Crimes virtuais atingem quase 70% das mulheres

by Diário do Vale

Volta Redonda –  O advogado de Barra Mansa Thiago Teixeira, comentou o resultado de uma pesquisa realizada pela ONG SaferNet, apontando que as mulheres são as maiores vítimas dos crimes virtuais,  representando 65% dos casos de cyberbullying e ofensa (intimidação na internet) e 67% dos casos de sexting (mensagens de conteúdo íntimo e sexual) e exposição íntima.
Só nos últimos quatro anos o número de casos de vingança pornográfica no Brasil, que atingem majoritariamente mulheres, quadruplicou. Segundo Thiago, no ato do acontecimento, a vítima deve dirigir-se a uma delegacia de polícia e realizar o registro de ocorrência sobre o ocorrido e o criminoso irá responder pelos seus atos.
– Algumas cidades no país, possuem Delegacias Especializadas em Crimes Cibernéticos, mas esse registro pode ser feito em qualquer delegacia em todo o país. A vítima deve fazer um R.O. (Registro de Ocorrência) para dar início a uma investigação criminal, pois isso é crime. O responsável por divulgar a foto poderá responder por difamação (imputar fato ofensivo à reputação) ou injúria (ofender a dignidade ou decoro), conforme previstos nos artigos 139 e 140 do Código Penal e quando a vítima for criança ou adolescente. O artigo 241 do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) prevê crime grave para tal situação – explicou.
O advogado ainda explica que o responsável pela divulgação do conteúdo poderá responder também civilmente. Ou seja, caberá uma indenização por danos morais.
– É Importante dizer que, se o conteúdo divulgado estiver na rede social como Facebook, Youtube ou qualquer outro site e não for tirado do ar após notificação, o responsável pelo site responderá civilmente, devendo ser condenado ao pagamento de indenização por danos morais – comentou Thiago.
Na maioria dos casos de vazamentos de fotos, a vítima fica prejudicada e com abalo psicológico e em certos casos, o mais indicado é procurar um profissional. A psicóloga Patrícia Helena de Souza, explica o que deve ser feito e orienta sobre os cuidados que pais de adolescentes devem adotar.
– Em certos casos, a vítima busca até apoio psicológico e em algumas situações, isso é o mais indicado. Através da psicoterapia, o psicólogo vai utilizar técnicas de sua abordagem clínica para amenizar o trauma, orientando assim a vítima para que não aconteça novamente o constrangimento – explicou, acrescentando que os pais de adolescentes devem sempre monitorá-los e impor limites em relação ao uso de celular.

Dicas para evitar

Atitudes do dia a dia podem ajudar a evitar situações constrangedoras – ou criminosas – como a de vazamento de mídia pela internet. Para isso, o advogado Thiago Teixeira tem algumas dicas que podem ajudar a evitar ocasiões desagradáveis.
– É necessário ficar atento, pois, mesmo deletando o arquivo do seu aparelho celular, a imagem ou o vídeo podem ficar salvos na nuvem. O risco pode ser diminuído com senhas de alta segurança. Logo, evitar colocar nome de filhos, número de telefone, data de nascimento. Para fazer uma senha segura é recomendado acrescentar letras maiúsculas, números e símbolos – explicou.
Thiago ainda ressalta que a pessoa deve evitar se expor na internet, para que situações desagradáveis não venham acontecer.
– Portanto, não se exponha tanto na internet, evite enviar ou compartilhar fotos e vídeos íntimos. Deve se ter muito cuidado com as redes sociais e os aplicativos de conversas como, por exemplo, o Whatsapp e Messenger, pois você certamente será alvo fácil para os criminosos. Caso ocorra o vazamento de suas fotos ou vídeos íntimos, procure rapidamente um advogado para lhe orientar de forma certa e eficaz.

Mariana Netto | [email protected]

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5 comments

Harlem Shake 25 de fevereiro de 2018, 23:26h - 23:26

O título da reportagem está errado, não deveria ser “Crimes virtuais atingem quase 70% das mulheres”, e sim algo como “Quase 70% dos crimes virtuais atingem as mulheres”. É bem diferente.

capivara 24 de fevereiro de 2018, 16:30h - 16:30

mulher ou homem esperto nao fazem esse tipo de video ou foto.

Bruna Oliveira 23 de fevereiro de 2018, 19:56h - 19:56

Perfeito a reportagem! Parabéns!

Smilodon Tacinus - O Emir Cicutiano 23 de fevereiro de 2018, 13:53h - 13:53

60% da população feminina? Chutaram bem alto aí, fora que a definição de “crime” é muito vaga na internet, onde a ofensa é língua franca… Como diz o ditad:, não sabe brincar, não desce para o play…

Povo Doido 23 de fevereiro de 2018, 11:57h - 11:57

Kkkkkkk só se deixa filmar e manda nudes as prostiputa que gostam, mulher e homem direito não precisam disso, vão pro real e manda ver em casal.

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