Rede particular reduz preço de mensalidades e corta taxas

by Diário do Vale

Volta Redonda – A preocupação em não ter uma evasão muito grande de seus alunos, como também encontrar novas formas de atrair mais estudantes, tem obrigado escolas da rede particular a serem mais criativas. No mínimo, mas flexíveis que em tempos atrás. Em decorrência disso, escolas particulares tem procurado reduzir valores das mensalidades, cortar taxas extras e ainda renegociar dívidas com os pais. Tudo para não perder alunos e para continuarem funcionando.

De acordo com a professora Nayana Pereira Campos Leite, uma das responsáveis pelo setor financeiro de uma escola particular da Vila Mury, o desemprego e a perda salarial foram duas das principais causas da redução em cerca de 30% nas matrículas escolares em sua escola.

Preocupada com essa evasão de alunos, Nayana diz que a escola tem procurado os pais para tentar dialogar e encontrar uma solução para que nenhuma das partes saia prejudicada.

– A escola tem procurado os pais para tentar conversar, dando mais descontos nas mensalidades. O nosso objetivo é fazer todo o possível para tentar renegociar para dessa forma manter o aluno na escola. A grande maioria dos pais renegocia e continua com o aluno em nossa escola. No nosso caso já dávamos um desconto para os pagamentos até o dia 05 de cada mês, no ensino Fundamental, o valor de R$ 410 reduzia para R$ 390, já no maternal, a mensalidade de R$ 315 reduzia para R$ 295 – explica.

Segundo Nayana, a escola também dá descontos em cima de uma mensalidade para os pais que tem mais de um filho, se são dois filhos o desconto é de 10%, já mais de dois filhos o desconto é de 20% em cima de uma mensalidade.

Outra mudança que a escola fez, ressalta a professora Nayana, foi diminuir alguns itens da lista de material escolar para reduzir os custos.

“A escola optou por trabalhar com um livro integrado com várias matérias, pensando em diminuir os custos também”, afirma.

Em queda: Rede particular tenta conter evasão de alunos para rede pública de ensino (Foto: Divulgação)

Em queda: Rede particular tenta conter evasão de alunos para rede pública de ensino (Foto: Divulgação)

Mudanças com o objetivo de manter alunos

Uma instituição de ensino particular do bairro Retiro, que atende do maternal ao nono ano, também está usando toda a sua criatividade para manter o máximo de alunos matriculados em 2017.

A auxiliar do setor financeiro da escola, Jaqueline da Costa de Paula Soares, afirma que em relação ao ano passado, a escola teve uma redução de 10% nas matrículas deste ano. E para manter os alunos estudando foi preciso fazer algumas mudanças.

– Para manter os nossos alunos antigos na escola como também para atrair novos estudantes retiramos a taxa de matrícula, que era no valor da mensalidade. Também reduzimos o valor da mensalidade em 12%, além de não incluirmos o reajuste anual, mantendo o valor de 2016. Outra mudança foi dividirmos a anuidade em até 14 vezes para pagamentos em cheques referente a anuidade. Com isso conseguimos manter a maior parte dos alunos além de atrairmos novos estudantes para a escola, aumentando em 25% o número de novos alunos – diz.

Em relação aos pais em débito, Jaqueline afirma que em razão das propostas oferecidas, a maior parte deles conseguiu pagar. E dos cerca de 30% de pais inadimplentes, 20% conseguiram fazer acordo com a escola.

– Como forma de incentivar e ajudar os pais de alunos, fizemos uma pesquisa de mercado em relação ao material escolar e encaminhamos aos pais a relação de papelarias mais em conta, e dessa forma, reduzimos bastante o valor da lista do material escolar. Também temos parcerias com instituições de ensino de outros seguimentos onde damos descontos de até 20% para alunos novos.

 

 

Por Júlio Amaral

(Especial para o DIÁRIO DO VALE)

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41 comments

Aluna do macedo 2 de fevereiro de 2017, 21:29h - 21:29

No macedo, além de não dar desconto, aumentou muito a mensalidade… : (
Vamos ver até onde conseguiremos manter numa escola particular !!

Oto 31 de janeiro de 2017, 13:27h - 13:27

Pense 1000x antes de fazer filho. O país em crise e ter filho custa caro. Investir em educação não é apenas matricular filho na escola A ou B. A crise social nasce nos lares sem planejamento familiar e uma criança largada no mundo é facilmente aliciada para o crime.

Apoio a lava-jato 30 de janeiro de 2017, 18:44h - 18:44

Efeito PT perda total …. infelizmente. Só VR perdeu 3.699 empregos em 2016.

Joaquim Flores da Costa 29 de janeiro de 2017, 23:18h - 23:18

Não sou rico sempre fui trabalhador coloquei minha filha no Macedo e ela teve uma ótima educação hoje ela é médica e trabalha bem remunerada, valeu a pena investir na educação com certeza ela ganha hoje quase cinco vezes mais o que eu ganho. Então eu digo se vc pode pagar uma escola de qualidade para seu filho não pense duas vezes, pague.

Doidão 30 de janeiro de 2017, 07:47h - 07:47

Parabéns pra vc é para sua filha que fez jus ao investimento.

ta demais 31 de janeiro de 2017, 14:02h - 14:02

quem te perguntou se ela é médica e quanto ganha?

Melo Rego 31 de janeiro de 2017, 17:45h - 17:45

To sentindo uma inveja desse ou dessa sei lá “ta demais” deve tá demais mesmo invejosa kkkkkkkkk

Al Fatah 31 de janeiro de 2017, 20:49h - 20:49

O pior não é a inveja, pior é sentir inveja e não fazer nada para melhorar sua própria vida. Prefere torcer que o outro caia, pois dá menos trabalho… Asco de jente assim (com “j” mesmo)…

Silva 2 de fevereiro de 2017, 15:45h - 15:45

Penso assim também!
Se tem como investir no seu filho invista!
É para o bem dele futuramente!

MORADOR 29 de janeiro de 2017, 18:55h - 18:55

Quando seu filho chega para estudar em uma faculdade federal, é que você percebe a diferença do ensino público e de uma boa escola particular(onde não é a fama e nem o preço alto da escola que conta, e sim bons professores e coordenadores empenhados na boa formação dos alunos). O que se aprende na escola pública deixa a desejar diante da escola particular. Alguns alunos da rede pública garantem a sua vaga com facilidade, mas a maioria não se formam, a maioria dos alunos desiste no meio do caminho. E devemos lembrar que o aluno da escola particular garante a sua vaga também, só que não participam de cotas e concorrem com o país inteiro.

Ruan Luiz 29 de janeiro de 2017, 17:42h - 17:42

Sejam inteligentes, galera… Matriculem seus filhos em uma escola pública relativamente razoável (Rede Fevre), e peguem o dinheiro que seria para a mensalidade e paguem um bom pré-vestibular. Estudar em escola particular só atrapalha seus filhos no Sisu. Pensem agora no seu filho super preparado para o ENEM com 20% de acréscimo em suas notas por serem oriundos da rede pública. Medicina não parecerá tão distante. Fica a dica.

MORADORA 29 de janeiro de 2017, 14:48h - 14:48

Os pais que tem condições de pagar uma escola particular, não devem ficar focados somente nas escolas particulares da Vila Santa Cecília. No bairro Aterrado alem do Anglo/Volta Redonda, temos o Garra, Centro Aplicativo/UGB(conforme alunos que estudam nesta instituição, a escola é muito boa, alem dos convênios para descontos nas mensalidades), No Jardim Amália tem o CEJA, ICT( este ano abriu turma a partir do 8 ano).

professor pasquale 29 de janeiro de 2017, 10:55h - 10:55

O Macedo não dá desconto para pagamento à vista, não dá desconto para filhos de ex aluno, não dá desconto para pagamento em dia.

Eu até quero por meu filho lá, mas quero ao menos 20% de desconto à vista, ou 10% para pagamento em dia.

Alguém 29 de janeiro de 2017, 12:10h - 12:10

Se pagar antes da data dá desconto.
Se tiver mais de 1 filho dá desconto.
Dá uma ligada.

Lógica Aristotélica 29 de janeiro de 2017, 10:54h - 10:54

Curioso algumas colégios da Fevre têm notas do ENEM muito melhores que algumas renomadas instituições particulares. Aquela do Jardim Amália por exemplo, mas como já foi dito em um comentário o ego e maior que a razão. Quem constrói os ambientes são as pessoas, não pode existir escola, condomínio ou bairro ruim, mas pessoas que não entendem o contratro social… no Brasil entorna!!!

Melo Rego 29 de janeiro de 2017, 23:10h - 23:10

Aquela do Jardim Amália já foi a muitos e muitos anos atrás uma escola renomada e de qualidade hoje em dia coitada dela qualidade zero e nome já não tem mais.

Lógica Aristotélica 29 de janeiro de 2017, 01:21h - 01:21

As notas do João XXIII como de outras escolas da Fevre se mostram ótimas. Compare com outras escolas públicas. Os professores das escolas particulares não me parecem serem exclusivos, mas também lecionam em escolas públicas. A grande diferença está no acompanhamento da família. Ponha na escola publica e não deixe seu filho jogado como muitos fazes.

Ancião 29 de janeiro de 2017, 08:00h - 08:00

Tenho conhecidos que dão aula no João XXIII e não recomendam …Dizem que não conseguem dar aula direito, não há respeito ,o desinteresse e a bagunça reinam.
Se quem estuda no Macedo, Rosário, Interativo e Anglo, tá difícil imagine para resto.
Agora destaque mesmo está o estado do Ceará público e privado são os melhores do Brasil e isso não se deve a cabeça grande e sim a investimento na educação.

Al Fatah 29 de janeiro de 2017, 19:23h - 19:23

Se o Ceará é tão bom, por que é um dos estados mais pobres do Brasil? Os melhores precisam sair de lá para seguir carreira. Vc está tratando a exceção como se fosse regra… É igual a Índia, país cheio de PHD, todos nos países ricos…

Melo Rego 28 de janeiro de 2017, 21:58h - 21:58

Quem tem dinheiro paga, quem não tem passe os filhos para a rede pública e pare de dar chilique. Pobres soberbos.

Alguém 29 de janeiro de 2017, 08:02h - 08:02

Não é soberba é investir no estudo para o filho ter um futuro melhor…

Divagando 28 de janeiro de 2017, 21:47h - 21:47

Macedo, Rosário, Anglo, Interativo não reduziram em nada…

Melo Rego 29 de janeiro de 2017, 08:43h - 08:43

Escola top não precisam reduzir preço para segurar aluno top.

Chico Cunha, O mosquito 28 de janeiro de 2017, 16:35h - 16:35

enquanto em BM, estamos pagando 715,00 para o maternal 2 de 13:15 as 17:15 e as escolas não fazem nada para tentar reduzir o preço

Morador de BM 28 de janeiro de 2017, 20:48h - 20:48

Em Barra Mansa 42% não pagaram as mensalidades em dia no ano passado,
passaram a dívida para 2017,
Se voce paga em dia, seu direito é procurar a direção da escola e pedir pelo menos
20% de desconto , faça pressão que irá tirar o filho da escola, é por aí.

ELEITOR CONSCIENTE 28 de janeiro de 2017, 16:35h - 16:35

SE AGORA ESTÃO REDUZINDO A MENSALIDADE, IMAGINA ENTÃO O QUE OS PAIS JÁ PAGARAM A MAIS???

ANANIAS BEVILÁQUA 28 de janeiro de 2017, 15:31h - 15:31

Será que o Centro EDUCACIONAL TIRADENTES TAMBÉM VAI DAR DESCONTO????? Tá salgado o preço da mensalidade.

PURA VERDADE 28 de janeiro de 2017, 15:11h - 15:11

Hora de toda população migrar para o Ensino Público, direito do cidadão e obrigação do Estado. Escolas Particulares poderiam sim ter uma mensalidade mais em conta, mas não. Além de preços exorbitantes e fora da realidade ainda obrigavam os pais a comprar todo material escolar sob indicação dos mesmos, ou seja, uma espécie de venda casada.
Paga quem pode e quem quer. Mas a realidade citada acima sempre existiu.

Al Fatah 29 de janeiro de 2017, 08:44h - 08:44

Ora, num regime politicamente democrático e economicamente capitalista sempre haverá quem queira uma alternativa à escola pública, por melhor que ela seja, pois quer se distinguir das massas…

Meu nome é Zé Pequeno! 28 de janeiro de 2017, 14:58h - 14:58

Eu gostaria que o “governo federal” avaliasse o ensino privado e isso já é uma necessidade faz tempo visto que a má qualidade fica encoberta na “rede privada de ensino”.

Alguém 29 de janeiro de 2017, 08:03h - 08:03

O Enem avalia…
Pelos resultados das escolas se tem uma referência.

Joaquim 28 de janeiro de 2017, 14:34h - 14:34

Se as escolas públicas tivessem a mesma qualidade de ensino que as particulares não existiam tanta escolas particulares.
A grande diferença é que na escola pública a maioria dos pais cobram dos professores a aprovação de seus filhos, já na escola particular cobra dos filhos empenho para conseguir boas notas.
Escola pública e particular tem em sua maioria professores que ministra aulas nas duas a diferença é na clientela.
Respeito ao professor seria fundamental para melhoria da escola pública, não estou falando de salário e sim respeito ao seu trabalho em sala de aula.

Velasco 28 de janeiro de 2017, 12:05h - 12:05

Sinto pena em ver muitas famílias sacrificando parte de seu rico dinheirinho investindo em seus filhos , sendo que o mesmos não valorizam e passam horas no whatsapp com um conteúdo que não acrescenta em nada.

Silva 2 de fevereiro de 2017, 15:39h - 15:39

É por causa de pensamentos assim que o filho do pobre continua pobre e do do rico continua rico!
Se vc tem condições de investir na educação e conhecimento do filho pagando uma boa escolha ( não desmerecendo a rede pública) , um bom curso de línguas e etc…. Tem q investir sim…Quero uma vida melhor pra ele do que a que eu tive!

Bolsonaro 28 de janeiro de 2017, 11:57h - 11:57

A crise tá brava…

Al Fatah 28 de janeiro de 2017, 11:35h - 11:35

Como eu já disse antes, ou fazem isso ou falem. Mas pelo que a matéria ilustra, não foi uma atitude tomada pelas escolas mais conhecidas, aquelas que ficam no Aterrado e na Vila. Estas usam propaganda e estratégias de marketing, associando seu nome reconhecido ao símbolo de status (mais do que de ensino) para persuadir os pais esnobes a manterem seus filhos na escola, mesmo que com grande sacrifício no orçamento doméstico…

Alguém 29 de janeiro de 2017, 08:06h - 08:06

As grandes por saberem que são as mais disputadas não fazem, e são as mais disputadas pelo melhor resultado no Enem.
Que não é lá essas coisas,mas na região ainda é o que se tem de melhor.
Filhos que estudam merece o sacrifício, mas aqueles que não, é jogar dinheiro no lixo.

alech 28 de janeiro de 2017, 10:42h - 10:42

É porque o orgulho não deixa. Mas se os pais se unissem e provocassem uma evasão coletiva, os abusos da REDE PARTICULAR já teriam acabado bem antes da crise obriga-los a se curvarem.
Mas é mais “chique” parar o carro em frente ao Macedo do que às portas do João XXIII, por exemplo.

Observador 28 de janeiro de 2017, 14:22h - 14:22

Concordo plenamente.

capivara 28 de janeiro de 2017, 21:12h - 21:12

fato bem verdade

Divagando 28 de janeiro de 2017, 21:45h - 21:45

Se o João XXIII, tivesse o mesmo resultado no Enem que o Macedo ou o Interativo, ninguém se sacrificararia para pagar.
Os pais investem pensando no futuro …

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