Sindicatos se mobilizam contra reformas trabalhista e da previdência

by Paulo Moreira

Sul Fluminense – Representantes de seis sindicatos da Região Sul Fluminense passam a semana mobilizando trabalhadores para o Seminário da Frente Unificada Contra as Reformas, que acontece no próximo sábado, na Câmara Municipal de Volta Redonda, no Aterrado. O evento será dividido em duas etapas: uma para discutir as Reformas propostas pelo Governo Federal e outra para as Reformas e a Crise Financeira no Governo do Estado do Rio de Janeiro. Os eventos contarão com as apresentações de advogados, professores e políticos.
A ideia dos organizadores é chamar atenção da população para as possíveis mudanças – tanto na Previdência Social, quanto na Reforma Trabalhista -, caso ocorra a aprovação destas leis. A integrante do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação), Maria das Dores Mota, a Dodora, avalia que, caso seja aprovada, a Reforma Trabalhista, por exemplo, acaba com a participação dos sindicatos, deixando os trabalhadores mais vulneráveis. Já a Reforma da Previdência, segundo a professora, significa o fim da aposentadoria e a privatização da Previdência Social.
– Nossos trabalhadores serão biscateiros, sem forças para lidar com os patrões e, pior, sem expectativas de aposentadoria – ressaltou a integrante do Sepe, de Volta Redonda, afirmando acreditar que, sem a mobilização social, as reformas serão aprovadas pelo governo federal. “Este é o compromisso do governo Temer e os deputados federais acabarão votando pelas reformas”, enfatizou Dodora, lembrando que o seminário conta ainda com o sindicato dos Bancários, Metalúrgicos, Construção Civil, Rodoviários e Sindicato dos Servidores da Justiça.

Ensino público

Durante o seminário professores querem ainda o apoio da população contra as medidas adotadas pelo governo estadual determinando que os municípios assumam alunos do curso fundamental I e II. Esta medida já vem sendo, segundo a sindicalista, colocada em prática a cada ano. Prova disso, afirma a professora, é o fechamento no município de pelo menos três colégios da rede estadual: Escola Estadual Maranhão, no Eucaliptal; Escola Estadual Minas Gerais, na Vila Mury e Escola Municipal Acre, no Siderópolis.
– É um pecado a gente observar aqueles prédios enormes e vazios – completou Dodora, chamando atenção para outro fator: “A rede municipal não consegue absorver tantos alunos e cada ano fica mais difícil conseguir uma vaga no ensino público, ou seja, mais alunos fora das salas de aula”, enfatizou a professora.
As estatísticas do Sepe revelam que das 75 escolas da rede estadual no município restam apenas cerca de 20, deixando de atender 80% dos alunos do ensino médio ofertado pelo estado. Estas medidas resultam em outro fator que vem desagradando a categoria: a cada ano, sobram professores, que sem turmas para lecionar, travam uma verdadeira maratona em busca de transferência para outra escola da rede na cidade. Alguns, de acordo com o sindicato, acabam sendo transferidos para outras cidades ou optam por perder a matricula no estado.

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3 comments

guto 7 de julho de 2017, 11:52h - 11:52

Durante treze anos eles apoiaram o governo dos companheiros lula-dilma que produziram a MAIOR CRISE ECONÔMICA que o Brasil já enfrentou, agora, eles acham que a sociedade tem que escutá-los?!!!
De que adianta sindicato dos professores se a educação brasileira não evoluiu, mas decaiu, nos últimos treze anos, nos testes internacionais da avaliação da qualidade de ensino nos países?!!!

Mineiro 6 de julho de 2017, 18:19h - 18:19

Até parece que Sindicato serve para alguma coisa. Vão perder a boquinha de um dia de salário descontado na raça do trabalhador. 90% de trabalhador que se mete em Sindicato é para ter estabilidade e não trabalhar. Os otros 10% são realmente interessados em defender os trabalhadores.

Servidor 6 de julho de 2017, 01:00h - 01:00

Estão lutando pra não perder o “dia da viúva”! Bando de safados, tanto quanto o governo!

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