CPI das Bikes vai propor melhorias na segurança de ciclistas no Rio de Janeiro

by Diário do Vale
Cuidados: Pontos turísticos são visados por bandidos que atacam ciclistas (Foto: Arquivo)

Cuidados: Pontos turísticos são visados por bandidos que atacam ciclistas (Foto: Arquivo)

Rio – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bikes, da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, foi instalada nesta sexta-feira (12) para investigar denúncias de roubo de bicicletas e revenda das peças, além de criar mecanismos para melhorar a situação do ciclista na cidade.

Presidida pelo vereador Jefferson Moura, a CPI deverá propor também a criação de uma delegacia de atendimento especializado ao ciclista, além de um grupamento ciclístico de patrulhamento para garantir a segurança na cidade.

A segurança no trânsito também será uma questão tratada pela CPI, devido aos problemas que os ciclistas enfrentam no dia a dia. Por causa de muitos acidentes com ciclistas, geralmente causados por motoristas de ônibus, a comissão vai propor à Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), ações de educação no trânsito para motoristas com o objetivo de tentar diminuir o número de acidentes.

A comissão tentará ainda inserir a bicicleta como um modal sustentável de transporte na cidade do Rio, a exemplo de outras grandes metrópoles.

“Vamos atuar como intervenção em relação à situação da violência no trânsito contra o ciclista e o próprio pedestre. Os últimos dados do Datasus [Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde], por exemplo, indicam mais de uma morte por mês no Rio de Janeiro por atropelamento de ciclista”, disse Moura.

Segundo ele, o grupo está preocupado com o roubo, o desmanche e as denúncias recebidas sobre venda de peças de bicicletas por empresas que comercializam irregularmente esse material, até mesmo em sites na internet, e vai buscar mecanismos que inibam tais práticas.

“Nós já estamos investigando. Recebemos denúncias, temos dados que mostram esse comércio em lojas físicas e na negociação nos portais de venda, onde existe uma maioria absurda de bicicletas ou peças sem origem fiscal. É essa movimentação que tem gerado a demanda do roubo. A bicicleta é roubada para ser desmontada ou ser revendida, em especial por anúncio, porque não é preciso sequer indicar o CPF para anunciar”, disse o presidente da comissão.

A CPI também pretende promover audiências públicas e debates com representantes do Poder Público, dos ciclistas, dos cicloativistas e da sociedade civil organizada, para fazer um levantamento de dados e requerer das autoridades informações sobre projetos e iniciativas para estimular o uso da bicicleta, levando em conta as necessidades dos ciclistas e pedestres no lazer e no esporte e como modal de transporte.

“É importante fomentar essa questão e fazer uma junção de um conjunto de medidas e propostas que já existem, mas estão muitas vezes fragmentadas, seja em organizações não governamentais, em entidades de representação ou nas próprias instâncias do governo. Vamos buscar fazer essa articulação e responder investigando e propondo soluções para a cidade”, ressaltou Moura.

No fim da CPI, será elaborado um relatório em conjunto com os diversos atores envolvidos na discussão, com a apresentação de um caderno de sugestões composto por ações, iniciativas e programas referentes ao uso da bicicleta como modal de transporte, a fim de subsidiar a formulação do plano de mobilidade urbana sustentável do Rio de Janeiro, que será entregue ao Poder Executivo.

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