Líder sindical diz que Brasfels corre risco de fechar as portas

by Paulo Moreira
Em perigo: Presidente do Sinaval afirma que crise na Petrobras pode fechar Brasfels

Em perigo: Presidente do Sinaval afirma que crise na Petrobras pode fechar Brasfels

Brasília e Angra dos Reis – O presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Naval (Sinaval), Ariovaldo da Rocha, disse na quinta-feira (11 de junho), durante audiência na Câmara dos Deputados, que há a previsão de fechamento de estaleiros em várias outras cidades, como Angra dos Reis e Niterói, no Rio de Janeiro. Segundo ele, cerca de 14 mil pessoas estão desempregadas naquela redondeza. “Infelizmente, o setor só tem praticamente um cliente no País, que é a Petrobras. Por isso, estamos buscando alternativas no exterior”, comentou.

Na véspera, Ariovaldo se reuniu com o secretário Marco Capute, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Estado do Rio de Janeiro (Sedeis-RJ), o diretor Ricardo Maia, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e empresários da construção naval. Na reunião foi decidida a ação conjunta do Governo do Estado do RJ e os órgãos de classe da indústria para a defesa da construção naval no Rio de Janeiro e nos demais estados da Federação onde existem estaleiros. “A nossa proposta é criar o Fórum de Secretários de Estado para articular com os governadores as pautas políticas de defesa da indústria naval brasileira”, disse Ariovaldo Rocha.

Durante a audiência na Câmara, o gerente-executivo da Petrobras, Ivanildo de Almeida e Silva, explicou que muitos dos problemas enfrentados por estaleiros responsáveis pela construção de sondas e plataformas estão relacionados a dificuldades financeiras da empresa Sete Brasil, uma das investigadas na Lava Jato.

O diretor financeiro do Sindicato dos Petroleiros da Bahia, André Santana destacou, anteontem, o impacto da redução dos investimentos da Petrobras após a eclosão da Operação Lava Jato.

Segundo ele, foram afetadas sobretudo pequenas cidades que se organizaram em torno de projetos da estatal – é o caso, citou, de Maragogipe (BA), que abriga um estaleiro para produção de equipamentos de exploração petroleira.

Santana disse que a estatal já vinha como um modelo de gestão “meramente economicista” muito antes das investigações da Polícia Federal. “A empresa já vinha se distanciando do seu papel fundamental de trazer desenvolvimento para a sociedade brasileira, com responsabilidade social”, criticou, em audiência pública na Câmara dos Deputados promovida pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.

 

Justificativa da Petrobras

 

Ivanildo de Almeida e Silva, representante da Petrobras no debate desta quinta, reiterou que o prejuízo da estatal com pagamentos indevidos apurados na Lava Jato chegou a R$ 6,2 bilhões, porém frisou que nenhum contrato foi rescindido em decorrência da operação da Polícia Federal.

Eventuais rescisões, segundo ele, ocorreram por falhas no desempenho das empresas. Quanto aos empregos, Ivanildo afirmou que é natural a existência de picos e baixas de oferta de acordo com o andamento das obras e serviços contratados pela estatal. “Se colocarmos a Petrobras dentro desse cenário, na parte financeira e nos números, a Lava Jato não foi o que mais afetou a companhia, mas variações de mercado em relação a câmbio e quanto ao preço do Brent, o petróleo de referência internacional”, argumentou.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção da Bahia, Carlos Henrique Passos, contestou a fala do gerente-executivo da estatal. “Estamos falando da perda de emprego por paralisação de investimentos e não por encerramento de contratos”, sustentou. Conforme o sindicalista, 22 mil vagas formais de emprego foram reduzidas na construção civil, só na Bahia, nos últimos meses.

Em resposta, Ivanildo informou que, nos próximos dias, a Petrobras vai divulgar o novo plano de negócios, com a definição de estratégias que ajudem a garantir o desenvolvimento socioeconômico.

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11 comments

FRANCISCO 15 de junho de 2015, 09:37h - 09:37

Enquanto a corrente produtora corre risco de fechar sua portas e com milhares de familia
correndo o risco de perder seu poder aquisitivo gerado por empresas corretas, tudo isso
causado por um partido político comandando por um lider totalmente despreparado
e corrupto que levou o País a situação que se encotra atualmente, infelizmente o Povo
será sempre o prejudicado, e ainda vejo os medíocres deputados do Estado do Rio de
Janeiro, votando a favor de fornecimento de vales tranportes e outros benefícios para
as famílias de presidiários para poder visita-los nas cadeias, simplesmente revoltante,
puro interrese eleitoral.
NOSSOS POLÍTICOS NÃO ESTÃO NEM AÍ PARA AS PESSOAS CORRENTAS E HONESTAS
QUE OS SUSTETAM.

vrleandro 15 de junho de 2015, 07:00h - 07:00

Estranho a empresa que trabalho MODEC fará mais 2 plataformas no BRASFELS o MV 27 cidade de Itaguai começa este ano 2015 e o MV 29 cidade de Campos ano que vem 2016 para atender a Petrobras.

Felipe Castro 16 de junho de 2015, 07:51h - 07:51

Confirmado isso? Obrigado

José Batista de Souza Pinto 14 de junho de 2015, 13:51h - 13:51

Primeiro foi o golpe na Sunamam, lembram ? superentendencia Nacional de marinha mercante nos anos 80, agora operação lava-jato: tão de sacanagem com o Brasil-Rio de Janeiro.

LEITOR 13 de junho de 2015, 17:52h - 17:52

Dinheiro para salvar a Petrobras o PT tem, difícil é a justiça descobrir os laranjas.

Alex 13 de junho de 2015, 10:36h - 10:36

Os sindicatos são os primeiros a apoiar o PT… pois é, roubaram tanto que agora o desemprego bate à porta do trabalhador, trazendo junto a inflação !

Fabrício 13 de junho de 2015, 10:05h - 10:05

A questão não é que votou errado mais sim sem opção de voto.

Eleitor indignado 15 de junho de 2015, 08:47h - 08:47

Comece anulando seu voto, que num instante alguém irá descobrir que voce esta insatisfeito com a situação atual.

Eleitor indignado 13 de junho de 2015, 09:23h - 09:23

Pede para o Partido dos Trabalhadores salvar o estaleiro Brasfels e não esqueçam de lembra-los que é um dos mais importantes estaleiros do Brasil.

LEITOR 13 de junho de 2015, 17:56h - 17:56

Salvando a Petrobras, salva a Brasfels. A justiço tem que confiscar os bens dos políticos ladrões. Difícil é descobrir os laranjas.

Denise 12 de junho de 2015, 21:47h - 21:47

To nem aí votou errado chupá a manga agora peaozada

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