Todo ano os membros do Clube dos Leitores de Ficção Científica elegem os ganhadores do prêmio Argos, dedicado aos melhores romances e contos de ficção científica escritos em terras tupiniquins. Em 2015 o vencedor da categoria Melhor Romance foi “Dezoito de Escorpião”, romance de estreia do paulista Alexey Dodsworth. Ele tem mestrado em Filosofia pela USP e estuda Astronomia, com foco na pesquisa de vida extraterrestre.
Com sua experiência acadêmica Dodsworth cria uma trama fantástica cheia de citações a fascinante ciência das estrelas. O nome do livro, por exemplo, refere-se a uma estrela gêmea do nosso Sol situada na constelação do Escorpião, a 45 anos luz da Terra. Recebi um exemplar de “Dezoito de Escorpião” gentilmente enviado pelo autor e terminei de ler o livro com um sorriso.
É o tipo de livro que os jovens apaixonados por filmes fantásticos e histórias em quadrinhos vão ler em um fôlego só. A trama envolve um grupo de jovens com superpoderes, um serial killer, uma sociedade secreta e uma grande conspiração. Mais nerd impossível. Se o leitor foi fã de seriados como Arquivo X, Herói e Smallville e não perde um filme dos X-Men, vai adorar a trama de “Dezoito de Escorpião”.
Um grupo de jovens sofre com a hipersensibilidade a campos eletromagnéticos. Se chegarem perto de um aparelho de TV, ou de uma antena de celular, os coitados sofrem enxaquecas terríveis. Alguns surtam e desencadeiam seus superpoderes que podem queimar todos os instrumentos eletrônicos em um raio de 100 metros. E fulminar com derrames cerebrais qualquer pessoa que os ameace.
Felizmente, para as pessoas comuns, esses aspirantes a X-Men são recrutados por uma organização secreta, liderada por um indiano misterioso, que lembra muito o professor Xavier. Dopados em sono profundo eles são levados para o que parece ser uma comunidade new age, no meio da floresta amazônica. Mas nem tudo é o que parece no mundo de 18 de Escorpião e nossos heróis logo se verão envolvidos em uma aventura interestelar.
Por Jorge Luiz Calife
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