Meirelles: reforma da Previdência é necessidade financeira e fiscal

by Diário do Vale

Brasília- O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira (17) que a reforma da Previdência é necessidade financeira e fiscal e que o relatório da proposta deve ser apresentado nesta terça (18) pelo deputado Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA), relator do texto na comissão especial da Câmara. No domingo (16), parlamentares e ministros se reuniram com o presidente Michel Temer para discutir detalhes da reforma proposta pelo Executivo.

Meirelles disse que as mudanças feitas pelo relator estão dentro da margem de negociação prevista pelo governo e que as lideranças da base aliada estão comprometidas com a aprovação da reforma. “Quero dizer que as lideranças todas estão comprometidas a aprovar o mais rápido possível”, disse, após participar de seminário sobre a Previdência, promovido pelo jornal Valor Econômico.

Segundo ele, ainda falta fechar no texto questões de metodologia e detalhes como o do modelo do regime de transição para as aposentadorias e questões referentes a acúmulo de aposentadoria e pensão por morte. “Existe aí uma série de coisas que ainda não estão definidas. Até amanhã, o relatório estará pronto e em condições de ser divulgado”, afirmou. E completou “Estaremos durante todo o decorrer do dia de hoje fazendo os cálculos para ter a segurança de que os números estão dentro daqueles números que asseguram o sucesso da reforma.”

Ao defender a necessidade da aprovação da reforma da Previdência, Meirelles disse que a medida irá contribuir para a retomada do crescimento do país. “A reforma não é uma questão de preferência ou de opinião, é uma questão de necessidade matemática, financeira, fiscal. Se o país não fizer uma reforma no devido tempo, em primeiro lugar as taxas de juros brasileiras, ao invés de cair, vão voltar a subir fortemente, vão faltar recursos para o financiamento do consumo, do investimento, o desemprego voltará a crescer e, ao mesmo tempo, teremos a inflação de volta”, disse

A reunião de ontem com o presidente Temer durou cerca de três horas e teve a participação dos ministros da Fazenda, Henrique Meireles; da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy; da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco; e de parlamentares como o relator da reforma da Previdência Arthur de Oliveira Maia, relator da reforma da Previdência, e de Carlos Marun (PMDB-MS), presidente da comissão.

Seminário

Durante a apresentação no seminário, o ministro Meirelles disse que circulam informações inverídicas sobre a reforma, como a de que, caso fosse feita a cobrança dos grandes devedores, seria possível pagar o déficit da Previdência. Segundo ele, mais de 50% da chamada dívida ativa com a previdência pública é de companhias falidas e as demais dívidas são cobradas seguindo os ritos judiciais.

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8 comments

Paulo 18 de abril de 2017, 10:03h - 10:03

Acho engraçado o povo (da esquerda), sempre pautam assuntos irrelevantes para o país (LGBT, maconha, aborto e etc) e quando notam que a conta não está fechando, querem falar dos salários de políticos e seus privilégios… Ora bolas, caçarolas! Isso nunca foi pauta da esquerda! Quando que alguém aí viu um só esquerdista reclamar do Estado inchado, dos altos salários da elite do funcionalismo público, das obras bilionárias fora do Brasil e da corrupção do PT? Quando?

A direita conservadora ou liberal é enfática nesse assunto, desde sempre defende um Estado focado apenas naquilo onde somente ele pode atuar, enxuto, sem disparidades monstruosas entre o funcionalismo público e privado, sem isenções fiscais, sem linhas de crédito especiais para amigos do rei e etc.

Agora que a previdência está quebrada (e ficará pior, e isso é fato e não opinião) eles falam dos salários de políticos, dos cargos comissionados e até das sonegações fiscais. Ora meu amigo, se há a sonegação assim é porque nosso sistema tributário é bizarro! Somente se sustenta pagando tudo certinho as empresas agraciadas por isenções fiscais (como essas montadoras e etc), pois para o empreendedor/empresário do mundo real o buraco é mais embaixo!

Parem para pensar, refletir e estudem mais sobre as coisas antes de opinarem. O que vocês estão defendendo basicamente ao atacar a reforma são os pobres pagarem para os ricos (como sempre nessa republiqueta das bananas) e agora que há chances de se melhorar alguma coisa vocês gritam histéricos? A não ser que para você seja normal o pobre de salário mínimo estar bancando uma aposentadoria de 15, 20, 25 mil reais para quem se aposentou com menos de 50. Pois atualmente 2/3 dos pobres já se aposentam apenas por idade.

geninha 19 de abril de 2017, 13:49h - 13:49

Verdade. O Brasil sempre primou por uma política honesta e voltada para o desenvolvimento c políticas públicas de alto nível. Desde q me conheço, sou de 68, sempre tive orgulho de nossos dirigentes, anteriores ao PT claro, que como diz a missiva, sempre defenderam um estado mínimo, o qual nunca aprovaram isenções fiscais, jamais socorreram bancos, em hipótese alguma financiariam privatizações, via BNDES, bem como investiram de forma elogiável a CPMF na saúde pública construindo hospitais a nível internacional, o termo “amigo do rei” soava como uma ofensa, tendo em vista a moral ilibada de nossos governantes anteriores. Tudo funcionava maravilhosamente bem, mas veio o PT e estragou tudo.
O Brasil era quase uma Suíça, mas veio o PT………

AAA 17 de abril de 2017, 23:34h - 23:34

De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.
Rui Barbosa

Eis que chegou o dia.

Helio 17 de abril de 2017, 21:40h - 21:40

E seu sarney com 03 aposentadoria no valor de 73 mil e nos otario salario minimo e ainda vamos pagar o roubo deles

Helio 17 de abril de 2017, 21:38h - 21:38

E eles tem o3 aposentadoria nao seu Sarney pra nos salario minimo pro sarney 73 mil isso pq somos otario

Macunaíma 17 de abril de 2017, 16:25h - 16:25

Enquanto isso, os grandes sonegadores continuam tranquilos. Tranquilos estão também os ungidos por aposentadorias “especiais”.
E aí, paneleiros histéricos? Estão curtindo?

agafjgjjkWantuil fortes Silvério 17 de abril de 2017, 14:23h - 14:23

Reforma política já , maracutaia de propinas não, reforma política já. Se não fizer reforma política , vamos chegar à uma guerra civil , Como já está acontecendo no rio de janeiro .

Liberdade e propriedade 17 de abril de 2017, 12:32h - 12:32

E a maior carga tributária do mundo serve para que? E os trilhões arrecadados?

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