Sul Fluminense – Representantes de seis sindicatos da Região Sul Fluminense passam a semana mobilizando trabalhadores para o Seminário da Frente Unificada Contra as Reformas, que acontece no próximo sábado, na Câmara Municipal de Volta Redonda, no Aterrado. O evento será dividido em duas etapas: uma para discutir as Reformas propostas pelo Governo Federal e outra para as Reformas e a Crise Financeira no Governo do Estado do Rio de Janeiro. Os eventos contarão com as apresentações de advogados, professores e políticos.
A ideia dos organizadores é chamar atenção da população para as possíveis mudanças – tanto na Previdência Social, quanto na Reforma Trabalhista -, caso ocorra a aprovação destas leis. A integrante do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação), Maria das Dores Mota, a Dodora, avalia que, caso seja aprovada, a Reforma Trabalhista, por exemplo, acaba com a participação dos sindicatos, deixando os trabalhadores mais vulneráveis. Já a Reforma da Previdência, segundo a professora, significa o fim da aposentadoria e a privatização da Previdência Social.
– Nossos trabalhadores serão biscateiros, sem forças para lidar com os patrões e, pior, sem expectativas de aposentadoria – ressaltou a integrante do Sepe, de Volta Redonda, afirmando acreditar que, sem a mobilização social, as reformas serão aprovadas pelo governo federal. “Este é o compromisso do governo Temer e os deputados federais acabarão votando pelas reformas”, enfatizou Dodora, lembrando que o seminário conta ainda com o sindicato dos Bancários, Metalúrgicos, Construção Civil, Rodoviários e Sindicato dos Servidores da Justiça.
Ensino público
Durante o seminário professores querem ainda o apoio da população contra as medidas adotadas pelo governo estadual determinando que os municípios assumam alunos do curso fundamental I e II. Esta medida já vem sendo, segundo a sindicalista, colocada em prática a cada ano. Prova disso, afirma a professora, é o fechamento no município de pelo menos três colégios da rede estadual: Escola Estadual Maranhão, no Eucaliptal; Escola Estadual Minas Gerais, na Vila Mury e Escola Municipal Acre, no Siderópolis.
– É um pecado a gente observar aqueles prédios enormes e vazios – completou Dodora, chamando atenção para outro fator: “A rede municipal não consegue absorver tantos alunos e cada ano fica mais difícil conseguir uma vaga no ensino público, ou seja, mais alunos fora das salas de aula”, enfatizou a professora.
As estatísticas do Sepe revelam que das 75 escolas da rede estadual no município restam apenas cerca de 20, deixando de atender 80% dos alunos do ensino médio ofertado pelo estado. Estas medidas resultam em outro fator que vem desagradando a categoria: a cada ano, sobram professores, que sem turmas para lecionar, travam uma verdadeira maratona em busca de transferência para outra escola da rede na cidade. Alguns, de acordo com o sindicato, acabam sendo transferidos para outras cidades ou optam por perder a matricula no estado.
3 comments
Durante treze anos eles apoiaram o governo dos companheiros lula-dilma que produziram a MAIOR CRISE ECONÔMICA que o Brasil já enfrentou, agora, eles acham que a sociedade tem que escutá-los?!!!
De que adianta sindicato dos professores se a educação brasileira não evoluiu, mas decaiu, nos últimos treze anos, nos testes internacionais da avaliação da qualidade de ensino nos países?!!!
Até parece que Sindicato serve para alguma coisa. Vão perder a boquinha de um dia de salário descontado na raça do trabalhador. 90% de trabalhador que se mete em Sindicato é para ter estabilidade e não trabalhar. Os otros 10% são realmente interessados em defender os trabalhadores.
Estão lutando pra não perder o “dia da viúva”! Bando de safados, tanto quanto o governo!
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