA em 2017 é de 2,95%

by Diário do Vale
Controvérsia: Governo aponta que população pagou mais barato pelos alimentos

Controvérsia: Governo aponta que população pagou mais barato pelos alimentos


Rio – 
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, fechou em 2017 com alta acumulada de 2,95%, resultado 3,34 pontos percentuais inferior aos 6,29% de 2016. É o menor número desde a taxa de 1998 quando ficou em 1,65%.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (10), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que, em dezembro, o IPCA fechou em 0,44%, ficando 0,16 ponto percentual acima do resultado de novembro (0,28%). Essa foi a maior variação mensal de 2017. Em 2016, o IPCA de dezembro atingiu 0,3%.

Índice abaixo da meta

A inflação de 2017 de 2,95% ficou abaixo do piso inferior da meta fixada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que era de 4,5% (com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos).

Para 2017, o governo havia fixado uma meta inflacionária de 4,5%, com possibilidade de variação de 1,5% para cima ou para baixo, ou seja, entre 3% e 6%.

Em dezembro o IPCA fechou com alta de 0,44%, a maior variação mensal do ano e um resultado 0,16 ponto percentual acima do 0,28% de novembro. Em 2016, o IPCA fechou dezembro com alta de 0,3%.

Dos nove grupos que compõem o IPCA, o setor de Alimentação e Bebidas foi o que mais contribuiu para conter a inflação. Responsável por cerca de 25% das despesas das famílias, o grupo acusou queda acumulada (deflação) de 1,87%.

O resultado decorreu da redução de 4,85% no preço dos alimentos consumidos em casa, com destaque para as frutas (-16,52%), que tiveram o maior impacto negativo (-0,19 ponto percentual).

Segundo o gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor do IBGE, Fernando Gonçalves, a deflação dos alimentos foi consequência da produção agrícola, que teve uma safra cerca de 30% maior que a de 2016. “Essa situação levou o consumidor a pagar mais barato (-1,87%) do que no ano anterior. É a primeira vez que o grupo apresenta deflação desde a implantação do Plano Real”, disse.

A alta do último mês do ano foi influenciada pela aceleração na taxa dos grupos Alimentação e Bebidas, que passou de uma deflação de 0,38% em novembro para 0,54%; e Transportes (de 0,52% para 1,23%).

Alimentação consumida em casa influencia índice

Segundo o IBGE, no grupo dos alimentos, após sete meses consecutivos de variação negativa, a mudança de -0,38% em novembro para 0,54% em dezembro ocorreu por conta da alimentação consumida em casa. Ela passou de -0,72% para 0,42%.

Já os principais impactos individuais no índice do mês, ambos de 0,09 ponto percentual, foram exercidos pelas passagens aéreas (alta de 22,28%), e pela gasolina (o preço do litro ficou, em média, 2,26% mais caro). Juntos, com impacto de 0,18 ponto percentual, esses dois itens representaram 41% do IPCA de dezembro.

Eles também foram os principais responsáveis para que o grupo Transportes (1,23%) apresentasse a maior alta no mês, considerando-se, ainda, o aumento de 4,37% do etanol, com impacto de 0,04 ponto percentual.

Três grupos são responsáveis

 

Se os alimentos contribuíram para reduzir a inflação de 2017, principalmente em razão da safra recorde, outros três segmentos – Habitação (6,26%), Saúde e Cuidados Pessoais (6,52%) e Transportes (4,1%)) – foram os grupos que mais influenciaram positivamente o índice, com contribuição de 2,45 pontos percentuais para a alta do IPCA/2017, que fechou o ano em 2,95%.

Segundo o IBGE, no grupo Habitação, as principais influências da alta vieram de produtos como o gás de botijão, que subiu 16%, taxa de água e esgoto (10,52%) e energia elétrica (10,35%).

Para o gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor do IBGE, Fernando Gonçalves, essa situação pode ser explicada, em parte, pelo reajuste de 84,31% nas refinarias, “que contribuiu para o aumento no preço do gás de cozinha vendido em botijões de 13kg”.

Já a gasolina, com alta de 10,32%, foi o produto que mais subiu no grupo Transportes. Além do reajuste nos tributos (Programa de Integração Social/ Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – PIS/Cofins), foram concedidos 115 reajustes nos preços, com um aumento acumulado de 25,49% somente entre 3 julho a 28 de dezembro do ano passado.

Segundo o IBGE, “essa variação [que faz parte da nova política de preços da Petrobras] objetiva acompanhar a taxa de câmbio e as cotações internacionais de petróleo e derivados”.

A variação nos preços de Saúde e Cuidados Pessoais foi influenciada pelo aumento nas mensalidades dos planos, que ficaram 13,53% mais caros, e dos remédios (4,44%). “O resultado deve-se ao reajuste concedido pela Agência Nacional de Saúde (ANS), de até 13,55% para os planos de saúde, e pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, de até 4,76%”, informou o IBGE.

Inflação por regiões

Das treze regiões envolvidas na pesquisa do IPCA, sete encerraram 2017 com taxas de inflação menores que a média nacional de 2,95%. As duas maiores altas ocorreram em Goiânia e Brasília, ambas com variação inflacionária de 3,76% – resultado 0,81 ponto percentual acima da variação média nacional.

Em São Paulo, a taxa subiu 3,63%, em Curitiba, 2,42%, em Recife, 3,31% e no Rio de Janeiro, 3,03%.

Já entre as sete regiões com resultados abaixo dos 2,95% da média nacional se destacam Belém, que, com a alta de 1,14%, teve o menor IPCA do país; Belo Horizonte (2,03%) e Campo Grande (2,11%).

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, abrange famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e envolve dez regiões metropolitanas, além de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.

 

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10 comments

creusa 15 de janeiro de 2018, 08:48h - 08:48

e somente os alimentos que faz a inflaçao subir, daqui a pouco o governo vai dar alimentos para os pobres, para dizer que nao tem inflaçao, será que ele so vive de comer as outras coisas nao tem importancia, ele vai dar o alimento ja cozido pois o gas contas veze4s subiu em 2017, a gasolina, energia e agua, remedios, eles tambem tem de ser considerados os pricipais para a inflaçao.

Marcio Soares 14 de janeiro de 2018, 14:38h - 14:38

Estão maquiando, escondendo, olha o valor dos combustíveis, gás de cozinha e a energia, oh fala sério.

lei 14 de janeiro de 2018, 14:30h - 14:30

me engana que eu gosto. inflação mentirosa.

Locutor 13 de janeiro de 2018, 00:27h - 00:27

Esse Guto e é um sem noção…

VAI VENDO 11 de janeiro de 2018, 12:28h - 12:28

Aumentos absurdos da gasolina e gás de cozinha foram a partida para todos os demais produtos e serviços serem aumentados pq dependem desse componente. Como pode a inflação abaixar? Só bobão mesmo para acreditar.

Eu considero essa informação sendo usada para justificarem a desculpa para o Temer continuar. Logo logo veremos ele candidato ou apoiando o seu pupilo.

Eles investindo nos seus candidatos INDICADOS para o povinho escolher nas urnas.

Quando vamos deixar de ser BOBÕES que olham pesquisas compradas?

guto 10 de janeiro de 2018, 22:22h - 22:22

A inflação na Venezuela foi de 2616% em 2017, muito maior que a inflação brasileira no mesmo período…. Quem sofre mais são os pobres… Lá na Venezuela as criancinhas estão morrendo de fome… Contudo PT, PCdoB, PSOL e PDT apoiam o governo Venezuelano e consideram esse governo um exemplo para o Brasil!
Quem votar nesses partidos em 2018 gosta de ver criancinha morrendo de fome!!!

O Grande Sodomita 11 de janeiro de 2018, 00:19h - 00:19

“guto”, o folclórico e hipócrita atropelador do idioma, típico plagiador trouxinha do “Control C Control V”, descobriu, em algum site onde ele deu mais um “Copia e Cola”, a conjunção adversativa “contudo”.
Agora todas as besteiras que o pobre coitado do tarja preta vencido vêm com o “contudo”. Imagino a vergonha dos pais desse moleque.

xispa 11 de janeiro de 2018, 11:07h - 11:07

Guto vc deve adorar a Venezuela só fala desse lugar, muda pra la, sera que é tão difícil! Tava me esquecendo desaparece um pouco todos já conhecem sua linha de pensamento. Vc chega ser chato e inconveniente ao mesmo tempo, vire esse disco de lambe botas de coxinha.

guto 11 de janeiro de 2018, 19:07h - 19:07

Nas últimas quinze notícias sobre a Venezuela vocês não me acusaram de nada… nem apareceram lá para me criticar….Nessas últimas quinze notícias só ficava eu e mais duas ou três pessoas de caráter discutindo o assunto, enquanto os mortadelas fugiam do computador! Por que o assunto Venezuela incomoda tanto aos esquerdistas:
a) porque mostra a realidade de um país 100% vermelho
b) porque mostra o destino final que o Brasil teria caso continuasse com o governo petista
c) porque mostra a ditadura nua e crua de um país que segue o ideal comunista
d) porque mostra a miséria de um país que seguiu a revolução bolivariana apoiada pelo PT, PCdoB, PSOL e PDT…
e) todas as respostas estão certa
Como eu não sou mau, vou logo dando a resposta: letra e)
Como diria Boris Casoy: “Isso é uma vergonha!”

tirahana 10 de janeiro de 2018, 20:39h - 20:39

Essa reportagem é piada ou brincadeira só pode ser brincadeira para quanto que foi o preço do gás de cozinha no final do ano a gasolina e seus derivados a sexta básica conta de luz vai me ajuda aí e piada ne

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