Sul Fluminense e Bananal compunham a rota secreta da pirataria de escravos

by Diário do Vale

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Tinir de ferros… estalar de açoite…
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar…
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães: (…)
E ri-se a orquestra irônica, estridente…
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais …
Qual um sonho dantesco as sombras voam!…
Gritos, ais, maldicões, preces ressoam!
E ri-se Satanás!…

(Navio Negreiro, Castro Alves)

Virou moda fazer casamentos em fazendas de Bananal (SP). Que bom. É um ótimo momento para relembrar a história do Vale do Café do Sul Fluminense integrada à nossa vizinha cidade paulista, que, de fato (mesmo que não por direito), é parte da região fluminense.
É excelente oportunidade para celebrar a época do Império em que as fazendas da região reluziam, recebendo desde o imperador e sua Corte até os ricos condes, viscondes e barões do país afora.
Mas seria legal se cada conviva destas festas tivesse a noção do que se guarda na argamassa dos tijolos daquelas fazendas:
A infâmia.
Na época do Segundo Império, estes donos de fazendas em Bananal, Barra Mansa (Volta Redonda junto), Angra, Rio Claro, Piraí e Resende eram os homens mais ricos e respeitados do país.
Mas também estavam entre os maiores traficantes ilegais de escravos da História. Comandaram uma rede de pirataria humana que traficou dezenas de milhares de africanos em condições que jamais se repetiram.
Perpetraram, em sua forma mais sórdida,  o que hoje se chamaria de “crime contra a humanidade”.
A proximidade do dia 13 de maio, data da abolição da escravatura, é um bom momento para não deixar que esta barbárie caia no esquecimento.

Muito mais que  escravistas:
Eram piratas de seres humanos

Não estamos falando da época em que, tristemente, os navios negreiros circulavam no país com autorização da Coroa ou do Império.
Falamos de quando o tráfico de escravos africanos já era PROIBIDO pelas tardias leis brasileiras e pelas leis dos demais países civilizados do mundo.
Ainda assim, a turma dos “barões” de Bananal, Barra Mansa, Angra, Piraí, Resende e Mangaratiba fazia questão de piratear os escravos.
A quadrilha enfiava os africanos em condições inimagináveis: os negros eram colocados nos navios acorrentados em espécie de “gavetões”, em que sequer podiam levantar a cabeça. Todos nus, fezes e urinas se acumulavam. Comida era jogada sobre eles algumas vezes, assim como parco provimento de água.
Chegavam em Angra e em Mangaratiba cadavéricos. Eram, então, levados para entrepostos de “engorda” em Bananal para depois serem vendidos ou distribuídos nas fazendas dos traficantes.

Navio negreiro pirata afundado
no Porto Bracuhy, em Angra

Em dezembro de 1851 o capitão americano Nathaniel Gordon entrou no Porto Bracuhy, em Angra dos Reis, com seu navio “Camargo”, de bandeira americana. Trazia cerca de 500 africanos.  Gordon era um capitão pirata traficante de africanos para Bananal e o Sul Fluminense.
O Porto do Bracuhy, a exemplo do Porto da Restinga do Marambaia, em Mangaratiba, era o ponto de desembarque pirata de escravos.
Um negócio ilegal, porém mais lucrativo que o atual tráfico de cocaína.
Um escravo homem, ou criança, na época, custava no Brasil em média o valor atual de quase R$ 50 mil. Na África saía por menos de R$ 5 mil.  Com 500 escravos no navio o lucro com a “mercadoria” equivaleria, hoje, a mais de R$ 22 milhões.
Melhor: para ajudar a pagar pelos escravos na África, o navio negreiro levava litros e litros de cachaça, o que justifica o engenho de cana que existia ao lado do Porto Bracuhy.
Mas a operação pirata do navio brigue “Camargo” não teria um desfecho de rotina a que estavam acostumados os chefes da pirataria.
Por mar, um navio inglês vinha interceptá-lo. Por terra, as autoridades brasileiras armavam uma operação para prender todo mundo. Avisados, os fazendeiros cúmplices da região comunicaram o capitão Gordon: imediatamente o navio foi incendiado, afundado e os negros despachados para as fazendas.
Agentes do governo chegaram a tempo de prender vários marujos e arrolar testemunhas.
Mas o capitão Gordon tinha seu plano de fuga. Mantinha sempre em sua cabine uma fantasia feminina. Vestido de mulher, escapou por terra, e conseguiu consumar a fuga. Teria voltado para os EUA. Comprou outro navio e foi vender escravos em Cuba.

“Tutti buona gente”

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Então o homem mais rico do país, Joaquim José de Souza Breves comandava a pirataria de tráfico humano na região

A quadrilha por trás da pirataria – cujas ações fariam corar um mafioso moderno – era a nata da elite brasileira. Gente que enriqueceu, na região, às custas do café, mas principalmente pela pirataria escrava.
O chefão, o “capo di tutti i capi”, era o Comendador José Joaquim de Souza Breves.
Até que o Barão de Mauá surgisse, o Comendador Breves era considerado o homem mais rico do país. O título “Rei do Café”, hoje comum, foi criado para referir-se a ele.
Morava na Fazenda da Grama, em Rio Claro. Tinha mais de 30 fazendas que iam de Mangaratiba a Resende, passando por Rio Claro, Bananal, Barra Mansa e Piraí, entre outras cidades. E ainda haviam fazendas em Minas. Diziam que se podia ir do Rio a Minas sem sair de suas propriedades.
No episódio do desembarque de escravos no Bracuhy ele foi indiciado por pirataria junto com seus comparsas, “tutti buona gente”, a nata da nata da elite da região e do país: Major Antônio José Nogueira, Comendador Pedro Ramos Nogueira, Comendador Manuel de Aguiar Vallin e seu sogro, Comendador Luciano José de Almeida.
Era gente cruel: documentos mostram que escravos se suicidavam para pôr fim às torturas e sevícias dos senhores e suas senhoras. Um deles, de Bananal, chegou a fugir para Barra Mansa e se apresentar ao delegado “confessando” um homicídio que jamais cometeu. A cadeia era mais suave que a fazenda destes senhores.
Mas, em termos de riqueza e prestígio – para se ter uma ideia do padrão dos indiciados – Vallin (a exemplo de Breves) também tinha fazendas que iam de Angra a Minas, incluindo a Fazenda do Resgate e a Fazenda Três Barras, em Bananal, e a Fazenda da Bocaina, em Barra Mansa.
Seu sogro, Luciano José de Almeida, era dono da Fazenda Boa Vista, em Bananal, e outras seis propriedades rurais.
Antônio José Nogueira e Pedro Ramos Nogueira também eram grandes fazendeiros em Bananal.
Vallin chegou a ser preso, mas depois foi excluído do processo.
Todos foram julgados e condenados, em primeiro grau, por pirataria e tráfico ilegal de escravos.
Em seguida foram para o Tribunal do Júri de Angra dos Reis, cidade onde Joaquim Breves mandava e desmandava.
Resultado?
Todos absolvidos.

Hora do Capitão Gordon
prestar contas a Deus

O capitão pirata Nathaniel Gordon descobriu que as coisas não estavam boas no Brasil e foi fazer o roteiro África-Cuba de tráfico de humanos. Mas ele carregava um problema: desde o episódio do Brasil, no Bracuhy, a marinha inglesa e a própria marinha americana estavam de olho nele.
Transportou milhares de negros para Cuba, até que sua sorte mudou. O pequeno navio de Gordon, o “Erie”, foi abordado anos depois a 80 quilômetros do Porto de Havana pelo navio de guerra americano USS Mohican. Gordon tentou fugir e o US Mohican disparou um tiro próximo ao seu navio. Gordon se rendeu.
Na pequena embarcação do traficante estavam espremidos 897 africanos. Metade eram crianças.
Em 30 de novembro de 1861 o juiz distrital William Davis Federal Shipman, condenou Gordon à morte por enforcamento.
Só havia uma saída para Gordon: apelar para o coração mole do presidente Abraham Lincoln pedindo indulto da pena.
Lincoln foi de uma clemência exemplar: ao invés de perdoar Gordon, deu-lhe mais duas semanas de vida para que ele pudesse, sozinho, conversar com quem Lincoln dizia ser a única pessoa capaz de perdoar os pecados do capitão: “Deus, Pai comum de todos os homens”.
No dia 21 de fevereiro de 1862, ao meio-dia, o capitão Nathaniel Gordon foi conduzido ao cadafalso. Fuzileiros navais empunhavam fuzis e baionetas silenciosas. Cerca de 400 pessoas convidadas, entre as quais a Imprensa, cercavam o local.
Estirada a corda da forca, deixaram Gordon 15 minutos balançando para garantir sua morte efetiva e boas fotos.

O último navio negreiro
na história do Brasil

O capitão Gordon foi o primeiro e único enforcado dos EUA por tráfico ilegal de escravos. Sua morte foi o marco do fim do tráfico internacional de escravos africanos.
Antes, no Bracuhy, ele havia efetivado o também último desembarque bem sucedido de escravos em território brasileiro.
O episódio Bracuhy foi marcante. Um escândalo que repercutiu em todo o país. Foi a primeira vez que o governo efetivamente agiu contra o tráfico pirata.
E pegou a raia graúda.
A raia miúda, depois disso, pulou no mar.
Mesmo tendo sido absolvidos, os ricos fazendeiros envolvidos foram condenados a um estigma histórico.
O sonho de todo fazendeiro rico era virar barão. Não foi diferente com a trupe. Mas Dom Pedro II negou a todos eles o título nobilístico. Deixando bem claro que era em função do caso Bracuhy.
Por isso, neste texto, o nome “barões” aparece sempre com as merecidas aspas.
Muito merecidas aspas.

Ruína do engenho do Porto Bracuhy, em Angra: cachaça para africanos em troca de escravosFoto: Sonia Paes

Ruína do engenho do Porto Bracuhy, em Angra: cachaça para africanos em troca de escravos – Foto: Sonia Paes

AURÉLIO PAIVA | [email protected]

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56 comments

Renato Moraes 17 de maio de 2015, 11:13h - 11:13

Vamos denunciar a escravidão ainda existente em nossos dias http://www.washingtonpost.com/blogs/worldviews/wp/2013/10/17/this-map-shows-where-the-worlds-30-million-slaves-live-there-are-60000-in-the-u-s/
30 milhões de pessoas escravizadas pelo mundo. Vamos denunciar a escravidão que existe agora a que ocorreu no passado,foi uma vergonha para todos, mas o que tem maior peso agora é denunciar a de nosso tempo, e buscar das autoridades mundiais um posicionamento que faça valer os ideais que moveram a Revolução Francesa, Liberte,Fraternite e igualite,(Liberdade,Fraternidade,igualdade) pondo em ação os direitos humanos presentes na declaração Universal de Direitos Humanos.

Renato Moraes 17 de maio de 2015, 11:18h - 11:18

Vamos denunciar a escravidão ainda existente em nossos dias http://www.washingtonpost.com/blogs/worldviews/wp/2013/10/17/this-map-shows-where-the-worlds-30-million-slaves-live-there-are-60000-in-the-u-s/
30 milhões de pessoas escravizadas pelo mundo. Vamos denunciar a escravidão que existe agora a que ocorreu no passado,foi uma vergonha para todos, mas o que tem maior peso agora é denunciar a de nosso tempo, e buscar das autoridades mundiais um posicionamento que faça valer os ideais que moveram a Revolução Francesa, Liberte,Fraternite e igualite,(Liberdade,Fraternidade,igualdade) pondo em ação os direitos humanos presentes na declaração Universal de Direitos Humanos. http://www.freetheslaves.net/about-slavery/slavery-today/

Monsieur 16 de maio de 2015, 23:07h - 23:07

Eu só gostaria de uma oportunidade, para apresentar ao Ilustre Aurélio, um rico material histórico e que completa a valiosa e honrada matéria jornalística, de fatos da nossa história, em uma época bem diferente dos dias atuais. Está à sua disposição, Aurélio. Inclusive, trata-se de material de mestrado, com avaliações de senhores doutores (Phd).

Monsieur 16 de maio de 2015, 22:58h - 22:58

Para quem quiser discutir Pulitzer, extração do site:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9mio_Pulitzer

“Origem: Wikipédia.

Prêmio Pulitzer
O Prêmio Pulitzer é um prêmio norte-americano outorgado a pessoas que realizem trabalhos de excelência na área do jornalismo, literatura e composição musical. É administrado pela Universidade de Colúmbia em Nova York. Foi criado em 1917 por desejo de Joseph Pulitzer que, na altura da sua morte, deixou dinheiro à Universidade de Colúmbia. Parte do dinheiro foi usada para começar o curso de jornalismo na universidade em 1912.”

Renato Moraes 16 de maio de 2015, 13:37h - 13:37

Só para conhecimento do carissimo Al Fatah premio Pulitzer só é concedido a jornais e não a pessoas. http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9mio_Pulitzer

Al Fatah 16 de maio de 2015, 20:55h - 20:55

“O Prêmio Pulitzer é um prêmio norte-americano outorgado a pessoas que realizem trabalhos de excelência na área do jornalismo, literatura e composição musical. É administrado pela Universidade de Colúmbia em Nova York. Foi criado em 1917 por desejo de Joseph Pulitzer…”…

Faça um compêndio de seus comentários e concorra…

Renato Moraes 15 de maio de 2015, 22:47h - 22:47

Estatisticas que mostram que a escravidão foi uma chaga mundial e não exclusiva de nosso País http://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio_atl%C3%A2ntico_de_escravos

Renato Moraes 15 de maio de 2015, 22:37h - 22:37

A Escravidão ainda uma mazela nos dias de hoje http://www.globalslaveryindex.org/
isso em nivel Mundial.

Renato Moraes 15 de maio de 2015, 22:34h - 22:34

Aurelio Paiva leia este texto pra poder citar seus proprios parentes na rota de trafico de africanos sem atacar a memoria de outras familias , ai cita Antonio Paiva um dos participantes da rota de trafico de negros da Africa http://www.historia.uff.br/stricto/td/1398.pdf
Para os que quiserem ir mais a fundo na questão http://www.esferadoslivros.pt/livros.php?id_li=364

Aurelio Paiva 16 de maio de 2015, 10:59h - 10:59

Renato, lamento informar que o referido Antônio Paiva não é meu parente. Se fosse, não me sentiria constrangido pela divulgação de fatos históricos negativos, pois não somos responsáveis por ações de nossos antepassados. Mas também não é possível mudar a história para não melindrar descendentes.

Renato Moraes 15 de maio de 2015, 22:09h - 22:09

Aurelio Paiva leia este texto pra poder citar seus proprios parentes na rota de trafico de africanos sem atacar a memoria de outras familias , ai cita Antonio Paiva um dos participantes da rota de trafico de negros da Africa http://www.historia.uff.br/stricto/td/1398.pdf

Renato Moraes 15 de maio de 2015, 22:01h - 22:01

Fácil julgar uma pessoa ou um grupo pelos erros milenares de uma sociedade mundial escravista ao longo dos séculos ,o que ocorreu aqui no Brasil foi apenas a ponta de um Iceberg de proporções Globais. não faço apologia de regimes escravocratas ,mas não compactuo com pessoas que tentam se dar bem em cima de demagogias. Esse é o meu recado a autores como esses que tentam denegrir a imagem de Cidadãos que foram os pilares desta Nação, que como qualquer outra do mundo tem suas mazelas e do que se envergonhar até os dias atuais.

Al Fatah 16 de maio de 2015, 10:55h - 10:55

Revelar que a escravidão foi um problema mundial deveria te valer um prêmio Pulitzer, mas eu acredito que vc não entendeu o “x” da questão… A matéria está muito clara ao dizer que não concorda com a escravidão (independente do lugar), mas ataca especificamente o tráfico que decorreu mesmo após a proibição do comércio escravagista NO BRASIL (as leis são do país). Breves foi um tipo de Fernandinho Beira-Mar, Pablo Escobar ou Eike Batista da época, construindo muito de sua riqueza baseada em métodos fraudulentos e ilegais…

Não sei se vc é um Breves para se sentir ofendido, e nem deveria, pois em toda família há pessoas construtivas, de boa índole e ordeiras, juntamente com indivíduos de caráter falho, egoístas, mas a que mais se destacou aqui na região, economicamente falando, foi a dele, e essa riqueza toda infelizmente foi compurscada em sua origem. Esta matéria claramente não tem objetivo de manchar a história de uma família, mas sim trazer a verdade que foi por muito tempo omitida…

Ninguém deve sentir vergonha ou orgulho do que algum parente, seja ele próximo ou distante, foi, é ou será. Tenha orgulho de si próprio, de suas próprias realizações, e seja feliz…

Marlene Fernandes 15 de maio de 2015, 06:59h - 06:59

Excelente matéria, uma garantia da qualidade do jornal!

valmir 14 de maio de 2015, 13:33h - 13:33

Viu só, porque as politicas afirmativas são necessárias?

Cantinflas 13 de maio de 2015, 22:59h - 22:59

Sei que é chato. Talvez indelicado. Mas vou dizer pegando a carona na mesma opinião de um outro leitor que escreveu: a antiga versão do sítio do Diário do Vale era muito, mas muito melhor do que este horror atual. A antiga era prática, dinâmica, atraente e de fácil manipulação para o leitor. Muito melhor. Pronto. Falei. Desculpe-me.

leitor 14 de maio de 2015, 17:23h - 17:23

Gostei das melhorias nos comentários, onde você vê o comentário aguardando moderação, antes não via e agora os comentários podem ser respondidos. Só ficou faltando o “joinha”, que eu acho bem legal para saber como as pessoas avaliam cada comentário. No mais as demais mudanças para mim são indiferentes.

Al Fatah 16 de maio de 2015, 11:54h - 11:54

Concordo que ficou pior o ordenamento das manchetes na primeira página, onde muitas vezes aparecem notícias repetidas em pontos diferentes e não respeitam uma cronologia, independente da importância do fato noticiado (algumas ficam dias, outras horas). Mas o layout ficou melhor sim, e principalmente essa caixa de comentários que permite resposta, além da conveniência de se poder escrever textos maiores e que não ficam ocultos à primeira vista (sem aba “ler mais”)

katia compasso arbex correa 13 de maio de 2015, 22:51h - 22:51

Parabéns pela matéria. Sempre tive curiosidade de saber mais sobre essas Fazendas. È tudo muito sombrio. Os antigos sempre disseram que na nossa região tem uma “cabeça de burro” enterrada que nada dá certo por aqui.

Quissamansa 14 de maio de 2015, 20:17h - 20:17

A qual “nossa região” vc se refere especificamente? O Sul Fluminense tem o maior IDH entre as regiões do estado do Rio e o segundo maior parque industrial, só perdendo para a Região Metropolitana, tudo isso conseguido após a abolição. A única área atrasada é Rio Claro, que inclusive já foi distrito da hoje destruída São João Marcos, município-sede da fazenda principal dos Breves…

adelaide afonso 13 de maio de 2015, 22:41h - 22:41

Parabéns! Essa é uma pequena parte da nossa história, e um grande fato para alimentar nossa luta contra as desigualdades que perduram no nosso país.

Magna 13 de maio de 2015, 19:44h - 19:44

Parabéns pela matéria. Correlações como a feita por você, precisam estar mais comentadas.

VOCE, AURELIO, VOLTARREDONDENSSE NATO 13 de maio de 2015, 09:42h - 09:42

NAO É CRITICA E SIM UMA SUGESTAO, SEU JORNAL ONLIN ANTIGAMENTE ERA BEM MELHOR, VOCE É INCONE NAS NOTICIAS NA NOSSA REGIAO, PARABENS!!, COMEÇO COMO PEQUENO JORNAL, SO TESTEMUNHO OFLN DA SUA CRESCIDA EMPRESARIAL NA NOSSA CIDADE, HONESTO INTEGRO, IMPARCIAL NAS NOTICIAS, PARABENS POR TANOS ANOS PRESTANDO INFORMAÇOES CORRETAS VIA JORNAL PARA NOSSA CIDADEE REGIAO, ABRAÇO, DEUS TI ABENÇOE.

LM MOREIRA 12 de maio de 2015, 11:26h - 11:26

>>>>>>> OUTRAS COISAS PASSAVAM POR ALI TAMBEM !!!!! E AS FLORESTAS QUE O DIGA COM SEUS OLHOS ETERNOS E ATENTOS

Calouro 12 de maio de 2015, 10:36h - 10:36

Parabéns pelo texto Aurélio.
Escreveu com muita propriedade em todos os quesitos.

Lucas 11 de maio de 2015, 17:46h - 17:46

Excelente, Aurélio. Apenas uma “correção”: o fim do tráfico internacional de escravos africanos ainda é realidade distante, infelizmente. A escravidão moderna, que atinge sobretudo negros africanos, latinos e populações pobres asiáticas, está em alta.
Acho, inclusive, que seria bom tema para próxima coluna…

dapenha 11 de maio de 2015, 16:15h - 16:15

Bela máteria, parabéns.
Conta Mais, máteria interessante e importante para consolidar quem somos nós.

dapenha 11 de maio de 2015, 16:12h - 16:12

Conta Mais, máteria interessante e importante para consolidar quem somos nós.

leitor 11 de maio de 2015, 16:09h - 16:09

Trazer africanos a força para o Brasil para serem escravos, além de cruel, foi um desastre para o Brasil. A Região Sul do Brasil, Uruguai e Argentina que não tiveram escravos, são mais evoluidos socialmente. Capitais como Rio e Salvador onde se teve muitos escravos, são péssimas socialmente, muita malandragem, muito violentas, muitos vagabundos, macumba, sincretismo e criaram as favelas. Já os locais do Brasil de colonos europeus não escravos são ótimos.

João Henrique Barbosa 11 de maio de 2015, 17:30h - 17:30

Quando leio absurdos como esse fico pensando se isso é só racismo, só desconhecimento ou uma soma das duas coisas…

edmur 11 de maio de 2015, 17:53h - 17:53

Nenhum deles pediu para ser tirado de casa e ser enviado para cá. Você certamente deve ser a única pessoa que nunca viu um branco malandro, violento, vagabundo, macumbeiro e que more em favelas. Parabéns.

Ricardo 11 de maio de 2015, 18:26h - 18:26

Comentário derivado de “rodas sociais de alto nível”.

claudio 15 de maio de 2015, 18:33h - 18:33

É por isso, pela falta de escravos, que os estados da região sul, são as mais racistas e preconceituosas do Brasil. Os negros não pediram para vir pra cá, foram trazidos à força e obrigados a trabalhar para sustentar os brancos vagabundos. Este leitor perdeu uma ótima oportunidade de ficar calado. Em boca fechada, não entra mosquito e nem sai besteira.

Carlos Carvalho 11 de maio de 2015, 15:32h - 15:32

Virando pauta para matéria do Fantástico em 3…2…1…

Ricardo Cruz 11 de maio de 2015, 13:01h - 13:01

Excelente matéria. E tem muita gente que ainda se gaba de usar os sobrenomes dos “ilustres cidadãos” citados na matéria. São os verdadeiros responsáveis por deter o país no lixo* em que se encontra. Muitos aí querem responsabilizar a turma do PT (que for sua vez não mostraram ser diferentes do primeiro grupo). Mas a verdade é no país o termo LIDERAR PELO EXEMPLO (que é a única maneira de liderar), jamais foi praticada pela sociedade “rica”. Desde que esse país foi descoberto a mesquinharia impera. O resultado está aí: * lixo: roubalheira dos deslumbrados com dinheiro público, epidemias sem controle mas devidamente escondidas e salários injustos para cima (minoria que nem o merece) e para baixo e por aí vai.

Marcelo 11 de maio de 2015, 12:20h - 12:20

Excelente matéria, show!!!!!

Leonardo Nogueira Gomes 11 de maio de 2015, 11:19h - 11:19

Parabéns Aurélio. Matéria muito importante. Este lado dos Breves eu não conhecia. Continue publicando matérias importante como essa em sua coluna.
Léo

Pietro 11 de maio de 2015, 10:36h - 10:36

Hoje em dia pirataria de seres humanos ocorre com as relações de trabalho. Patrões enriquecem às custas do trabalho dos empregados com salários humilhantes e jornadas degradantes… A coluna podia falar disso também, fica a sugestão.

LM MOREIRA 11 de maio de 2015, 10:31h - 10:31

>>>>>>> POR INCRIVEL QUE PAREÇA PARA ALGUNS…. MAS AINDA CONTINUO ACREDITANDO NO SER HUMANO EM GERAL … MAS AINDA EXISTE MUITA GENTE TANTO RICO COMO POBRES QUAIS ALMEJAM O PODER DO MANDAR EM SEUS SEMELHANTES E TER O DOMINIO SOBRE A VIDA DELES E ATE TIRAR A VIDA DOS SEUS SEMELHANTES A HORA QUE QUISER ++++++ AINDA SE DELICIAR COM O SOFRIMENTO ALHEIO APRESENTANDO NENHUM DISCERNIMENTO E SENTIMENTO DE CULPA E PARA DEBOCHAR AINDA COLOCAM A CULPA NO FOLCLORE SATANAS

Monsieur 11 de maio de 2015, 00:00h - 00:00

Mais uma vez, parabéns pela rica matéria da história brasileira! Melhor ainda, de nossa região rica em fatos históricos! Alguns bairros, ruas, praças, escolas e etc…, tem nome de nossos antepassados e, muita das vezes, não sabemos a origem. Com esta matéria, alguns dados ficaram mais claros à luz da informação. Controvérsias de algum ou outro fato da história, é normal surgir. Porém, o mais importante, é comprovar a veracidade, autenticidade da argumentação. Mais uma vez, agradecido pela contribuição e continue levantando dados de pesquisa que, em muito contribuem para esta geração.

Claudinei de Souza 10 de maio de 2015, 21:57h - 21:57

Caro Aurélio, só para respaldar a sua matéria, em Arrozal, distrito de Piraí, tem um cemitério dessa época e na entrada tem uma lápide, bem no portão, que os mais antigos dizem que é de um padre que era muito ruim para sua época, que resolveram enterrá-lo de pé. Os comentários é de que era para que todos que passarem ali, pisem na cabeça dele…. interessante é que na pedra tem umas inscrições, desgastadas e ilegíveis.
A verdade é o seguinte: onde a fumaça, há fogo…..

claudio Cesar Pereira 10 de maio de 2015, 21:27h - 21:27

Muito bom o texto. Traz informações que eu desconhecia sobre a história da nossa região. Acho que estas informações deveriam ser divulgadas nas escolas para que todos tenham conhecimento da verdadeira história do Brasil. Parabéns pela matéria.

DANIELE 10 de maio de 2015, 21:19h - 21:19

Muito boa a matéria, falta-nos conhecer a própria história.

ademar da silva valim 10 de maio de 2015, 21:07h - 21:07

Excelente matéria de uma época da história de nossa região, mas que ainda cativa muito.
Abraços

Marcelo 10 de maio de 2015, 20:58h - 20:58

Excelente texto….ótimo conteudo historico…parabéns

Marcelo 10 de maio de 2015, 20:58h - 20:58

Excelente texto….ótimo conteudo historico…parabéns

alguem 10 de maio de 2015, 20:43h - 20:43

DARIA UMA EXCELENTE MINISERIA.

Beth Amorim 10 de maio de 2015, 20:10h - 20:10

Excelente texto!!!!
Amei essas informações!!
Parabéns!!!

EDIGAR SILVA 10 de maio de 2015, 19:34h - 19:34

O texto mostra o que é capaz de fazer o pior dos animais ,o Homem, a seu semelhante. E por incrível que possa parecer, a escravidão no Brasil ainda existe, inclusive nos grandes centros urbanos, vide região central de São Paulo, com os costureiros bolivianos, ou lá pelas carvoarias no norte do País.

Pedro 10 de maio de 2015, 19:17h - 19:17

Parabéns pela matéria. Pude aprender um pouco mais a respeito da nossa região

Al Fatah 10 de maio de 2015, 17:06h - 17:06

O melhor de todos os bons textos da coluna até hoje, pelo ponto de vista histórico e literário… Os períodos colonial e imperial mostram passagens interessantes, muitas delas desconhecidas do grande público e envoltas numa aura onde o lendário e o real se misturam…

Pra se ver que não existem “bonzinhos” na história, os negros africanos escravizavam seus “irmãos”, geralmente prisioneiros de guerras e gente indesejada pelas elites locais, e os vendia aos brancos em troca de cachaça. Zumbi tinha, ele próprio, seus escravos nos quilombos formados sob sua liderança. A liberdade pregada era em relação ao colonizador, para replicar aqui o que já havia em África…

O que sempre valeu no mundo, a bem da verdade, é a lei do mais forte, e o mais forte muitas vezes é, na verdade, o mais astuto…

Léia 10 de maio de 2015, 16:41h - 16:41

Excelente matéria. Parabéns.

Marco Antonio 10 de maio de 2015, 16:09h - 16:09

Prezado Aurélio,
O seu artigo me tocou profundamente. Em pinceladas rápidas (no jargão jornalístico em época que fui “foca” no Correio da Manhã), ficamos sabendo um pouco mais da traficância escravagista que foi responsável pela morte de milhares de irmãos africanos aqui trazidos em sofrimento e dor. Nasci em Pinheiral, aí do lado de Volta Redonda, onde se dizia que o Comendador Breves mantinha também um palacete, e que em suas senzalas, que ainda devem existir escombros em terras federais do antigo Colégio Agrícola Nilo Peçanha, acumulavam milhares de escravos. Obrigado pelo texto e pela oportunidade da publicação quando se avizinha 13 de maio, Data Maior da Libertação. Deus o ilumine na sua trajetória e função informativa.
Marco Antonio

Dionata Bastos 10 de maio de 2015, 15:07h - 15:07

Ótimo texto… É sempre bom saber mais sobre a história da região. 😀
Obrigado.

ABRAHAM JASPER...( O EX: APOSENTADO), LIVRANDO-SE DO CLONE¹ 10 de maio de 2015, 14:57h - 14:57

Seu Aurélio vai estafar. Tá trabalhando demais!

Raphael 10 de maio de 2015, 14:16h - 14:16

Ótima matéria! Parabéns!

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