Paulo Conrado pede esclarecimentos sobre ideologia de gênero em escolas

Por Paulo Moreira
Conrado: ‘Estou atento a essa questão e vou me manter assim, porque o projeto que apresentei foi resultado de diversos pedidos de ajuda vindos de vários segmentos da sociedade’ (Foto: Paulo Dimas)

Conrado: ‘Estou atento a essa questão e vou me manter assim, porque o projeto que apresentei foi resultado de diversos pedidos de ajuda vindos de vários segmentos da sociedade’
(Foto: Paulo Dimas)

Volta Redonda – O vereador Paulo Conrado (PRTB) disse nesta terça (22) que vai fazer um convite à secretária municipal de Educação, Rita de Cássia Oliveira de Andrade, para que ela compareça à Câmara Municipal para explicar aos vereadores a atuação da Secretaria Municipal de Educação (SME) no que diz respeito à lei que proíbe a inclusão de conteúdos relacionados á chamada ideologia de gênero no currículo das escolas de Volta Redonda. Conrado afirmou que tem recebido denúncias de que estaria havendo menções ao assunto em escolas municipais.

— Recebi denúncias de que algumas escolas teriam distribuído questionários sobre esse assunto. Há também informações de que alguns professores teriam abordado o tema. Se isso estiver ocorrendo, a lei estará sendo descumprida — disse o vereador, que acrescentou que a proibição da abordagem da ideologia de gênero está em pleno vigor.

A Câmara Municipal recorreu da decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJ-RJ) que, por maioria, declarou a lei inconstitucional. O caso está no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a quem cabe a decisão sobre o assunto.

— Temos confiança em que a decisão nos será favorável e que a lei permanecerá em vigor. E até que a sentença seja proferida, seja ela qual for, a lei está valendo. Estou atento a essa questão e vou me manter assim, porque o projeto que apresentei foi resultado de diversos pedidos de ajuda vindos de vários segmentos da sociedade. Há muita gente preocupada com a hipótese de crianças de cinco, seis anos ou talvez menos serem expostas a um conteúdo como o da ideologia de gênero — afirmou Conrado.

 

Entenda o caso

 

Em 26 de agosto de 2015, Paulo Conrado, que era presidente da Câmara Municipal de Volta Redonda, promulgou a lei originada que proíbe a inclusão da discussão da chamada Ideologia de Gênero no Plano Municipal de Educação.

A lei, de autoria do próprio Conrado, havia sido aprovada por unanimidade pelos vereadores. O ex-prefeito Antônio Francisco Neto vetou integralmente a iniciativa, mas o veto foi derrubado – também por unanimidade – na sessão da Câmara realizada em 13 de agosto.

Conrado disse na época que o fato de a ideologia de gênero não estar incluída no Plano Municipal de Educação não implica qualquer aprovação de discriminação ou bullying contra quem quer que seja por questões de gênero.

— A escola é um ambiente plural por natureza. As relações entre as pessoas precisam estar isentas de qualquer preconceito, seja ele de gênero, raça, posição social ou orientação política. As constituições federal e estadual e a Lei Orgânica do Município já garantem isso. Não há necessidade de incluir essa questão no Plano Municipal de Educação — declarou.

Resumidamente, a ideologia de gênero estabelece uma diferença entre o sexo biológico e o gênero psicológico, explicando as condições de gênero. O gênero, que define o comportamento sexual e social do ser humano, é formado pela interação entre o indivíduo e o ambiente cultural no qual ele está inserido, enquanto o sexo é biologicamente determinado.

Grupos ligados aos movimentos LGBT e aos partidos mais à esquerda defendem que seja incluída a questão da ideologia de gênero nos planos municipais de educação como forma de evitar que atitudes homofóbicas prejudiquem crianças e adolescentes.

Os principais argumentos dos grupos contrários à inclusão da ideologia de gênero nos planos de educação são os de que não cabe à escola interferir na questão da formação do papel sexual de cada indivíduo, e que esses assuntos não devem ser apresentados a crianças nas primeiras séries do ensino fundamental, sob pena de arriscar o surgimento de conflitos precoces sobre identidade de gênero.

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25 Comentários

Nacionalista 25 de agosto de 2017, 16:46h - 16:46

Força e honra.
Grande batalha contra os comunistas.

Marcos 24 de agosto de 2017, 13:55h - 13:55

Esse vereador não entende nada do assunto! Não faz nada como vereador! Está querendo se promover! Fiscalizar o poder executivo, sua obrigação e paral o qual foi eleito, não tem atitude! Sr. Vereador, reaja… vamos trazer novas empresas para Volta Redonda, gerar emprego e receita, melhorar a saúde e a segurança pública, cobrar investimentos por parte do executivo, fiscalizar os contratos terceirizados pelo poder executivo (salário inicial de 1.600,00 e sexta básica de 300,00 enquanto funcionários de carreira, com 30 anos de serviços ganham 990,00 e sexta básica de 150,00). Tantas coisa a serem feitas e fiscalizadas e o dito vereador questionando situações fora de sua área de competência.

Deidei 24 de agosto de 2017, 11:18h - 11:18

É melhor deixar a escola debater opção sexual do que a criança e o jovem ficar a merce das novelas da Globo ou das porcarias de blogueiros do youtube. Hoje a criança passa a maior parte do tempo na escola, a segunda maior parte vendo bobagens na internet ou ouvindo funk e o menor tempo com os pais. O mundo mudou e esse tipinho de político ainda não entendeu que as famílias hoje em dia não são mais composta por papai, mamãe e vovó mas sim por homosexuais, transexuais, homens, mulheres, plantas etc.

polvaro 24 de agosto de 2017, 10:00h - 10:00

Escola tem que tratar abertamente todos os assuntos. Sexo, drogas, aborto, pena de morte, comunismo, capitalismo… Chega de falso puritanismo para angariar voto. A sociedade brasileira esta regredindo com esses puritanos religiosos e bolsonaristas

Omo 23 de agosto de 2017, 19:37h - 19:37

As escolas devem se preocupar em fornecer o ensino de qualidade, preparando nossas crianças para seu desenvolvimento futuro. Educação sexual, moral, ética e comportamental são obrigações de suas famílias! Se querem orientar de forma ampla que fosse incluída na grade o aprendizado desmembrado da Declaração Universal dos Direitos Humanos…não especificamente a ideologia de gênero.

Zé da Roça 23 de agosto de 2017, 18:27h - 18:27

Isso lembra a época da inquisição onde as pessoas com deficiência mental eram queimadas vivas na fogueira, pois a igreja dizia que elas estavam com o Demônio ou que eram bruxos. Algumas tribos indígenas até hoje abandonam para morrer logo ao nascer as crianças que possuem deficiências mentais e/ou físicas.

E são essas pessoas que perseguem, discriminam e matam que são chamadas de normais? Evoluídas?
Mas para os nossos políticos, é bom que a sociedade não evolua mesmo…Assim eles perpetuam a espécie mais facilmente.

Conrado Cabeça de Camarão 23 de agosto de 2017, 18:06h - 18:06

O que não faz pra se manter no poder com o voto de gente preconceituosa e ignorante, não?

Jefte 23 de agosto de 2017, 16:11h - 16:11

Direitos – O Brasil conta com diversas leis, planos, decretos, resoluções e portarias que abordam os direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros. No âmbito federal, por exemplo, destaca-se o Decreto nº 8.727/2016, que garante o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. Em 2013, o Ministério da Saúde lançou a Portaria nº 2.803/2013, que redefine e amplia o processo transexualizador no Sistema Único de Saúde (SUS). Já a Portaria nº 513/2010, do Ministério da Previdência Social, reconhece as uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo para assegurar igual tratamento a seus dependentes para fins previdenciários.

Combate à homofobia – Ao todo, a cartilha lista mais de 30 Centros de Referência no Combate à Homofobia – órgãos responsáveis por auxiliar no encaminhamento de denúncias de violação de direitos e por desenvolver atividades nas áreas de assistência social, educação e saúde. Além dos centros de referência, denúncias também podem ser feitas pelo Disque 100 (Secretaria dos Direitos Humanos) e pela Sala de Atendimento ao Cidadão, do Ministério Público Federal (www.mpf.mp.br).

reis 23 de agosto de 2017, 15:47h - 15:47

parabéns vereador

meus filhos , minhas leis

Família 23 de agosto de 2017, 13:54h - 13:54

Estou contigo vereador . Vamos defender nossas famílias. Rede Globo então, adora mostrar que tudo é permitido. . Tudo posso, mas nem tudo me convém.

Candidato CAO CAO.... 23 de agosto de 2017, 13:29h - 13:29

E por um acaso o distinto vereador e formado em pedagogia???o q ele entende de educacao escolar???tanta coisa mais importante para se preocupar…

#Escolasem partidojá 23 de agosto de 2017, 18:36h - 18:36

Ele não precisa ser formado em pedagogia, ele está lá para representar seus eleitores.
Tmj, Conrado!!!!

GABRIELA AMARAL 23 de agosto de 2017, 12:40h - 12:40

NINGUÉM ORIENTA UMA CRIANÇA: “VOCÊ VAI SER GAY “. Isso não existe… Entretanto, ENSINAR O RESPEITO AO PRÓXIMO, é FUNDAMENTAL. Esse vereador, “representante do povo” que sempre entra pela legenda partidária, não entende isso. HÁ UMA DIFERENÇA MUITO GRANDE ENTRE AS DUAS COISAS. E por trabalhar em escola eu posso afirmar com propriedade, que existe muito preconceito em relação ao assunto, inclusive COMIGO! JÁ FUI VÁRIAS VEZES INSULTADA (DENTRO DO AMBIENTE DE TRABALHO) PELA MINHA ORIENTAÇÃO SEXUAL, onde crianças ridicularizam e reproduzem o ódio e preconceito dos adultos. Isso não pode continuar !!! O RESPEITO É PARA TODOS !!!

cris 23 de agosto de 2017, 12:37h - 12:37

Estamos com vc Vereador ….
em defesa da família♡♡

Jefte 23 de agosto de 2017, 13:34h - 13:34

Esse vereador atráves dessas ações e dando espaços as essas pessoas ignorantes, esta promovendo o abandono familiar que ainda é comum na vida de uma pessoa trans.
O que é preciso entender para respeitar e só na educação poderemos encontrar abrigo para um futuro melhor para toda a nossa sociedade.
E com certeza, o Tribunal vai se posicionar a favor da vida e do respeito ao nosso próximo.
Isto já é matéria vencida e menos mimimis para os que ainda se mantém dentro do casulo da ignorância.

Costa 23 de agosto de 2017, 12:26h - 12:26

Estou contigo vereador.

LOCUTOR 23 de agosto de 2017, 10:51h - 10:51

Turma de demagogos, fugindo dá realidade.crian seus filhos trans, sem diálogo e depois quando crescem os descriminam e os jogam na sargeta.aceita a realidade que dói menos.

Severino 23 de agosto de 2017, 10:38h - 10:38

Parabéns vereador. Escola é para ensinar o curriculum escolar e fim de papo. O Deputado Federal Jair Bolsonaro, conseguiu BARRAR uma cartilha que já estava pronta no MEC, para ser distribuída em todo o País. Nessa cartilha, além de outras coisas, dizia que é normal menino beijar na boca de menino, menina idem com menina, e outras aberrações mais para colocar na cabeça das crianças. ISSO NÃO É ASSUNTO para escola inicial onde as crianças chegam puras e inocentes.

Jefte 23 de agosto de 2017, 08:41h - 08:41

Ivete Sangalo participou deste sábado (19) do programa Altas Horas, da TV Globo, e defendeu que é importante falar sobre a população trans dentro de casa. Sobretudo porque é assunto que interessa a todas as pessoas. 

Segundo a cantora, há muitas pessoas que dizem que a temática não existe em suas vidas, mas destacou que as travestis, mulheres e homens trans “existem dentro da sociedade” e que é um assunto “comum a todos”.

“As pessoas tem que respeitar, porque de fato existe. E no convívio com a gente, podemos ser muito mais feliz. Poder ser quem você é, é libertador”, declarou a Ivete. 

Lília Cabral declarou que o abandono familiar ainda é comum na vida de uma pessoa trans e que é preciso entender para respeitar. “A novela (A Força do Querer) mostra isso: ela não tem família presente. Eles (as pessoas trans) estão sempre entre parênteses, como se não fosse necessário ser discutido”.

A atriz Carol Duarte, que dá vida ao personagem homem trans Ivana/Ivan, admitiu que pensou que o personagem poderia ter alguma rejeição. Mas que só tem recebido apoio. “Eu fiquei muito feliz que as pessoas são carinhosas, dizendo que querem que a Ivana seja feliz”. 

Em outro momento, Ivete comentou sobrne os crimes de transfobia: “Querer assassinar uma pessoa trans é uma tentativa de apagar um arquivo que fala sobre si mesmo. O que não se compreende é o porquê da vida desse indivíduo incomodar tanto. Por quê? Faça suas escolhas. Deixa que o outro faça suas escolhas. Viva o seu caminho”.

Carol apontou que muitos crimes de transfobia são invisibilizados, uma vez que a transfobia não está tipificada como crime e que tais casos não são registrados como preconceito pelas delegacias. 

Cassiano 30 de agosto de 2017, 22:58h - 22:58

Quem é Ivete Sangalo para dizer o que minhas filhas devem aprender na escola? Tudo parte do principio de amar o seu próximo e respeita lo acima de tudo! Não importa sua cor, sexo ou posição social! Porque não começam ensinando as crianças a respeitarem o professor? Bom começo…

Antônio 23 de agosto de 2017, 08:38h - 08:38

Não podemos nos desligar dessa matéria, vamos nos unir. A intenção dos que defendem tal absurdo, é acabar com a família. Vereador, Paulo Conrado, contamos com VC.

Caesar 22 de agosto de 2017, 23:25h - 23:25

Crianças nao devem ter orientação de gênero nas escolas. A educação vem de casa, da família, principalmente dos pais. Precisamos valorizar nas crianças o amor a pátria, o empreendedorismo é o sentido de cidadania. Por um Brasil melhor!

Mudança 22 de agosto de 2017, 23:13h - 23:13

Crianças tem que aprender português, matemática, ciências e não aprender essas coisas.

Pepa 22 de agosto de 2017, 22:28h - 22:28

Só uma pessoal sem informação pra achar que você ensinar sobre isto a uma fiança fará ela virar homossexual, trans, ou seja lá o que for.
Talvez se eles tivessem consultado especialistas no assunto veriam que isto não é uma questão de escolha! Tanto ser homossexual ou trans a pessoa já nasce com isso.

GABRIELA AMARAL 23 de agosto de 2017, 22:46h - 22:46

SÃO IGNORANTES… DÁ PENA…

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