O futuro de ‘Guerra nas Estrelas’

by Diário do Vale

O futuro da saga de Star Wars já está garantido. A Disney anunciou que tem filmes programados até o ano de 2030. O próximo será o episódio 8, “Os Últimos Jedis”, que chega aos cinemas em dezembro deste ano. O estúdio do Mickey tem pressa em recuperar os três bilhões de dólares que pagou pela franquia. Que começou em 1977 quando George Lucas convenceu a 20th Century Fox a bancar um projeto que ninguém queria. Um épico espacial situado em uma galáxia muito, muito distante.

Lucas não tinha pressa em continuar sua saga. Depois do primeiro “Guerra nas Estrelas” ele levou dois anos para produzir um segundo filme. “O império contra-ataca”, que chegou aos cinemas em 1980. Dois anos depois, em 1982, a primeira trilogia foi encerrada com “O retorno de Jedi”. A essa altura a ideia rejeitada pela maioria dos estúdios já tinha se transformado em um fenômeno cultural e em uma mina de dinheiro com uma infinidade de produtos associados. De games a história em quadrinhos e brinquedos.

A Disney planeja lançar um filme por ano. Intercalando os futuros episódios da saga com histórias independentes, passadas no universo das trilogias. Como o Rogue One exibido no ano passado. Uma ideia é uma série de filmes sobre a juventude do Han Solo. Como ele ganhou a nave Millenium Falcon em um jogo de sabach com Lando Calrisian, como venceu a corrida de Kessel e porque jogou no espaço a carga de especiarias do Jabba. Ainda não foi escolhido um ator para interpretar o herói, já que Harrison Ford está velho demais para o papel.

Outra ideia, que deixou os fãs de cabelo em pé, seria um remake da trilogia original. O que seria uma perda de tempo. “Guerra nas Estrelas”, de 1977, já é um clássico do cinema, considerado um dos filmes mais importantes da história e selecionado pela Biblioteca do Congresso para ser preservado pelo seu valor histórico e cultural. “O império contra-ataca” é considerado o melhor da saga e dificilmente seria melhorado com uma refilmagem. Sem falar que seria difícil encontrar atores com o carisma dos originais. Sobra só “O retorno do Jedi” cuja sequência com os Ewoks desagradou muita gente. A ideia é mais um exemplo da falta de imaginação dos estúdios.

Curiosamente o império de Star Wars começou com a paixão de George Lucas pelos seriados e histórias em quadrinhos do Flash Gordon. Lucas achava os originais mal feitos e pensava em uma versão moderna. O problema é que os direitos de filmagem de Flash Gordon pertencem a King Features Sindicate, do poderoso grupo Hearst. Que não considerava o jovem cineasta apto para levar seu herói aos cinemas. Francis Ford Copolla, amigo de Lucas, lembra que ele ficou muito deprimido com a recusa e decidiu criar o seu próprio Flash Gordon.

O primeiro roteiro falava de um jovem chamado Luke Starkiller que frequentava uma cantina de um mundo futurista, ponto de encontro de viajantes espaciais. Nessa cantina Luke e seus amigos Fixer e Cammie encontram um guerreiro Jedi que procura voluntários para uma missão arriscada: Resgatar uma bela princesa, enclausurada em uma “cidade nas nuvens” pelo malvado imperador galáctico. Depois de várias revisões Starkiller virou Skywalker, Fixer e Cammie foram deletados da história e a prisão espacial se tornou a Estrela da Morte. Mas a ideia da cidade nas nuvens foi aproveitado no segundo episódio, “O império contra-ataca”.

O mérito de Star Wars foi traduzir para o cinema moderno um tipo de aventura que já fazia sucesso nos livros e histórias em quadrinhos. Lucas se inspirou em Flash Gordon. Mas o criador de Flash, Alex Raymond, tinha se inspirado nos romances de John Carter em Marte, do escritor Edgar Rice Burrough. E Burroughs tinha tirado a ideia do livro “Gulliver em Marte”, escrito em 1905 por um tal de Edwin Arnold.

A força estava com eles.

Perfeito: ‘O império contra-ataca’ pode ter um remake

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Origem: Lucas só queria filmar o Flash Gordon

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Por Jorge Luiz Calife

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1 comment

Anderson 4 de abril de 2017, 18:22h - 18:22

Com certeza a Disney já recuperou o dinheiro investido já no primeiro filme. Dois bilhões de dólares de bilheteria mais os produtos licenciados. A Disney fez os dois melhores negócios da história ao comprar a Lucas Films e a Marvel Comics, duas minas inesgotáveis de dinheiro.

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