A novidade é que não há muita novidade nos cinemas

by Diário do Vale

A crise chegou aos cinemas. Os filmes que tiveram estreia no mês passado continuam em cartaz. E a única novidade no circuitão é a comédia nacional “Ninguém Entra, Ninguém Sai”, com a Letícia Lima e a Danielle Winits. Baseada em uma história do Luis Fernando Veríssimo, filme é sobre pessoas que ficam presas em um motel, onde foi descoberto um vírus raro. No Gacemss continua em cartaz o drama de tribunal “Versões de um Crime”, com o Keanu Reeves em um papel que foi recusado pelo Daniel Craig. E a Annette Bening com a comédia “Mulheres do Século 20”.

O que há em comum entre esses três filmes é que eles têm como protagonistas atores que já tiveram dias melhores. É o caso, por exemplo, do Keanu Reeves e a Renée Zellweger, que desfrutaram do estrelato hollywoodiano na década de 1990. Reeves foi o protagonista da trilogia “Matrix” que foi mania entre os nerds em 1999. Depois fez a nova versão de “O dia em que a terra parou” e fez par romântico com a Sandra Bullock em “A casa no lago”.

Na mesma época a fofinha Renée Zellweger desfrutava do estrelato fazendo o papel da Bridget Jones na trilogia baseada em uma série de romances de sucesso. Jones também contracenou com o Ewan McGregor em “Abaixo o amor”, uma interessante tentativa de recriar, no século XXI, as comédias românticas dos anos de 1960.

Hoje em dia tanto Reeves quanto Zellweger andam em baixa e costumam aparecer em produções independentes. O papel do advogado, que tenta inocentar um jovem acusado de matar o pai, foi concebido para o James Bond Daniel Craig. Que pulou fora na última hora. Daí, chamaram Reeves. Zellweger faz a viúva que pode não ser tão inocente quanto parece. Para quem gosta do gênero “filme de tribunal” com uma reviravolta no final “Versões de um crime”, é um filme interessante.

“Mulheres do Século 20” é uma comédia estrelada pela Annette Bening. Que foi estrela de Hollywood no século passado e atualmente está relegada as produções baratas. No auge de sua carreira Bening estrelou sucessos como “Marte ataca!” e “Beleza americana”. Em “mulheres do século 20” ela é uma mãe estressada, as voltas com um filho problemático. Ela pede ajuda a suas amigas para resolver seus problemas. Elle Fanning e Greta Gerwig são as amigas mais jovens que tentam ajudar o rapazinho problemático. O desempenho das três atrizes foi muito elogiado e o filme chegou a ser indicado para um Oscar, que não ganhou.

Destaque: ‘Ninguém Entra, Ninguém Sai’ e ‘Versões de um Crime’ são as melhoras opções nos cinemas (Fotos: Divulgação)

Destaque: ‘Ninguém Entra, Ninguém Sai’ e ‘Versões de um Crime’ são as melhoras opções nos cinemas (Fotos: Divulgação)

Nacional

Já o filme brasileiro também tem uma atriz que já viu dias melhores. A loira Danielle Winits, que foi estrela das novelas da Globo, na mesma época em que o Keanu Reeves e a Renée Zellweger faziam sucesso nos cinemas.

Winits foi a protagonista da novela “Kubanacan”, que lançou a moda dos descamisados. Uma novela maluca onde o protagonista era um viajante do tempo. Fez tanto sucesso que a revista Playboy levou a loira para Las Vegas onde ela posou pelada, interpretando uma Marylin Monroe tupiniquim. Infelizmente o tempo passa e hoje as novelas globais são estreladas por uma nova geração de atrizes. Winits continua em forma, mas agora só faz papéis de coadjuvante em filmes nacionais, como este “Ninguém Entra, Ninguém Sai”. Que curiosamente é dirigido por um cineasta chinês, de Taiwan, Hsu Chien Hsin. No Brasil Hsin dirigiu vários curtas metragens de sucesso e tem sua primeira experiência no longa metragem com este “Ninguém Entra, Ninguém Sai”.

Divirtam-se!

Ninguémposter

Por Jorge Luiz Calife

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