Abordagens de pedintes incomodam comerciantes e pedestres em Barra Mansa

by Diário do Vale

Pedintes nas ruas de Barra Mansa deixa moradores preocupados

Barra Mansa – Uma queixa tem se tornado comum entre os lugares mais movimentados do comércio de Barra Mansa: o número de pedintes tem crescido e até mesmo incomodado comerciantes e populares. Embora muitos deles tenham família e até residência fixa, o vício pela bebida e outros tipos de drogas são as maiores causas para que estas pessoas estejam nas ruas em condições de alta vulnerabilidade.

Nas avenidas Domingos Mariano e Joaquim Leite, além de outras vias localizadas nas áreas centrais da cidade, a presença constante e crescente de pedintes causa transtornos. Principalmente no ramo de alimentação, como restaurantes e padarias. Muitas vezes é na porta destes tipos de estabelecimentos que os pedintes se aglomeram.

Outro problema apontado pelos comerciantes é que muitos das pessoas em situação de rua dormem nas calçadas, deixando cobertores e papelões na porta de alguns estabelecimentos. A comerciante Dayana Cistina de Oliveira, que tem uma loja de acessórios no Centro, conta que um dia precisou recolher diversos objetos de um morador de rua.

– Minha funcionária foi abrir a loja e deu de cara com um monte de cobertas na calçada. Nós retiramos, mas nesse dia meu marido ficou o dia todo na loja, pois ficamos com receio de que o dono voltasse para arrumar confusão. Infelizmente, o uso de álcool faz com que a grande maioria dessas pessoas fique muita agressiva – disse a comerciante.

A mulher, que almoça em um restaurante próximo ao local de trabalho, ressalta que a presença de pedintes no local também é outro incômodo. “Todo dia eu ia almoçar e um rapaz, visivelmente embriagado, pediu dinheiro para comer. O problema é que ele não queria a comida, o que não me custaria pagar, mas sim o valor. Certamente iria usar para consumir mais bebidas. Como me recusei a dar, ele me xingou e falou um monte de palavrões”, se queixou a comerciante.

Acordo para evitar transtornos

A proprietária de outro restaurante no Centro, que preferiu não se identificar, explicou que a saída para evitar esse tipo de problemas foi negociar a doação de marmitex para alguns pedintes. Detalhe: desde que não permaneçam na porta o estabelecimento.

– Uma funcionária sempre conta quantos deles são no dia, e separamos os marmitex para doar. Tem dias que doamos nove, dez, doze. Depende muito. O combinado foi eu dar a comida para eles, desde que não atrapalhem meus clientes na porta do restaurante”, disse a comerciante.

Segundo ela, a medida foi tomada depois que a mãe de uma adolescente, que tem o costume de almoçar no restaurante, se queixou de que a filha teria sido abordada de forma agressiva por um desses pedintes, na saída do local.

“Essa mãe reclamou que um deles teria inibido a filha e as amigas pedindo dinheiro. É uma situação que não podemos deixar acontecer, porque acaba que interfere e atrapalha o bom andamento do nosso comércio”, ressaltou a proprietária do restaurante.

A professora Ingrid Assunção, de 28 anos, diz que já perdeu a conta das abordagens que recebe todos o dias. Segundo ela, o caso que mais a incomoda é o de um jovem que há anos fica na Rua Rio Branco, próximo de uma casa lotérica. “A situação deste rapaz é nítida que tem relação com as drogas. Mesmo as pessoas já o conhecendo, se negando a dar o dinheiro, ele fica todos os dias no mesmo lugar pedindo. Já uma moça, que vive pedindo dinheiro para comprar leite ou remédio, eu acho que o serviço social da cidade deveria intervir, já que ela sempre fica expondo as crianças a essa situação”.

Em nota, a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos de Barra Mansa informou que as pessoas em situação de rua no município são assistidas pelo Centro POP, que funciona no Ano Bom, das 8 às 17 horas.

Após esse horário, algumas são encaminhadas para abrigos, como o SOS. Com relação aos pedintes, a secretaria destaca que a maior parte dessas pessoas se encontra em situação de vulnerabilidade social e que a equipe de abordagem orienta para o atendimento junto aos Cras (Centro de Referencia e Assistência Social).

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30 comments

Geraldinha 20 de maio de 2018, 23:37h - 23:37

As Políticas Públicas são falhas nesse caso… sempre empurrando pra debaixo de qqer tapete… Saúde, Educação e Dignidade para o ciidadão comum e trabalhador já é um privilégio….a esses desassistidos e marginalizados,nos cabe ter um olhar mais humanizado e cristão.Se tiver ao nosso alcance, devemos ajuda los de alguma forma.. Pensemos na fome e no frio que essas pessoas passam…. Dói…

capivara 20 de maio de 2018, 20:27h - 20:27

Frequento varias cidades da regiao….vr e bm..tem bastante gente nessa situaçao.. que as prefeituras tomem alguma atitude pra mudar isso

Só acho 20 de maio de 2018, 19:18h - 19:18

Em volta Redonda também existe muitos pedintes travestido de flanelinhas ,que a GM vê é finge que não viu!

Tolerância zero 21 de maio de 2018, 08:50h - 08:50

Mandar o aço nos flanelecas.

soncero 20 de maio de 2018, 18:06h - 18:06

O que falta nesta cidade é uma política de assistencialismo de verdade. Colocar pessoas que realmente tenha perfil para trabalhar com esse tipo de pessoas. Não só em Barra Mansa, como em todo o Brasil, as verbas vem do governo para atender essa demanda de pessoas pedintes, ou mendigo como diz a maioria das pessoas.

guto 20 de maio de 2018, 18:06h - 18:06

Eu nunca deixo de ajudar um mendigo, pois eles são os preferidos no Reino de Deus, segundo as palavras da Bíblia, além do mais o povo de barra mansa tem culpa no cartório por ter votado quatro vezes no PT para o governo federal, e Lula-Dilma tratavam do dinheiro brasileiro como lixo, jogando bilhões de dólares na Venezuela, Cuba, Angola, etc… países que não estão devolvendo o dinheiro “emprestado”, além do mais Lula-Dilma com a Copa do Mundo de futebol e as Olimpíadas fez o Brasil perder bilhões de dólares em obras superfaturadas… E não é só isso, é só lembrar da Refinaria de Pasadena nos EUA, que não valia nem 30 milhões de dólares e Dilma gastou mais de 1 bilhão de dólares… Se eu continuar escrevendo sobre a falta de respeito pelo dinheiro público da dupla Dilma-Lula vou escrever um livro, logo eu para por aqui com um comentário do jornalista Boris Casoy: “Isso é uma vergonha!”….

Olho Vivo Original 20 de maio de 2018, 17:58h - 17:58

NINGUÉM SE SUBMETE AO RIDÍCULO SE NÃO FOR POR FALTA DE OPÇAO. O SER HUMANO ESTA CADA VEZ MAIS DESUMANO. ACHAM QUE SÃO ETERNOS. ESTAMOS AQUI POR UM POUCO DE TEMPO. NÃO É JUSTO FECHAR O CORAÇÃO PARA AQUELES QUE SÃO NOSSOS IRMÃOS. SÓ ESTÃO NA MISÉRIA PORQUE FORAM CONDICIONADOS PELO DOMÍNIO DOS PODEROSOS DA TERRA, QUE ROUBAM DELES O DIREITO DE VIVEREM DIGNAMENTE. DÊEM ESMOLAS SIM, AJUDEM, SEGUNDO SUAS POSSES, DEUS IRÁ RECOMPENSA-LOS. QUE ELES SÃO VAGABUNDOS É ARGUMENTO DOS AVARENTOS, QUE SÓ PENSAM NELES.

Smilodon Tacinus - O Emir Cicutiano 20 de maio de 2018, 21:23h - 21:23

“NINGUÉM SE SUBMETE AO RIDÍCULO SE NÃO FOR POR FALTA DE OPÇAO”… Uma frase clichê que sempre cai por terra ao analisar as circunstâncias… Vale aqui o mesmo raciocínio que se aplica para analisar a criminalidade: reincidência, aversão às regras, comportamento antissocial e/ou violento, mundo paralelo, alienação, falta de solidariedade. Tanto os criminosos quanto os mendicantes são, na maioria das vezes, coletivos quanto aos meios e individualistas quanto aos fins…

Dar a cruz para os outros carregar é fácil. Difícil é vc próprio fazê-lo…

Na lata 20 de maio de 2018, 16:49h - 16:49

Para que isso deixe de acontecer é só não dar nada, dê emprego, ofereça uma capina de lote, uma trouxa de roupas para lavar. Assim vai espantar todos, pois muitas das vezes eles tiram um bom salário com o dinheiro da rua, sem produzir nada para o sociedade. O simples ato de compaixão faz com que isso apenas se multiplique na cidade, essas pessoas precisam é de emprego esse é o melhor ato de amor, e não enganar as pessoas de coração mais mole. Já vi muitos casos em que ao invés do dinheiro as pessoas dão alimentos, como salgadinhos, lanches, espetinhos, e reclamam, quando se afastam das pessoas que os deram, que queriam o dinheiro e não o alimento. Desde então nunca mais dei nada, sempre falo que estou duro ou que não tenho.

Mengão 20 de maio de 2018, 15:26h - 15:26

Realmente isso não é exclusividade de BM. Toda cidade tem, em menor ou maior número. AS POLÍTICAS PÚBLICAS, EMPURRAM, as pessoas para essa condição.Vimos recentemente em SP., no prédio que caiu as pessoas não aceitando ir para os abrigos da Prefeitura, preferindo receber o Tal ALUGUEL SOCIAL, ou seja GRANA.Quer um Exemplo ; se uma mulher que mora na rua, viciada em craque, ficar grávida e ao entrar no Hospital para ter seu filho, deveria ser operada, para fechar a FÁBRICA,. NÃO PODE FAZER isso sem a autorização dela. E por ai vai, a fábrica de futuros miseráveis cada vez produzindo mais, e a política dos governos e as LEIS feitas pelas excelências são essas.

Sul Flu 20 de maio de 2018, 12:38h - 12:38

A cidade, está realmemte tomada por esse tipo de gente!!!
Vagabundos, drogados, prostitutas de rua, flanelinhas, malandros, pivetes, etc…
Isso é culpa da falta de uma política de planejamento familiar. Pois, o que noto na cidade, é que as classes menos favorecidas não estão nem aí pra responsabilidade de colocar filho no mundo, acham que o Estado vai dar tudo, estão mal acostumados!!!

Nao e da sua conta 20 de maio de 2018, 17:48h - 17:48

Voce deve ser do tipo riquinho pra falar mal dessas pessoas a maioria estao ali por problemas minha mae ja foi moradora de rua e nao precisava e sempre foitrabalhadora e homesta.e infelismente por problemas n aguentou e caiu mas saii gracas a Deus mida suas palavra tambem por que nao sao todos vagabundos quem deixou o pais desse jeito foi o sergio cabral os politico pq se fosse juta a vida com todos nao teria roubo trafico nem nada por que ate hj as autoriades roubam e ngm fala nada

Tolerância zero 21 de maio de 2018, 08:55h - 08:55

Concordo plenamente com o Sul Flu.

Estamos de olho 20 de maio de 2018, 11:28h - 11:28

Isso é um problema nacional principalmente com o aumento do desemprego. E na cidade de barra mansa não seria diferente pois na região deve ser a cidade com o maior número de desempregados. E os governantes não fazem nada para tentar reverter essa situação. Em barra mansa os politicos só querem saber dos seus altos salários e regalias.

Carla 20 de maio de 2018, 11:21h - 11:21

Esqueceram de falar daquele infeliz que se diz evangélico e fica gritando na cabeça de quem passa perto dele!

BM 2018 20 de maio de 2018, 16:50h - 16:50

Isso, o cara da ponte dos arcos no final da tarde, é muito chato!!
Outro coitado, sofreu uma lavagem cerebral, em uma igreja que fica atrás das lojas CEM.

Erre Jota 20 de maio de 2018, 16:58h - 16:58

todo fim de tarde na ponte dos arcos ele fica batendo palma

Pafuncio 20 de maio de 2018, 20:55h - 20:55

É q não deve ter tido dinheiro p bancar o pastor kkkkkkkkkk

Tolerância zero 21 de maio de 2018, 08:58h - 08:58

Se ele fica próximo do rio Paraiba, então é muito fácil de resolver.

Cidadão 20 de maio de 2018, 11:20h - 11:20

É um problema de todos. Você tem que se ver no outro; como gostaria que fizessem se fosse você? E será que essa prefeitura daí tem algum serviço para auxiliar esse pessoal? Tomara que sim.

Bilheteiro 20 de maio de 2018, 11:01h - 11:01

O pior de tudo é dentro da Rodoviária de Volta Redonda,acontece isso tudo e mais um pouco é as Autoridades fingem não ver e não sabem de nada.

SMILIDOM O EMIIR CICUTIANO 2 20 de maio de 2018, 11:00h - 11:00

……muitos irao, nao vai demorar, e ir pro 1033… nas condições que se encontram.

Liberdade e propriedade 20 de maio de 2018, 10:53h - 10:53

Mamãe me ensinou a nunca falar com estranhos, não paro para falar com eles

Laticinea 20 de maio de 2018, 10:32h - 10:32

Vai vir pedintes nesta eleição sujar nossas ruas e encher nossa caixa de correios de panfleto

Apenas eu... 20 de maio de 2018, 10:26h - 10:26

Como seria melhor esse mundo se não pensássemos tanto em dinheiro, ter mais patrimônio que o outro, que as religiões ao invés de construir templos e igrejas faraônicas construíssem local de abrigo e nova oportunidade de dignidade! Como seria bom que o candidato que apostamos todas as fichas hoje não nos traissem na primeira oportunidade! Como seria bom que as escolas ensinassem e não educassem, papel dos pais! Em fim como seria bom se tratassemos quem está agora na sarjeta como este pedinte da foto trata seu cão! E por último como esse seu cão se mantém fiel até no momento de adversidade!

Tia 20 de maio de 2018, 09:19h - 09:19

Muito triste essa situação e difícil de resolver já que a maioria não aceita ajuda pra sair dessa situação,o SOS faz um trabalho bom,mas como não pode consumir álcool,o morador de rua não fica lá,outro lugar que antigamente tinha paz era dentro da igreja matriz são Sebastião ,tem uma mulher usuária de drogas que pede dinheiro com uma receita de remédio,todos sabemos que é mentira,inclusive ela tem um filho que tbm é problemático,nós ficamos sem saber como proceder diante da abordagem dessas pessoas.

Barramansuíno 20 de maio de 2018, 08:02h - 08:02

Flanelinha e pedintes!!! Vão procurar um quintal para capinar ao invés de extorquir as pessoas nas ruas. AH me esqueci, trabalhar dá trabalho!!

Platão, o Fílósofo 20 de maio de 2018, 11:24h - 11:24

Não fale isso. É feio demais tratar alguém assim, seja menos arrogante, abaixe o tom, ame seu próximo. Abrace o seu próximo. Assim a vida fica melhor, um olhando pelo outro. Sabia que essa pode vir a ser sua condição de vida amanhã, ou talvez ainda hoje? E será que você irá gostar que falem isso para você? A vida devolve, meu caro, não atire pedra no telhado de seu próximo, isso é realmente muito feio. Além de ser desumano… E assim caminha a humanidade…

Pafuncio 20 de maio de 2018, 21:02h - 21:02

Com a reforma trabalhista implantada por esse governo, ele será o próximo, após levar um pé nas nádegas. É questão de tempo.VR está cheia de pobretoes q se acham, tudo fud…..e se achando politizados e pertencentes às oligarquias.kkkklkl

Tolerância zero 21 de maio de 2018, 09:06h - 09:06

Vamos recolher todos os vagabundos (flanelinhas, pedintes e outros) e mandar lá pra casa do Platão, o Filósofo.

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