Leandro Karnal, jantar com Sérgio Moro e a nova Santa Inquisição do lado negro do Facebook

by Diário do Vale


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Poucos intelectuais são (ou eram) capazes de unir esquerda e direita quanto o professor Leandro Karnal. Suas palestras, reproduzidas em vídeos diversos, não são apenas uma aula de história e filosofia. São belas dissertações sobre o enlace entre a história, o homem e a vida moderna.

Seu texto sobre Hamlet e o Facebook foi comentado nesta coluna em junho de 2015. Era uma crítica ácida do professor ao uso ostensivo das mídias sociais.

Na noite de 10 de março, após uma garrafa de vinho, Karnal foi enlaçado na própria armadilha que ele tão bem havia narrado. Postou no seu Facebook uma foto em que jantava com o juiz Sérgio Moro em Curitiba.

Seu mundo desabou.

Intelectuais e militantes de esquerda acenderam o fogo na Inquisição nas mídias sociais: textões e abandono coletivo de amigos de esquerda no Facebook, facadas e desligamento de seguidores de esquerda no Twitter.

Virou “fascista” ou, no mínimo, “amigo de fascista” em vários textos.

Em meio à fogueira, desesperado, achou ter encontrado uma saída: retirou a foto e a postagem do Facebook.

Piorou. A Santa Inquisição das Mídias Sociais, exercida pela esquerda, foi reforçada pela militância de direita. Virou “covarde” por ter retirado a postagem. Se transformou em “petista” para a direita sem deixar de ser “fascista” para a esquerda.

Como a simples postagem de uma foto levou um homem tão inteligente e respeitável do céu ao inferno em horas? Qual o crime cometido por alguém que apenas escolhe uma companhia para jantar?

A palavra “escolha” vem do grego “hairesis”, que gerou a palavra “heresia”.

Karnal virou herege por escolher para jantar alguém que terceiros – a quem nem conhece – não queriam que ele jantasse.

Eis o fruto do nosso admirável mundo novo, em que se queimam ideias e pessoas que ousam fazer uma simples escolha da qual um grupo discorda.

Ao contrário da antiga Inquisição, esta versão moderna sequer se dá com um processo de julgamento formal.

A condenação é imediata pela nova Inquisição.

Seu patíbulo: as mídias sociais.

A vítima que se desculpa  pelos ataques sofridos

Dois dias após a postagem da foto e os ataques, Karnal postou uma nota de esclarecimento. Na verdade um pedido de desculpas. Disse que, da mesma forma que se encontrou com Moro, gostaria de se encontrar com outras pessoas de várias tendências. Citou políticos de variadas legendas, inclusive o presidente Lula.

E acrescentou:

– Lamento a polarização no Brasil e lamento o clima que, por poucas explicações minhas, causei. Tomarei mais cuidado e desculpo-me por isto. Quando eu tiver encontros com outras autoridades e pessoas de referência, prometo, guardarei para mim e pra meu debate interno. O momento brasileiro é estranho e há uma vontade nacional de crucificar.

“Por perceber que errei, deletei o post com a foto feito após algum vinho. Se beber não poste. Sigam livres suas convicções, sem problema algum”, acrescentou.

Foi mais além e citou dois mitológicos personagens gregos: Ícaro e seu pai, Dédalo:

– Sinto-me como Ícaro que mistura vaidade e vontade de conhecer. Isso leva a me queimar por vezes. Quase sempre quero ver as coisas de perto. Já estou em idade para seguir Dédalo. Continuarei como sempre escrevendo, lendo, dando aulas, palestras, vendo exposições e comentando tudo que me encanta neste mundo: arte, literatura, ensino. A quem me perguntar com clareza e desarmado minhas opiniões políticas, eu as darei com a serenidade costumeira, longe da internet onde ninguém mais escuta ninguém neste campo. Como tenho afirmado, o mundo é mais amplo do que qualquer dualismo. Entre concordâncias e discordâncias é possível conversar com pessoas de um amplo espectro político, jurídico e cultural.

"Dia intenso em Curitiba. Encerro com um jantar com dois bons amigos: juiz Furlan e juiz Sergio Moro. Talvez não faça sentido para alguns. O mundo não é linear. A noite e os vinhos foram ótimos. Amo ouvir gente inteligente. Discutimos possibilidades de projetos em comum", escreveu o professor Leandro Karnal, na legenda foto em seu perfil no Facebook

“Dia intenso em Curitiba. Encerro com um jantar com dois bons amigos: juiz Furlan e juiz Sergio Moro. Talvez não faça sentido para alguns. O mundo não é linear. A noite e os vinhos foram ótimos. Amo ouvir gente inteligente. Discutimos possibilidades de projetos em comum”, escreveu o professor Leandro Karnal, na legenda foto em seu perfil no Facebook

Nem Dédalo e nem Ícaro:  o ser mitológico é outro

A humildade de Karnal é impressionante, ao se comparar a Ícaro para assumir a culpa pelo episódio. E ao dizer que deveria ser mais como Dédalo.

Dédalo, na mitologia, construiu asas com penas grandes amarradas em fios e penas pequenas grudadas em cera para que ele e seu filho, Ícaro, voassem. Voaram. Dédalo alertou o filho para voar em meia altura: longe da umidade baixa, que poderia emperrar as asas, e longe das alturas, que derreteria a cera.

Ícaro quis voar mais alto, se aproximou do sol, a cera derreteu, as penas se soltaram e… pimba! Desabou e morreu.

Karnal, repita-se, culpa a si mesmo por ter tentado alçar um voo alto como Ícaro. Quer virar Dédalo e voar mais baixo. Besteira. Não foi a luz do sol quem fez Karnal desabar. Foram as trevas. Foram os milhares de Thanatos, o deus da morte e filho da noite, que na mitologia grega fez da porta do inferno sua morada.

Os Thanatos modernos fizeram sua morada nas mídias sociais. E sua sombra se espalha nestas mídias com a marca do mitológico deus grego da morte.

Karnal diz que tentou voa mais alto e caiu como o lendário Ícaro, que teve a cera das asas derretidas pela luz do sol

Karnal diz que tentou voa mais alto e caiu como o lendário Ícaro, que teve a cera das asas derretidas pela luz do sol

Os amigos virtuais em um  mundo de felicidade virtual

O Facebook inovou o conceito de amizade. Antes do Facebook as pessoas tinham uma dezena de amigos. Agora podemos ter milhares de pessoas a quem dizemos que são nossos amigos no Facebook.

Já que falamos tanto sobre a Grécia antiga, fico a imaginar o que diria hoje, se fosse vivo, o filósofo grego Epicuro de Samos, nascido em 341 AC.

Imagino sua reação quando se deparasse com o conceito de “amigos” nesta era pós-moderna.

Epicuro considerava a amizade um bem maior: “Entre todas as coisas que a sabedoria prepara para a felicidade de toda vida, o bem maior é a amizade”, disse. Para ele o amigo era sempre leal:

– A amizade e a lealdade residem numa identidade de almas raramente encontrada.

Na escola de Epicuro a amizade era cultuada. Ninguém se passava por amigo para bisbilhotar a vida alheia ou atacar a honra do próximo. Epicuro nunca perdoaria o que a sociedade midiática tecnológica fez com a palavra “amigo”.

Também seria totalmente estranho a Epicuro o conceito de felicidade das mídias sociais.

O Facebook, por exemplo, é um local onde todo mundo é feliz. Não há desemprego nem pobreza. Famílias são perfeitas. A felicidade reina em quase todas as páginas.

Epicuro era contra a busca constante e irascível pela felicidade, concluindo que esta busca frenética causa a própria infelicidade.

Ele jamais imaginaria, certamente, que as pessoas no futuro não apenas engendrassem esta busca competitiva por felicidade, mas competissem em falsificá-la e expô-la ao público.

– O essencial para a nossa felicidade é a nossa condição íntima: e desta somos nós os amos – dizia Epicuro.

Para ele,  “a quem não basta pouco, nada basta”.

Atualmente nossa sociedade habita dois mundos distintos. O mundo real e o mundo virtual. E cada vez mais renunciamos ao primeiro e priorizamos o segundo. Neste admirável mundo novo somos todos felizes e cheio de amigos.

Mas é nos porões deste mundo de amigos e felicidade virtuais que se esconde o pior do lado humano. O ódio, o ressentimento, o autoritarismo, a maldade e profundo desejo de causar aos outros a infelicidade.

Dali vieram as forças que atingiram o professor Leandro Karnal.

A intolerância como regra e os novos valores sociais

Por duas vezes citei a frase “admirável mundo novo”. É o título do livro futurista de Aldous Huxley, publicado em 1932, onde ele imaginava uma sociedade futurista onde todos seriam felizes.

Para isso, claro, era necessário evitar que as pessoas raciocinassem. Ou lessem livros. Ou tivessem religião. Ao contrário da felicidade de Epicuro que vinha com a moderação, em “Admirável Mundo Novo” a felicidade vinha dos excessos.

Já nos colégios as crianças de 7 anos faziam jogos sexuais. Não havia família (todos nasciam em laboratórios e eram divididos por castas). Todo mundo ria quando professores narravam que no passado havia o conceito de família.

No fundo, porém, as pessoas não eram exatamente felizes. Eram condicionadas, pelo Estado, a acharem que eram felizes.

Era como se todos vivessem só no Facebook.

O livro foi uma denúncia acerca do autoritarismo estatal e do risco da aplicação indevida das novas tecnologias.

Fiquei feliz quando meu filho, esta semana, comentou que a professora de Interpretação de Textos do seu colégio colocou o livro Admirável Mundo Novo para leitura obrigatória dos alunos do primeiro ano do ensino médio.

Outro livro recentemente indicado pela professora foi o também futurista “Fahrenheit 451”, de Ray Bradbury (1953), que trata sobre a censura com a queima de livros.

No ano anterior o professor de Filosofia já havia feito a turma ler o igualmente futurista “1984”, de George Orwell, escrito em 1948, que foca o autoritarismo estatal e o uso das palavras como instrumento de poder.

A leitura destes três livros combinados ajuda a entender bem a cultura da intolerância que vivemos nas mídias sociais. Assim como novos valores esquisitíssimos que estamos acrescentando na nossa sociedade.

Ainda há salvação. Na caixa da esperança restaram especialmente os livros, os professores e a próxima geração.

Tratemos os três com mais carinho e respeito.

No livro futurista de Aldous Huxley, publicado em 1932, escritor imaginava uma sociedade futurista onde todos seriam felizes; na verdade a obra foi uma denúncia acerca do autoritarismo estatal e do risco da aplicação indevida das novas tecnologias

No livro futurista de Aldous Huxley, publicado em 1932, escritor imaginava uma sociedade futurista onde todos seriam felizes; na verdade a obra foi uma denúncia acerca do autoritarismo estatal e do risco da aplicação indevida das novas tecnologias

 

 

 

 

 

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34 comments

Servidor do estado 8 de abril de 2017, 04:49h - 04:49

Parabéns Aurélio, mais uma vez, por compartilhar pensamentos instigantes, belo artigo!
A polêmica a respeito do Juiz Sergio Moro (x PT ) e os efeitos da Lava Jato é interessante, mais ainda a externalização de opiniões polarizadads em mídia social, mostra a coisa é as pessoas de forma nua, sob vários ângulos.
Pessoalmente, sou fã de carteirinha do Moro e a Lava Jato foi algo que o Brasil precisava passar para se reinventar, mas não gostaria de estimular essa polêmica, já tem bastante gente fazendo isso.
Por outro lado, pouca gente está se dando conta, mas o país parece que criou uma aberração, chamado MPF.
Os procuradores federais meio que foram genericamente (indevidamente) canonizados na euforia dos feitos da Lava Jato.
E a fama subiu a cabeça, o procurador federal típico é jovem, acredita ser alguém de moral e propósito superiores, tem sede de justiça e vitalidade para buscá-la…
Até aí tudo muito bem, não fossem alguns desdobramentos também típicos como: obstinação paranóica, desejo de ser temido, não ouvir, não ponderar a complexidade dos vários pontos de vista de uma mesma coisa, a pressa, uma certa dose de autoritarismo, o repudio incontido ao receber um não de um juiz, uso da propaganda em altas doses, perseguição, ameaça, ironização de opositores.
O fiasco mais notório foi o da carne, mas existem outros, no microcosmo de cada cidade do interior.

Fátima Ribeiro Cardoso 2 de abril de 2017, 20:25h - 20:25

Excelente reflexão!
Sempre haverá agressividade, isso não pode atingir os nossos reais valores.
Concordo que Karnal não deveria ter retirado a postagem.

Tarifa Zero 2 de abril de 2017, 14:36h - 14:36

Tá aí o tal de Osvaldo, que manda os outros lerem a Carta, 247 e Tijolaço. O grande pensador, dê uma olhadinha e veja se o Moro não quebrou o país? Veja o sistema COMPERJ, as plataformas, a construção civil e agora, a carne, para você ter uma ideiazinha do que aconteceu no país. São 13,5 milhões de desempregados no “câmbio” oficial do IBGE e 22,3 milhões no paralelo, mas isso não vem ao caso, não é? Se você quebra as empresas ao invés de prender os ladrões, como ocorreu, você tem o maior desempregador do país, chamado de Moro, um Togado Político e Inquisidor, a serviço da casagrande paulistana, grande amor dos sonegadores e ídolo dos idiotas. Mas você vai dizer, os donos da empresas é que roubaram!! Certíssimo, mas nos EUA, a VW fez safadeza, pagou milhões e o responsável está preso, sem quebrar a empresa. Históricamente, a inquisição e a fogueira, são irmãs nos assassinatos e o inquisidor, SANTO!! Saia do seu quadradinho e leia mais, pense e cuidado com a miséria e a pobreza, pois elas podem se tornar o estopim da TURBA!!

Oswaldo 3 de abril de 2017, 09:06h - 09:06

A BRF e a JBS estão longe de quebrar. As ações só se desvalorizaram na Bolsa (normal).
A Odebrecht, Queiroz Galvão e a Camargo Corrêa também estão.
Os donos das empresas roubaram sim, mas junto com todos os outros que operaram o esquema.

O Comperj e a refinaria Abreu e Lima, sonhos delirantes do PT é que foram paralisados, afinal roubaram tanto que não sobrou dinheiro para concluir as obras.

Então quem quebrou o país foi o Moro, e não os investigados que desviaram bilhões? Troféu joinha de dedução.

Estopim da turba? 1917 e 1959 já passaram e não deixaram sombra.

Se miséria e pobreza fossem estopim da turba, o Maduro e Kim Jong Un já estariam mortos faz tempo.

Dácio Kupramin 2 de abril de 2017, 13:54h - 13:54

Então criticar o posicionamento de alguém no Facebook é fazer parte do “lado negro” e da Santa Inquisição. Bacana, hein?
Karnal, inebriado pela adulação geral nas redes sociais, ficou tão melindrado com as críticas (legítimas e democráticas) que apagou a foto com o juiz da indignação seletiva e as referidas críticas. Karnal revelou sua verdadeira estatura intelectual: não é muito mais do que um Marco Antônio Villa com vidro elétrico.

Marcus Vinicius 2 de abril de 2017, 10:56h - 10:56

Parabéns pelo texto e leitura do momento atual de nossa socidade. Precisamos de mais realidade e menos virtualidades. Nossas relações precisam ser mais pessoais e menos virtuais. Precisamos curtir mais nossos amigos, família e menos posts de redes sociais. Valeu Aurélio!!

Pagador de impostos 2 de abril de 2017, 10:11h - 10:11

Olá Aurélio. Parabéns pelas reportagens “especiais”. Por que você não desenvolve e publica uma sobre a nossa famigerada “rodovia do transtorno”. A população nunca sabe realmente ou que aconteceu, o que está acontecendo e pelo andar das coisas, o que poderá ocorrer com essa malfadada obra. Que tal ? Vamos lá. Mãos ao obra. Seus leitores agradecerão.

Maniac 2 de abril de 2017, 19:26h - 19:26

Grande ideia!

Tarifa Zero 2 de abril de 2017, 07:40h - 07:40

Aurélio, Aurélio, você sabe bem o que significou a foto com o maior desempregador do Brasil em todos os tempos! O Karnal, quando viu que o discurso e a prática se dissociaram, tentou apagar (tirar) a foto como se penitenciasse pela “mancada” que cometeu, mas o caldo político já se entornara. Estamos num Brasil onde os meios de comunicações e o judiciário estão ceifando as conquistas do povão, conquistadas nos últimos anos e não se pode ajudar o algoz (Moro) a continuar a ceifação e a inquisição contra quem proporcionou a inclusão social de mais de 20 milhões de brasileiros. Jornalista e/ou celebridade que se preza, não interpreta a notícia, mas sim, INFORMA, pois se interpretar, tem lado e tendo lado, ônus e bônus, não é? E você sabe muito bem disso!!!

Oswaldo 2 de abril de 2017, 11:43h - 11:43

O Moro desempregou quem prendendo bandidos?

Então o Aurélio tem de ser isentão também?
Volta a ler o Carta Capital, o Tijolaço e o Brasil 247.

Dácio Kupramin 2 de abril de 2017, 14:07h - 14:07

Lembrei-me da foto do juiz tucano naquele evento, aos cochichos ao pé do ouvido, risadinhas e trocas de olhares penetrantes e ternos com Aécio, o “Mineirinho” da Odebrecht. Este é surpeendentemente capa da hiper reacionária Veja desta semana, para provável decepção do juiz, em meio à sua distância cada vez maior da unanimidade.
Quem sabe está semana ele não volta a caçar pedalinhos, pra espairecer?

Al Fatah 2 de abril de 2017, 00:29h - 00:29

A hipocrisia representada pelo pensamento politicamente correto é uma grande pi** a adentrar no vaso traseiro da sociedade moderna. É muito mais fácil (e coerente) agir com naturalidade e fazer o que pensa ser o certo, em vez de querer agradar a gregos e troianos ao mesmo tempo… Deletar posts e mensagens foi o pior que ele (Karnal) poderia ter feito, uma grande estupidez. Eu interpretaria isso como algo típico de alguém que tem o ego inflado ao extremo e um caráter extremamente volúvel e duvidoso…

arthur 1 de abril de 2017, 21:15h - 21:15

Quanto pior a situação do país mais fácil emtregá-lo aos interesses internacional

Saulo da Prefeitura 1 de abril de 2017, 20:17h - 20:17

Talvez o que a esquerda ainda não percebeu é que além de corrupção e incompetência, seus intelectuais não passavam de falacianos e que agora tem que lidar com um diálogo franco e aberto. Hoje as teses que no passado soavam como vanguarda mostram seu lado sombrio e descabido num mundo cada vez mais perdido e solitário.

E como não podem mais dialogar, sem ter que passar pela vergonha dos inúmeros escândalos, simplesmente gritam na tentativa de não ouvir o óbvio.

Parabéns pelo texto, muito claro, leve e profundo!

Compressor 1 de abril de 2017, 18:55h - 18:55

No Brasil atual, não basta ser amigo da inteligência. Ela, a inteligência, precisa ter opção de gênero, de ideologia e de religião. Na verdade ela nem precisa ser inteligente.

arthur 1 de abril de 2017, 21:13h - 21:13

O pior do desinformado é se sentir grande perante os hipócritas

Anderson Machado 1 de abril de 2017, 16:00h - 16:00

Aurélio Paiva escreve muito bem! Adoro seus textos!

Terceirizado 1 de abril de 2017, 10:47h - 10:47

Com todo respeito ao jamal, acho ele de uma BOÇALIDADE impar, oportunista de carteirinha, a situação no e do brasil é tão critica, que um jamal desse da vida(intelectual, especialista, formado de opinião, empresário etc etc etc) é alçado a coisas que de longe não é, e em comparação que prefiro evitar, nem chega perto, enfim é o que temos prá hoje no brasil.

Maniac 1 de abril de 2017, 14:28h - 14:28

Ininteligível…

Zé Carneiro 1 de abril de 2017, 10:04h - 10:04

Zé Carneiro,

Adorei o texto Aurélio, podemos considerar uma honra sentar-se ao lado de uma pessoa como o Juiz Sergio Moro. Passei minha vida todo ouvindo que o brasil tem muitos políticos corruptos, passei minha juventude achando que LULA era honesto , achava também que o Governo Militar foi uma coisa muito ruim e que eles torturavam todo mundo que encontravam nas ruas. O que vejo hoje é tristeza, decepção, ingenuidade, como pude deixar-me iludir com todas mentiras de Lula e sua turma de amigos corruptos? Como pude pensar que os governos militares foram governos ruins ? Onde a maioria das grandes obras no Brasil foram planejadas e elaboradas nesses governos. Onde existiam moral, ética e respeito as nossas instituições, principalmente o respeito a família brasileira. Outra decepção, foi achar que só os políticos eram os corruptos, mais não, vejo uma parte muito grande de nossa sociedade também corrupta, desonesta, sem moral, sem ética, essa é a nossa realidade. É por isso que essa parte de nossa sociedade que gosta de viver de assistencialismo sem trabalhar ( sindicatos, MST, Etc) , que são corruptos, desonestos, sem moral e ética , estão contra o Juiz Sérgio Moro e sua equipe . Lembrando que não tenho partido politico, não sou a favor de político A ou B, mia torço para passar o Brasil a limpo, sou a favor de privatizar todas as empresas estatais, assim poderemos acabar com algumas mamatas de políticos e gente que não gosta de trabalhar. Mais uma vez , parabéns pela matéria Aurélio.

arthur 1 de abril de 2017, 21:09h - 21:09

O pior do desinformado é se sentir grande perante os hipócritas

godoi 1 de abril de 2017, 21:17h - 21:17

E o brincs onde anda?

Leitora 1 de abril de 2017, 09:29h - 09:29

Aurélio vc disse o que sempre pensei, parece até que leu minha mente…
Mais vida real, por favor…
No Facebook todo mundo é tão mais feliz do que é…
Só nós que temos problemas e dificuldades…
Dá até “raiva”, kkkkk….

Realista 1 de abril de 2017, 09:01h - 09:01

Não se tem amigos virtuais, seja no Facebook, watts app, Twitter…
O que se tem são pessoas com algo em comum.
Amigo é outra coisa…
Amigo aceita nossas diferenças e falhas mesmo que não concorde.
Amigo ergue a mão quando precisamos.
Amigo é para as horas boas e ruins…
Amizade se faz no dia à dia, no cara à cara, no toque, no ombro amigo.
Mídias sociais são ótimas, mas lhe garanto que a vida fora dela é muito melhor, mesmo que tenha momentos não tão fantasiosos , pois é real.
Ninguém pública foto no Facebook, chorando, dando faxina, estudando, só se publica foto jantando, viajando, festejando e a vida não é só isso.
Todos temos momentos bons e ruins.

Maniac 1 de abril de 2017, 06:53h - 06:53

Hoje em dia a exposição é demasiada e aí vem o patrulhamento ideológico, o politicamente correto, o maniqueísmo, a ambiguidade… quando se trata então de discutir os encontros e desencontros da sociedade, a onda de elogios e protestos é infinita. Digo sempre que a substância da moral política é a hipocrisia… Gostei do texto… e dizendo isso não quer dizer que comungo dessa ou daquela corrente política! Na minha vida atualmente tenho evitado debates e determinadas postagens no facebook porque os inimigos virtuais são realmente selvagens e duvido que teriam coragem de falar metade do que escrevem olhando nos olhos da vítima de seu ódio visceral! Temos que buscar mesmo o equilíbrio entre o mundo real e virtual. Aqui, sob um pseudônimo, que às vezes posso comentar sem me sentir agredido pessoalmente pela virulência do anonimato alheio. É um desabafo! Ao autor que conheço pessoalmente e respeito por sua inteligência e cultura, digo que aprecio seus textos que considero oásis em meio à pobreza intelectual de nossos dias. Bom final de semana a todos.

Sergio 1 de abril de 2017, 06:49h - 06:49

Karnal bem mereceu esta reação por posar de isentão, para nos da direita já era figura carimbada como defensor do relativismo esquerdista, sua fala mansa só engana os incautos desavisados e quanto a tal da polarização, é bem vinda contra quem quer nos destruir literalmente.

Exu Caveira das Almas 31 de março de 2017, 22:53h - 22:53

Chega a ser lamentavelmente irônico que o autor do texto tenha escolhido, com atraso midiático, o dia em que o golpe de 1964 tristemente aniversaria, para tentar configurar uma antítese entre a Inquisição (célebre pelas torturas sofridas pelos dissidentes, tanto quanto o foi a ditadura inaugurada em 31 de março de 1964) e o direito das pessoas de livre expressão nas redes sociais.
Seria ingenuidade imaginar que a linha cada vez mais conservadora (para não dizer reacionária) da grande mídia (e da pequena mídia que a reproduz, como é o caso desse periódico) pudesse dar alguma ênfase à “Inquisição” instaurada no Facebook que, entre outros disparates atribuiu a Lula a condição de bilionário da Forbes, de sócio de Eike, de dono de cassino, poço de petróleo, da Friboi, da Oi, do estádio do Corinthians, de fazendas, jatinhos, iates, sítios, triplex, pedalinhos…
Karnal é um bom historiador e só. Mas faz sucesso na mídia. O sucesso acarretou certa vaidade e popularidade. Resolveu testar sua popularidade ao limite ao protagonizar esse evento com o Moro. Caiu do cavalo: percebeu que cada vez o juiz de CTBA deixa de ser unanimidade. Costumo dizer que não é muito mais do que um juizeco tucano, obsessivo caçador de pedalinhos.
Mas respeito a opinião do autor do texto, apesar de compará-la a algo como a de um Kim Kataguri que não deu certo.

Aurélio Paiva 31 de março de 2017, 23:08h - 23:08

Obrigado. Seu comentário ilustra bem a linha do texto que escrevi.

Ringo Star 1 de abril de 2017, 10:56h - 10:56

Chamar um JUIZ do nível de Sergio Moro de JUIZECO, chega a ser hilário. Quanto a ele o Juiz, ser do PSDB, mostra desconhecimento total de política. O PT começou até bem, depois que entrou no PODER, se perdeu. O PODER embriaga, leva a pessoa a cometer barbaridades, perde a vergonha, eu pessoalmente, conheço um Engenheiro que trabalhou comigo na CSN e TENTOU ser um político honesto. Cumpriu um mandato de Deputado Estadual, caiu no BAIXO CLERO pois não se vendeu, saiu, e disse ” NUNCA MAIS ” respeito muito o nome de minha família, e não compactuo com coisa errada. Isso é POLITICA no Brasil, e quem sabe na maioria dos Países.
Quanto ao Regime Militar só levou porrada guerrilheiros, terroristas e vagabundos. Trabalhador nenhum. Hoje se tortura nas delegacias, prisões, e as pessoas morrem por crueldade dos bandidos, que não se contentam só em roubar, MATAM. Leio diariamente suas colunas Aurélio e admiro seu trabalho, muito bem feito por sinal

Sandra 31 de março de 2017, 20:33h - 20:33

Sr Aurélio, muito bonito e inteligente seu texto, pode acreditar que gostei muito, mas eu gostaria (com todo respeito) se for possível o Senhor responder para esta humilde leitora do seu jornal o qual leio de ponta a ponta todos os dias porque me interessa e gosto muito também, aprendo muitas coisas legais aqui, eu gostaria de saber o que significa quando o DV publica comentários milhões de vezes mais agressivos, violentos, ameaçadores que os que fizeram ao Sr Karnal a pessoas que simplesmente colocam suas opiniões sobre política, ou qualquer outo assunto? será que não é a mídia que estimula essas pessoas a agirem dessa forma? muitas perguntas, muitas dúvidas… Não repare no meu português eu não sou intelectual. Obrigada.

Aurélio Paiva 31 de março de 2017, 21:43h - 21:43

O Diário do Vale, o Facebook, o Twitter e todos os portais do mundo publicam comentários agressivos, violentos etc. A discussão não é o meio, é a origem. Não é onde se escreve, mas o que se escreve. É o lado humano ruim que se sobressai com as novas tecnologias. É o lado mais sombrio da humanidade que surge com uma força que não havia antes das novas plataformas tecnológicas. A culpa está dentro de de nós – como humanidade.

Sandra 1 de abril de 2017, 06:50h - 06:50

Não respondeu a pergunta, e a maldade esta dentro de personagens que aparecem fazendo discursos fofos e piegas que não combinam com suas atitudes para ganhar a admiração das pessoas, claro que podemos fazer, pensar, agir como quisermos, direito de todos, assim como é direito também gostarmos, será que temos que ficar calados e nos fazer de mortos? espia em que século estamos, Sr, nós já tomamos muito banho de água fria, não dá mais pra colocar a mão no fogo por ninguém, deixa a gente ao menos reclamar, agora os comentários horrorosos tem sim como bloquear, o Senhor sabe disso.

Aurélio Paiva 1 de abril de 2017, 11:29h - 11:29

Grato pela sugestão.

Brasil júnior 31 de março de 2017, 20:27h - 20:27

Deixar uma resposta, como.
Simplesmente me calo; nada mais a dizer.
Lindo texto.
Parabéns.

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