Maia diz que votar impeachment de Temer traria instabilidade política

by Diário do Vale
Rodrigo Maia pode assumir a presidência em caso da cassação de Michel Tener

Rodrigo Maia pode assumir a presidência em caso da cassação de Michel Tener

Brasília – O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse nesta segunda-feira (21) que julgar os processos de impeachment contra o presidente Michel Temer pode piorar o cenário político do país. “Acho que a Câmara já julgou os fatos que estão no pedido de impeachment na (votação da) denúncia. Se a gente ficar remoendo o mesmo assunto, a gente só vai gerar instabilidade no Brasil”, disse, antes de participar de um evento sobre reforma política.

Na semana passada, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com um mandado de segurança, com pedido de liminar, para obrigar o presidente da Câmara a analisar o pedido de impeachment feito pela entidade contra o presidente Michel Temer. No dia 25 de maio, a OAB protocolou na Câmara um pedido contra Temer tendo como base as gravações entre ele e o empresário Joesley Batista, um dos donos da empresa JBS.

Para Maia, as acusações contra Temer já foram analisadas pelos deputados. No dia 2 de agosto, a Câmara dos Deputados rejeitou a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente. O processo está baseado na delação premiada de Joesley Batista.

“Nós vamos, agora, fazer o mesmo processo de impedimento, com as mesmas informações que nós temos, é querer parar o Brasil. Não me parece a coisa mais razoável”, enfatizou o presidente da Câmara, que também negou que haja demora em analisar o tema. “Os pedidos de impeachment na Câmara e no Senado correm no seu tempo”, acrescentou.

Reforma Política

Maia defendeu o texto da reforma política que deve ser apreciado nesta terça-feira (22) pelo plenário da Câmara dos Deputados. Segundo ele, a criação do “distritão” abre espaço para renovação nos cargos eletivos. “Acho que o sistema majoritário sempre renova mais que o sistema proporcional, que é muito conservador do que qualquer sistema majoritário”, disse.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77/03 propõe a mudança do sistema proporcional para as eleições de deputados e vereadores para a modalidade chamada “distritão”, no qual são eleitos os candidatos mais votados, sem considerar a proporcionalidade dos votos recebidos pelos partidos e coligações. Além disso, está no texto a criação de um fundo para financiar as campanhas eleitorais a partir de 2018.

Para o presidente da Câmara, a proposta representa uma conciliação para que em 2022 seja adotado um sistema que mescla a eleição majoritária com proporcional. “Tem um texto que vai fazer uma transição com o sistema atual para o sistema majoritário, que vai caminhar, em 2022, para o distrital misto. Dessa forma eu acho que é um ganho para o Brasil, já que os dois extremos, os dois polos de sistema que são defendidos não tem votos sozinhos para a sua vitória. Nem o distrital, nem a lista fechada consegue construir a maioria”, disse.

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7 comments

Meu nome é Zé Pequeno! 25 de agosto de 2017, 04:25h - 04:25

Deixa o povo julga-lo pois é para o povo que ele trabalha e não apenas para a elite brasileira.
Os reflexos da reforma trabalhista já começaram a aparecer e posso garantir que não foram bons em sua maioria para nós trabalhadores.

Paulo Elias 24 de agosto de 2017, 14:38h - 14:38

Falem o que o quiser de Temer, mas ele é o único que está trazendo reformas úteis e necessárias ao país. Corrupto por corrupto, pode ter certeza que é bem menos do que foi Lula e toda cúpula do PT. Dilma, ainda que até então se mostrou apenas conivente com a corrupção, fez um PÉSSIMO governo, que nos trouxe até aqui, não fez NENHUMA reforma, sequer acabou com 1 ministério apenas. As consequências de seu desgoverno são piores que a corrupção, e isso quem afirma são os números.

O país terá um rombo de MEIO TRILHÃO de reais até 2020! Mesmo com remédios amargos, muitos reajustes, reformas, congelamentos de salários do funcionalismo público, privatizações e etc, não resolvem! Basta um louco populista entrar num cenário caótico desses em busca de popularidade, votos e fama de bonzinho para arruinar tudo, e nem sequer o slogan de “país do futuro” teríamos mais.

caverinha 22 de agosto de 2017, 18:11h - 18:11

Gostaria muito de saber a opinião dos eleitores que votaram neste traste e nas próximas eleições mande esse cara a merda, tbm gostaria de velo pedir voto numa comunidade bem violenta quem sabe assim ele não saia de lá.

Skywalker 22 de agosto de 2017, 12:35h - 12:35

Mas para causar instabilidade primeiro seria necessário a estabilidade.
Não tem nem argumento para as falcatruas.

ANDRÉ LUIS 22 de agosto de 2017, 10:32h - 10:32

Maia esta certo, hoje mudar Temer, cria uma instabilidade politica, com mais desemprego,falta apenas alguns meses para terminar o mandato dessa quadrilha.

PLATÃO, O FILÓSOFO 22 de agosto de 2017, 10:01h - 10:01

Esta do Rodrigo Maia é a última do papagaio; agora, conta outra.

Paulão 21 de agosto de 2017, 14:43h - 14:43

O desgoverno Temer, do seu PMDB que há 32 anos está mamando e jogando o Brasil para baixo, na presidência ou só nos ministérios, agora já é uma instabilidade geral desde o primeiro mês após o golpe de 2016. Ainda mais junto com esse DEM do deputado Maia e do PSDB do senador Aécio e José Serra. É um escândalo atrás do outro, revelados dia após dia.

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