Sindicato se posiciona contra sobretaxa imposta pelos Estados Unidos

by Paulo Moreira
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Risco: Sindicato quer fim da sobretaxa ao aço brasileiro para evitar demissões

Volta Redonda – Silvio Campos se uniu a diversos representantes dos metalúrgicos de todo o Brasil para buscar uma solução que evite que a sobretaxa de 25% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afete as vendas de aço brasileiro para aquele país.

— Participamos de um protesto feito em frente ao Consulado dos EUA em São Paulo. Vamos acompanhar esse caso, em que os trabalhadores não estão sozinhos, já que as entidades que representam as siderúrgicas também estão participando e até os importadores norte-americanos de aço estão contra a medida. Para nós, é essencial garantir a empregabilidade dos metalúrgicos no Brasil — disse o sindicalista.

Tentativa de diálogo

O presidente Michel Temer recebeu na tarde desta segunda (12), em audiência, o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo. Os dois conversaram sobre a decisão dos Estados Unidos de aplicar tarifas para importação de aço e alumínio. Após o encontro, Azevêdo disse que o governo brasileiro está conversando com outros países afetados pela medida e estudando possibilidades de entendimento com os Estados Unidos.

— Pelo que eu pude depreender, o governo brasileiro está em contato com outros países, para estudar quais alternativas seriam mais adequadas, do ponto de vista brasileiro e até coletivo. Percebi que o governo brasileiro está perfeitamente atento a todos esses desdobramentos, está aberto para uma tentativa de entendimentos com os norte-americanos — disse Azevêdo.

Segundo ele, o Brasil não afasta a possibilidade de recorrer à própria OMC contra a medida norte-americana, embora a estratégia não esteja sendo adotada no momento. “Não sei se há uma determinação de recorrer ao mecanismo de solução de controvérsias da OMC. Entendo que o governo brasileiro não exclui essa possibilidade, mas estuda outras várias alternativas que estão sobre a mesa”.

A tarifa adicional de 25% sobre as importações de aço e de 10% sobre as de alumínio adotadas pelo governo do presidente Donald Trump preocupam o Brasil, conforme informou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). De acordo com a pasta, a restrição comercial afetará as exportações brasileiras de ambos os produtos e pode resultar em contestação brasileira nos organismos internacionais.

Em nota divulgada na semana passada, o governo brasileiro afirmou que a decisão anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump causará “graves prejuízos” ao Brasil e terá impactos “nas relações comerciais e de investimentos entre os dois países”. Ao todo, 32% do aço exportado pela indústria nacional têm como destino o mercado americano, fazendo do Brasil o segundo maior exportador do produto para os Estados Unidos, ficando atrás apenas do Canadá. O país vizinho dos EUA, inclusive, não será afetado pela nova tarifa.

Azevêdo alertou para o risco de se entrar em um cenário de retaliações. Segundo ele, é uma situação difícil de sair, uma vez iniciada. “Espero que esses entendimentos frutifiquem, que possamos evitar uma situação de ‘você faz isso e portanto respondo com aquilo’. Essa escalada é difícil de reverter. Uma vez que entra nesse caminho, você sabe quando e como começa, mas não sabe nem quando nem como cessar esse processo”.

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7 comments

Guinoranti 14 de março de 2018, 11:41h - 11:41

O sindicato entrou no assunto… agora o problema estará resolvido… CSN, pode ficar tranquila tá.

DOUGLAS CSN 14 de março de 2018, 10:29h - 10:29

MAIS UMA DO SINDICATO QUERENDO APARECER.
ACORDA PRA VIDA, VAI ENTREGAR UM CURRICULO ESSA GALERA, CAPINAR UM TERRENO, PINTAR UMA CASA, DAR UM TRAMPO PO….

CHEGA DE VIVER DO DESCONTO DA VIUVA E FICAR ENCHENDO O SACO NA PORTA DA CSN.

Fulvio 14 de março de 2018, 08:52h - 08:52

O Sindigato se posicionando e um” cavalo na porta da farmácia” é a mesma M…

Binho 14 de março de 2018, 07:48h - 07:48

Agora que o sindicato se posicionou o TRUMP deve esta preocupado, pelo que fiquei sabendo já cancelou o encontro com o ditador norte coreano e está a caminho de volta redonda para uma reunião emergencial na sede do sindicato.
Agora vai!

BobodaCorte 14 de março de 2018, 10:04h - 10:04

Trump nem sabe prá que lado fica o brasil, tá cagando e andando pra não fazer monte para o brasil, mas fiquei sabendo que depois desse posicionamento do sindicato ele não esta nem conseguindo dormir direito, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Chico bala 13 de março de 2018, 11:42h - 11:42

É isso aí…. Aqui se faz aqui se paga….CSN sempre foi rude com tudo e com todos…. Merece esse jogo duro…. É a verdadeira lei do retorno…. Empresário ganancioso que tenta dar golpe na própria família…. Agora atolado em dívidas e com uma empresa no bagaço….. É o início do fim……

BobodaCorte 13 de março de 2018, 07:54h - 07:54

Esse sindicato é pura COMÉIDA, chega até ser HILARIO.

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