STF mantém aplicação da Ficha Limpa para condenados antes de 2010

by Diário do Vale
Políticos condenados por abuso econômico, mesmo antes da lei entrar em vigor, estão inelegíveis por 8 anos e não podem concorrer em 2018 (crédito AB)

Políticos condenados ficam inelegíveis por 8 anos e não podem concorrer em 2018 (crédito AB)

Brasília – O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve nesta sexta-feira (2), decisão da própria Corte que validou, em outubro do ano passado, a aplicação retroativa da Lei da Ficha Limpa, norma que entrou em vigor em 2010 para barrar a candidatura de condenados por órgãos colegiados.

Na ocasião, por 6 votos a 5, a Corte foi favorável à inelegibilidade por oito anos de condenados antes da publicação da lei. O entendimento que prevaleceu é no sentido de que é no momento do registro da candidatura na Justiça Eleitoral que se verificam os critérios da elegibilidade do candidato. Dessa forma, quem foi condenado por abuso político e econômico, mesmo que anterior à lei, antes de 2010, está inelegível por oito anos e não poderá participar das eleições de 2018.

O caso voltou à tona na sessão desta tarde a partir de um pedido do relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski, para modular o resultado do julgamento de modo que os efeitos da decisão valham somente para as eleições de outubro, não atingindo eleições anteriores. Segundo o ministro, o julgamento da Corte provocará, ainda neste ano, o afastamento de pelo menos 24 prefeitos e um número incontável de vereadores em todo o país. Políticos nesta situação conseguiram se eleger e tomar posse com base em liminares que liberaram suas candidaturas.

Apesar da preocupação de Lewandowski, os ministros Luiz Fux, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Marco Aurélio e a presidente, Cármen Lúcia, votaram contra a medida por entenderem que a modulação não seria cabível, porque, nas eleições de outubro, os candidatos que já cumpriram oito anos de inelegibilidade, ao serem condenados antes de 2010, não serão mais atingidos pela decisão da Corte. Além disso, a modulação do julgamento seria uma forma de mudar o placar.

Os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Celso de Mello seguiram o entendimento de Lewandowski e também foram vencidos.

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2 comments

VAI VENDO 2 de março de 2018, 11:01h - 11:01

Bom!
Se o lado em que estavam os ministros Gilmar Mendes e Dias Tiffoli perdeu É muito bom para o Brasil.

Agora 24 prefeitos e incontáveis vereadores serão condenados e ilegíveis. Vamos aguardar para ver quantos da região não poderão se candidatar para deputados.

Alerta aos que estão lançando candidatos para ter cuidado para NÃO levar informação enganosa os eleitores tipo papagaios

Platão, o Filósofo 2 de março de 2018, 09:52h - 09:52

Ás vezes, surge uma esperança lá no final do túnel.

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