Exposição da Festa do Divino já pode ser conferida em Angra dos Reis

by Diário do Vale
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Tradição em destaque: Exposição possui painéis com textos sobre partes da festa (Fotos: Divulgação)

Angra dos Reis – A Fundação de Cultura de Angra dos Reis (Cultuar) abriu a exposição “O pombo e o divino”, que conta a história da Festa do Divino, no Convento São Bernardino de Sena. A mostra, aberta ao público, ficará até dia 20 de maio no local e pode ser vista de terça-feira a domingo, das 9h às 12h e das 14h às 17h.

– Basicamente, a exposição tem textos e alguns objetos que informam sobre a tradicional Festa do Divino aqui em Angra dos Reis – diz o motivador cultural da Cultuar, Alonso de Oliveira.

A exposição possui painéis com textos sobre partes da festa: as danças dos Velhos, dos Lanceiros, das Jardineiras e dos Marujos, entre outras. Também estão expostos cinco oratórios, pertencentes ao acervo do Museu de Arte Sacra de Angra. Os visitantes também podem conferir exemplares de jornais do século XIX e dos anos 50, 60 e 70 do século XX.

Outros objetos que compõem a Festa do Divino podem ser conhecidos, como a Bandeira Santa e a Bandeira Esmolar (usada para visitas às casas para angariar fundos para a festa) e a tribuna de pregação, feita em madeira (usada sempre depois das procissões).

A Festa do Divino em Angra dos Reis, organizada e realizada pela Cultuar, acontecerá de 6 a 13 de maio, na Igreja Matriz. Ela é uma das mais antigas do país e conta com algumas danças folclóricas.

Dança dos Velhos

Os Velhos representam os antigos escravos da terra que homenageiam o Menino Imperador com seus movimentos simples e alegres (semelhantes às quadrilhas juninas). Vestem-se com roupas confeccionadas em tecido barato, enfeitadas com renda, e usam máscaras de papelão preto para não serem reconhecidos. Os Velhos dançam com castanholas e batendo os pés.

Dança dos Lanceiros

Os Lanceiros representam o corpo de guarda do Menino Imperador. A Dança dos Lanceiros estava esquecida há muitos anos, quando, em 1976, foi revivida de forma incompleta e depois novamente esquecida. No ano de 1986 foi recuperada a Valsa dos Lanceiros.

Dança das Jardineiras

A Festa do Divino foi trazida a Angra dos Reis por imigrantes portugueses vindos das Ilhas dos Açores. As Jardineiras representam as vendedoras de flores, comuns naquela região. A dança é executada por um grupo de moças, metade vestida de jardineiras e metade vestida de jardineiros, trazendo nas mãos um arco florido.

Dança dos Marujos

Os Marujos representam os marinheiros da esquadra portuguesa que, segundo a lenda, tripulavam a barca que trazia o Menino Imperador. Vestidos com suas fardas, os Marujos dançam ao som de marchas e dobrados, evoluindo e formando diversos desenhos. No interior da barquinha, que é carregada enquanto os marujos cantam a “Barcarola”, está o menino caracterizado de comandante. A barquinha, no final da dança, é bombardeada por um canhão (fogos de artifício). Atualmente, nas festas de Angra, a explicação para a presença da barca nos festejos é de que ela representa o bem que sempre vence, e, o canhão, o mal. Mas dizem que antigamente também existia outra versão que está ligada à lenda de Zamzibã, segundo a qual os Marujos, após terem descoberto a farsa do Menino Imperador, resolveram destruir a barca que o trouxera.

Serviço

A exposição ‘O pombo e o divino’ pode ser conferida no Convento São Bernardino de Sena. A mostra, aberta ao público, ficará até 20 de maio, de terça-feira a domingo, das 9h às 12h e das 14h às 17h. Mais informações pelo telefone (24) 3365-2110.

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