Crise no estado afeta obras e programas nas cidades da região

by Diário do Vale

Volta Redonda e Barra Mansa – A crise financeira que se abate sobre o Governo do Estado tem reflexos diretos em algumas das principais cidades da região. Volta Redonda e Barra Mansa são dois exemplos de municípios afetados pela redução ou mesmo a falta de repasses de verbas. A situação em Barra Mansa levou a prefeitura a entrar com uma ação judicial para tentar regularizar os convênios, principalmente aqueles celebrados na área da Saúde. Em Volta Redonda, o governo municipal recorre a parcerias para manter obras e projetos em andamento.

Segundo informações da secretaria de Fazenda de Barra Mansa, há 15 meses o município não recebe recursos do governo estadual para a área da Saúde.

“Por isso, em uma ação inédita, a prefeitura de Barra Mansa ajuizou uma medida judicial contra o Governo do Estado, buscando regularizar esses repasses e garantir o atendimento de qualidade para a população do município”, diz uma nota da assessoria de comunicação.

Na mesma nota, a prefeitura destaca que vem assumindo as despesas que antes eram divididas com o Governo do Estado. “A prefeitura vem arcando, apesar das dificuldades financeiras, com todas as despesas das unidades de saúde de Barra Mansa, inclusive das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) Centro e Região Leste”.

Mesmo assim, o atendimento nas unidades com gestão compartilhada em algumas ocasiões chegou a ser interrompido. Os profissionais em algumas UPAs fizeram paralisações e a população ficou com alternativas reduzidas para buscar socorro médico.

O prefeito Jonas Marins (PCdoB) destacou que a Saúde é mesmo a área mais afetada pela crise.

“A Saúde, sem dúvidas, é a área mais atingida pela falta de repasses do governo estadual. Temos trabalhado muito para que a população continue sendo atendida. Por isso, anunciamos o pacote de ações buscando reduzir as despesas da máquina pública, ajuizamos a medida judicial para tentar receber esses recursos e estamos trabalhando incansavelmente. A Saúde tem pressa, não pode esperar e sabemos disso”, disse o prefeito Jonas.

 

Volta Redonda busca parcerias

 

Em Volta Redonda pelo menos três casos exemplificam bem como a crise do estado afeta as cidades: Hospital Regional, Arena Esportiva e Restaurante Popular. A unidade médica está em fase final de obras no bairro Roma e precisou de “socorro” da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) para ter recursos garantidos.

– Foi uma articulação envolvendo deputados e prefeitos de toda a região. Com isso, o presidente da Assembleia, Jorge Picciani, nos liberou os R$ 4,4 milhões que eram necessários para conclusão da obra – disse Neto.

Em outro caso, o prefeito destacou que a Arena Esportiva também está em fase final de obras, mas que os repasses federais e estaduais minguaram após a crise. No entanto, neste caso Neto disse que busca parcerias com a iniciativa privada ou empresas estatais para conclusão. “Falta pouco para a obra ser inaugurada e estamos diariamente em busca de parceiros que permitam realizar esse sonho. Será um projeto sem igual de iniciação esportiva para o Brasil”, afirmou o prefeito.

O mais recente exemplo de como a crise afeta as cidades se deu na semana que passou, quando o Restaurante Popular amanheceu na segunda-feira com as portas fechadas. A prefeitura, neste caso, teve de arcar com as despesas para que a unidade pudesse reabrir as portas. “Fizemos um contrato emergencial que permite servir café da manhã e almoço até dezembro, que é o final do meu mandato. Neste caso abraçamos a causa, pois trata-se de um projeto social de grande alcance, principalmente neste tempo de crise nacional”, disse Neto.

O prefeito, no entanto, afirmou que não pensa em fazer como o colega da prefeitura vizinha e processar o Estado. “Vamos buscar o diálogo permanente, pois o Governo do Estado sempre foi um bom parceiro de Volta Redonda. É como diz o ditado: ‘Em casa onde falta pão, todos brigam e ninguém tem razão’. Vamos fazer nossa parte e tentar tocar as parcerias”, afirmou.

Neto ressaltou que, apesar da crise, recentemente o Governo do Estado anunciou a retomada das obras da Rodovia do Contorno. “Isso mostra que na base do entendimento vamos achar soluções, estabelecer prioridades e avançar”, disse Neto.

 

Andamento das obras do Hospital Regional também foi afetado pelo corte de repasses estaduais

Andamento das obras do Hospital Regional também foi afetado pelo corte de repasses estaduais

 

Estado decretou estado de calamidade pública

O governador em exercício do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, decretou ainda em junho estado de calamidade pública por causa da crise financeira. No texto, o governador disse que o decreto visava a garantir o cumprimento das obrigações estaduais com a realização dos Jogos Olímpicos. No nentanto, os jogos passaram e a crise ficou ainda mais aguda.

Nos primeiros oito parágrafos do decreto, são detalhados os motivos que levaram à decretação do estado de calamidade, incluindo a crise econômica que atinge o estado, a queda na arrecadação com o ICMS e os royalties do petróleo, a dificuldade do estado em honrar os compromissos para a realização dos Jogos, dificuldades na prestação de serviços essenciais, como nas áreas de segurança pública, saúde, educação e mobilidade.

Petróleo no centro do problema

A queda do preço do petróleo, e consequentemente a redução dos royalties, agravaram a crise do Rio de Janeiro. Para especialistas em economia, o estado criou uma dependência do dinheiro dos royalties, deixando de investir em outros setores da economia, e utilizou mal os recursos que abasteceram por anos os cofres estaduais. E agora, sem dinheiro para arcar com compromissos, o governo do Estado busca novas fontes de receita e conta com o socorro da União.

Para o professor de Planejamento Energético do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Alexandre Szklo, o Rio de Janeiro já passava por uma crise financeira, que foi aliviada com o boom da produção e exploração de petróleo no estado, incentivada com a descoberta do pré-sal em 2007. No entanto, com a baixa do preço do barril, os problemas voltaram e com força maior.

“O Rio de Janeiro passava por uma crise, teve uma ressurgência econômica atrelada ao petróleo. Agora, revive a crise e com uma característica de maior complexidade, porque a população do Rio de Janeiro cresceu, a economia cresceu. A complexidade dos serviços demandados pela população e requeridos pelo estado do Rio de Janeiro são muito maiores hoje do que anteriormente ao boom da indústria do petróleo fluminense”, disse Szklo, em entrevista à Agência Brasil.

Em 2016, o estado do Rio de Janeiro prevê arrecadar R$ 58,8 bilhões e as despesas devem ficar em R$ 78,8 bilhões, o que significa um déficit perto de R$ 20 bilhões. A queda de arrecadação e os reflexos da crise econômica do Brasil são apontados pelo governo estadual como alguns dos fatores que levaram à difícil situação financeira.

No caso do petróleo, a queda nos preços do produto e a redução de projetos da Petrobras afetaram a cadeia de fornecedores e, com isso, a arrecadação com ICMS caiu. Nos primeiros quatro meses de 2016, a receita com o tributo atingiu R$ 10,7 bilhões. Já com os royalties, a queda na arrecadação ficou em 38% de 2014 a 2015, e para 2016 a previsão de recuo é de 60%, se comparado com o recolhimento há dois anos.

Prefeitura do Rio custeia  Saúde e restaurantes

A exemplo do que ocorre em barra Mansa e Volta Redonda, a prefeitura do Rio de Janeiro anunciou recentemente que vai cobrir os custos dos Restaurantes Populares, que são de responsabilidade do governo do estado, para impedir o fechamento de oito unidades. O auxílio será garantido até o fim do ano para manter em funcionamento os restaurantes de Irajá, Madureira, Campo Grande, da Central do Brasil, da Cidade de Deus, Bangu, Méier e Bonsucesso, todos na capital fluminense.

O prefeito Eduardo Paes disse que não se trata de municipalização do serviço, apenas de ajuda financeira. “Tem muita gente que precisa deles para se alimentar todos os dias. Este é um programa que existe há muito tempo e que, por causa da crise do estado, passa por dificuldades. Não vamos pagar a dívida que existe. O governo do estado vai continuar administrando. A diferença é que, a partir de agora, os valores serão pagos pela prefeitura até o fim do ano”.

A prefeitura também pretende ajudar com parte dos custos do café da manhã oferecido pelo governo do estado nas estações da Supervia de Santíssimo e de Campo Grande.

As 16 unidades do Restaurante Cidadão do governo do Rio de Janeiro oferecem cerca de 10 mil cafés da manhã e 23 mil refeições no estado ao preço unitário de R$ 2. Em julho passado, cinco restaurantes Cidadão foram fechados por falta de repasse do governo aos gestores do serviço.

O município já tinha assumido, desde novembro de 2015, os gastos com as bibliotecas parque da cidade e, este ano, os hospitais Albert Schweitzer, em Realengo, e Rocha Faria, em Campo Grande, ambos na zona oeste.

Restaurante Popular de Volta Redonda chegou a fechar as portas na segunda-feira

Restaurante Popular de Volta Redonda chegou a fechar as portas na segunda-feira

 

 

 

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22 comments

VAI VENDO 27 de setembro de 2016, 22:35h - 22:35

Sinceramente? Estou sentindo a falta dos boateiros.

Robson 27 de setembro de 2016, 13:26h - 13:26

Estamos pagando a conta da copa do mundo e das olimpíadas!Fomos proibidos de ter acesso as contas desses dois eventos pra não vermos o roubo e o rombo. Políticos enriqueceram e agora desfrutam do produto de roubo.
Essa estória de que temos que votar naqueles que apresentam melhor plano de governo?Mentira eles falam e quando ganham não conseguimos nem ver a cara de pau deles nas prefeituras. Mandam os assessores falar conosco quando não é a secretária!!
NULOOOOOOOOOOO!!!!!OU ABSTENÇÂOOOOOOO!!!

VAI VENDO 27 de setembro de 2016, 22:33h - 22:33

Quem vota nulo ou se abstém de votar NÃO VOTA CONTRA, portanto está a favor da continuidade.

Não adianta chorar. Não quer votar no PMDB, mas vota nos candidatos dos partidos ALIADOS, o voto vai para o PMDB.

Acha que o Temer vai tirar nossos direitos trabalhistas e previdenciários e ainda vai aumentar os impostos (atenção empresários!), mas vota no PMDB, então está dando o voto para o Temer.

Aprender a votar todos sabem. O que precisamos aprender é ESCOLHER em quem votar.

VAI VENDO 26 de setembro de 2016, 13:28h - 13:28

estado em crise e ainda acreditam que a Rodovia do Contorno será inaugurada em novembro. Como tem gente tonto!

Guilherme 25 de setembro de 2016, 22:01h - 22:01

Lí nesta semana que o Estado do Rio deu um calote de quinze milhões em dívidas do Maracanã e o governo federal prestou socorro, quer dizer, pagou, porque tem tanta presteza com as empreiteiras enquanto a saúde pública sucumbe, porque essa dívida tem mais importância que a saúde das pessoas, terminou um governo horrível, começou outro pior, teremos certeza quando todos tomarem ciência sobre a reforma previdenciária, o que chamam de contribuição que na verdade somos obrigados, de 15 anos para 25 aposentadoria por idade, tempo de contribuição 30 para 50 mulheres e de 35 para 50 homens, esse governo teria isenção para isso? Além disso vai por fim nas pensões por morte para quem já está aposentado como se fosse favor, desconsidera que para isso alguém pagou, por onde anda o tal Sergio Cabral causador dessa tragedia do Rio, não podemos esquecer, todos eastão no poder porque lá os colocamos, mesmo os vices e suplentes, não temos culpa, não temos opções, são sempre os mesmos.

VAI VENDO 26 de setembro de 2016, 13:16h - 13:16

E muita gente votará no PMDB mesmo não querendo votar no PMDB.

Quem votar nos candidatos dos partidos aliados ao PMDB estará votando no PMDB. E de bandeja estarão dando o voto para o Temer do PMDB.

capivara 26 de setembro de 2016, 18:32h - 18:32

dizem que o cabraL ta vivendo em paris..curtindo o dim dim do povo

MORADOR 25 de setembro de 2016, 20:58h - 20:58

Esse prefeito de barra mansa menti descaradamente pois a UPA da Região Leste não tem nada desde quando inaugurou funcionava só pra inglês ver….

Paulão 25 de setembro de 2016, 18:37h - 18:37

Quanto mais votos nulos e brancos e abstenção, melhor fica para os grandes partidos e seus currais eleitorais que mantém muito politiqueiro no poder. Deixar de votar num candidato ficha limpa de partido sem envolvidos em corrupção é a mesma coisa que facilitar a eleição da turma dos suspeitos de sempre.

marcus 25 de setembro de 2016, 17:37h - 17:37

É muito roubo, em tudo tem esquema, não tem fiscalização, brasil é uma país ridículo nunca vai mudar, obras são orçadas em x no final custou 3 x como pode isso? se a empresa falou que é x o valor de uma obra se precisar de dinheiro a mais ela que arque com os custos adicionais simples.

di olho 25 de setembro de 2016, 17:36h - 17:36

na eleikão estarei em casa dia todo si dane piliticagem

to fora 25 de setembro de 2016, 17:38h - 17:38

eleição eu não voto

VAI VENDO 26 de setembro de 2016, 21:08h - 21:08

Voto garantido para o PMDB – América Tereza, Piciani e Temer.

Quem não vota CONTRA está a FAVOR da continuidade.

Morador de BM 25 de setembro de 2016, 16:18h - 16:18

Com diminuição da arrecadação tem que fazer o dever de casa e colocar
as despesas principalmente na contratação de funcionários em baixa.
Não fizeram o dever de casa, a festa no estado continua e não cumprem
a responsabilidade de pagar os compromissos assumidos.
E ainda querem eleger os prefeitos do PMDB.

Breaking News 25 de setembro de 2016, 16:09h - 16:09

PMDB devastou o Rio de Janeiro e agora avança pelo Brasil. Volta Redonda está na rota de destruição.

matias 25 de setembro de 2016, 19:22h - 19:22

com certeza. e o povo de volta redonda gosta de pão e circo. fora PMDB.

Sabret 26 de setembro de 2016, 09:43h - 09:43

O povo de V. Redonda gosta de sofrer. Não sabem votar, depois reclamam.

Al Fatah 26 de setembro de 2016, 14:14h - 14:14

O povo de VR é tão ruim para votar, uma cidade que está no topo de qualquer indicador que se faça, imagine os outros 99% de eleitores dos demais municípios brasileiros, que de acordo com o raciocínio do nobre sabem votar? É cada besteira que a gente lê…

VAI VENDO 26 de setembro de 2016, 21:14h - 21:14

Muitos que não gostam do PMDB irão votar no PMDB.

Quem votar em qualquer dos candidatos dos 14 partidos ALIADOS ao PMDB darão o voto para o PMDB e de bandeja o Temer em Brasília receberá mais votos.

Assim o Temer poderá já no dia 03 de outubro acelerar as retiradas dos nossos direitos e aumentar os impostos (atenção empresários!). Guardem essa mensagem para conferir.

Rogerio Muniz 25 de setembro de 2016, 15:33h - 15:33

A GRAVE SITUAÇÃO DOS ESTADOS E MUNICÍPIOS NÃO PROVEEM SOMENTE DA BAIXA ARRECADAÇÃO,DA FALTA DE REPASSES DOS ROYALTIES DO PETRÓLEO,DO FIM DOS REPASSES DE MUITOS IMPOSTOS NO QUAL DEVERIAM SIM SER RETORNADOS AOS ESTADOS PELO GOVERNO FEDERAL E CONSEQUENTEMENTE REPASSADOS AOS MUNICÍPIOS,A GRANDE VERDADE DE TUDO QUE ESTAMOS VIVENCIANDO HOJE, SÃO FRUTOS DE MÁS GESTÕES OU CORRUPÇÕES EM TODOS AS ESFERAS SEJA MUNICIPAL,ESTADUAL OU FEDERAL.É INADMISSÍVEL SE FALAR
EM CRISE CULPADO SOMENTE A FALTA DE REPASSES OU O AUMENTO DO PETRÓLEO COMO SE ISSO FOSSE OS MOTIVOS. NUNCA TIVEMOS REDUÇÕES EM COMBUSTÍVEIS NAS BOMBAS PARA QUE HOJE USASSEM DESTE ARTIFICIO PARA A CRISE,NUNCA HOUVE EXTINÇÃO DE IMPOSTOS PARA JUSTIFICAREM, MUITO PELO CONTRÁRIO QUANTO MAIS GASTAVAM MAIS LASCAVAM NAS COSTAS DOS CONTRIBUINTES,A GRAVE CRISE QUE O ESTADO DO RIO DE JANEIRO ASSIM COMO TODOS SÃO SIM FRUTO DA FALTA DE CARÁTER,DE MORAL DE ÉTICA DESTAS QUADRILHAS DE ASSALTANTES DE COFRES PÚBLICOS QUE ESTÃO E AINDA INSISTEM EM CONTINUAR NO PODER COMO SE O DINHEIRO DE IMPOSTOS NÃO PERTENCESSEM A NINGUÉM,QUE O PATRIMÔNIO PÚBLICO FOSSEM SUAS PROPRIEDADES. AGORA! AS VÉSPERAS DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS VOLTAM AS RUAS COMO SE NADA ESTIVESSE ACONTECENDO, MAIS UMA VEZ PEDINDO O MEU,O SEU E DE TODOS, VOTOS COM AS MESMAS MENTIRAS DE ANOS,A DE QUE SÃO A SOLUÇÃO PARA A CRISE.

Indignado com tudo isso de Souza Silva 25 de setembro de 2016, 16:36h - 16:36

Só posso dizer que concordo com tudo o que você expôs. Parabéns pelas colocações.

José Maria da Silva 26 de setembro de 2016, 07:55h - 07:55

Faço suas as minhas palavras Rogério.

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