Volta Redonda – Livros, cinema, circo, dança e muito lazer. Foi assim o encerramento da III edição da Bienal do Livro, promovida pelo Instituto Dagaz, que atende oito mil crianças e adolescentes em projetos sociais no Volta Grande III. O evento recebeu moradores de diversas localidades da cidade e região, que se dividiram entre as apresentações de alunos da ONG e visitas aos estantes.
Além de incentivar a leitura, boa parte do público aproveitou a Bienal para comprar livros com valores bem abaixo do praticado no mercado. Alguns, com descontos de até 60%. A secretária Fernanda Ribeiro, moradora do Aterrado, foi uma das que visitou a Bienal junto com a família. Além de incentivar os filhos – uma menina de 13 anos e um menino de oito anos – ao hábito à leitura, Fernanda também estava interessada na compra de livros para as crianças.
– Assim que soubemos da Bienal me organizei para trazer meus filhos e marido, pois nada melhor do que um passeio cultural como este – ressaltou a secretária, que visitou com a família todos os estandes da Bienal.
O esforço pelo incentivo à leitura praticado por Fernanda tem surtido bons resultados. A filha dela, Júlia Almeida, de 13 anos, disse que estava ansiosa para comprar livros. Os preferidos da menina são temas espiritualistas, onde os exemplares estavam com descontos de 60%. “Compraria de qualquer forma, mas com este desconto, posso levar mais exemplares e conhecer obras de escritores que ainda não li nada”, ressaltou Júlia.
Quem foi à III edição da Bienal do Dagaz, cujo tema foi “Sustentabilidade”, pôde ainda participar das salas de debate que aconteceram paralelas às apresentações de capoeira, dança, cinema e malabarismos circense, entre outros. O tema do debate deste domingo (6) foi “Direito Sustentável”, e reuniu pelo menos 50 pessoas que passaram a tarde discutindo sobre o assunto. A mediadora deste tema foi a escritora e doutora em sustentabilidade, Giulia Paola. Alunos do curso de Direito de universidades de Volta Redonda também participaram do debate sobre sustentabilidade.
Apresentações
Em meio aos livros e salas de debates, alunos das oficinas de circo passaram o dia demonstrando que as aulas têm surtido bons resultados. Os estantes de literatura dividiam espaços com crianças em pernas de pau ou em acrobacias em fitas e malabares. Para os menos ousados, foram colocadas rampas de saltos. As oficinas de grafite também atraíram as atenções do público e resultaram na pintura de um dos muros de acesso ao Instituto Dagaz, que passa a contar a partir de agora com grafites que chamam as atenções pela intensidade de cores.
A coordenadora do Instituto Dagaz, Clarisse Neto, avaliou que o evento superou as expectativas. Na opinião dela, nem mesmo o clima frio e a chuva fina do sábado, atrapalharam o movimento. Pelo contrário, na opinião de Clarisse, com o frio, as salas de debates ficaram ainda mais cheias, onde a ONG pôde trabalhar o tema “Sustentabilidade”, contando com um público bem maior do que o previsto.
– Estamos realizados com o resultado desta Bienal, onde atingimos a nossa meta e superamos nossas expectativas. Foi tudo perfeito – completou Clarisse, considerando ainda que os livros vendidos a preços populares, com valores oscilando entre R$ 5 e R$ 10, ajudaram a aquecer as vendas e divulgar a literatura. “A cada evento como este temos a certeza de que nossas crianças e pais saem bem mais atentos a importância da leitura, que pode ser um hábito prazeroso”, completou Clarisse.
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Teria mais gente não fosse o aumento da passagem para R$ 3,80.
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