Troca de área pode garantir geração de 150 empregos em Barra Mansa

by Diário do Vale
Empresários e autoridades municipais discutem geração de emprego e renda para Barra Mansa

Empresários e autoridades municipais discutem geração de emprego e renda para Barra Mansa


Barra Mansa – 
Em reunião com prefeito Rodrigo Drable (PMDB), na segunda-feira (05), os membros do Codec-BM (Conselho de Desenvolvimento Econômico de Barra Mansa) cobraram que o município negocie com Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) outra área para realocação das famílias afetadas pelas obras de readequação ferroviária.

Os conselheiros argumentam que o terreno proposto para a construção das novas residências, localizado na Rua Ary Fontenelle, tem projeto de receber um grande empreendimento comercial.

– O local abrigaria um atacado varejista que beneficiaria diretamente os comerciantes da cidade, evitando a saída de recursos para outros municípios. Se for usado para o reassentamento, Barra Mansa vai perder cerca de 150 novos empregos diretos e as receitas de impostos geradas no empreendimento. Reconhecemos o direito à moradia digna das dezessete famílias que precisam ser realocadas, mas defendemos que esse processo não afete o desenvolvimento econômico de Barra Mansa. Existem outras áreas disponíveis para o reassentamento, inclusive já catalogadas pelo CODEC BM e enviadas ao MPF (Ministério Público Federal) para avaliação. Precisamos que o prefeito apoie nossa proposta e a defenda junto ao DNIT. Ele precisa ser o interlocutor do crescimento da cidade – ressaltou Arivaldo Corrêa Mattos, presidente do Conselho.

Segundo a conselheira Denyse Singulani, presidente da ACIAP BM, os proprietários do imóvel na Rua Ary Fontenelle questionam o valor proposto pelo DNIT para desapropriação. “O valor está muito abaixo do mercado e os donos já se posicionaram que vão questionar o processo na justiça. Isso pode atrasar ainda mais a realocação das famílias e, consequentemente, as obras de readequação ferroviária que ainda restam ser feitas”, ressaltou Denyse.

O levantamento de outras áreas para abrigar as famílias feito pelo CODEC BM apresenta valores e medidas de imóveis compatíveis com a necessidade apurada pelo MPF, em bairros como Estamparia, Ano Bom, Saudade, Colônia Santo Antônio, Boa Sorte e Santa Clara. Uma planta com modelo de casas geminadas também foi apresentada ao prefeito.

– O melhor local para abrigar as novas residências é terreno do Campo do Ferroviário. Além de ter espaço suficiente para a construção das 17 moradias, ainda sobra uma boa área de lazer pública. O terreno está na região central, próximo às casas que serão demolidas. E o melhor: essa área já é de propriedade do DNIT, ou seja, o governo federal não terá que gastar milhões de reais para sua desapropriação – argumentou a conselheira Ana Cláudia Tressoldi, diretora da CDL BM.

– Entregamos esse mesmo documento ao procurador do MPF, Júlio José Araújo Júnior, em reunião no dia 10 de maio. Ele se posicionou favorável à proposta de mudança do terreno desde que sejam cumpridas as recomendações contidas no TAC (Termo de Ajuste de Conduta) sobre o reassentamento, indenização e compra assistida, assinado em 2016. Precisamos que a prefeitura também apoie e trabalhe para que seja usada outra área para o reassentamento – defendeu o conselheiro José Marciano, presidente do Sulcarj.

O prefeito Rodrigo Drable informou que se reuniu diversas vezes com a diretoria do Dnit, em Brasília, para negociar a troca da área, mas não teve sucesso. “Já gastamos toda energia possível para esse objetivo, mas encontramos intransigência não só no Dnit como em outros envolvidos. Ao meu ver, essa troca pode tornar inviável a retomada das obras e eu, como prefeito, não vou impedir isso”, disse Rodrigo.

“Vamos continuar pressionando o DNIT para a mudança do local. Também vamos buscar o apoio dos deputados da bancada fluminense que têm o dever de defender o interesse de desenvolvimento de nosso município. Queremos os parlamentares juntos conosco nessa luta. Entendemos que por todos os danos que a ferrovia traz a Barra Mansa, é uma obrigação irrisória o uso dessa área do Dnit para o reassentamento das famílias”, finalizou Arivaldo.

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7 comments

toni o sincero 6 de junho de 2017, 23:54h - 23:54

olha o animo dos participantes da reunião
todos ali sabem que esse governo avon só faz maquiagem
e tira selfie
e faz videozinho
ahhhh para vai

Palhaço 7 de junho de 2017, 07:36h - 07:36

Kkkkkkkkkkkkkkkkk.

Robson 6 de junho de 2017, 23:45h - 23:45

Sabem que o problema todo é que o Administrador e os posseiros não tem diálogo, pois apesar que se já tivessem feito o projeto em uma área destinada saberia que o resultado entre um e outro (Administrador do município e posseiro) já tinha acordo fechado!
Bom isso é uma forma de reconhecer direitos e deveres!

RODRIGO PIMÃO 6 de junho de 2017, 19:58h - 19:58

GOSTARIA DE SABER SE ALGUM VEREADOR QUE TIVESSE IMÓVEL NAQUELE LUGAR IRIA ACEITAR A PROPOSTA DE 140 MIL REAIS DE INDENIZAÇÃO…..COM ESTE DINHEIRO NÃO COMPRA NEM BARRACO DE MADEIRA…..ESTAMOS FALANDO DE CENTRO DA CIDADE…………..SABEMOS QUE O VIADUTO VAI BENEFICIAR A CIDADE, MAS ISSO NÃO SIGNIFICA QUE OS MORADORES DAQUELA REGIÃO VÃO TER QUE DAR DE PRESENTE PARA A PREFEITURA TERMINAR AQUELA OBRA QUE JÁ COMEÇOU ERRADO…

Morador de BM 6 de junho de 2017, 23:17h - 23:17

Os caras invadem depois vem fazer exigências.
Só no Brasil que isso acontece.
Tem que aceitar o que derem e lambem os beiços.

Obina 7 de junho de 2017, 12:54h - 12:54

Construir as margens de rodovias e ferrovias é proibido.
O erro é de quem invadiu e de quem permitiu a invasão.

Mas no Brasil é assim, quem segue a lei paga a conta…

الفتح - الوغد 6 de junho de 2017, 19:39h - 19:39

Essa obra vai sair quando galinha nascer com dentes. Se ficar dependendo disso, esse atacadista nunca chegará, assim como o shopping há muito prometido na beira da Dutra… Tem uma cabeça de porco enterrada nessa cidade… kkkkkkkkkkkk!

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