Rodrigo Drable recebe Maia e discute intervenção

by Diário do Vale

Deputado Maia se reúne com prefeito Rodrigo Drable em BM (crédito Paulo Dimas)

Barra Mansa – O prefeito Rodrigo Drable (MDB) recebeu na manhã desta sexta-feira (02), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), na segunda reunião do Observatório Legislativo da Intervenção Federal na Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (Olerj). Durante o encontro, que ocorreu no Centro de Educação Integrada Vieira da Silva, no Centro, foi apresentada a metodologia que será aplicada ao trabalha do Olerj durante a intervenção e ao longo de 2018.

O evento reuniu diversas lideranças políticas, prefeitos, vereadores, deputados federais, secretários, representantes das Polícias Civil e Militar e de entidades de serviço da região. A abertura do encontro contou com apresentação da Banda Sinfônica do Projeto Música nas Escolas, regida pelo maestro e secretário Educação, Vantoil de Souza Júnior.

Rodrigo Drable abriu a reunião explicando que o Consórcio Intermunicipal de Segurança com Cidadania do Médio Vale do Paraíba, se encontrou na última quinta-feira (02) para tratar dos desdobramentos e reflexos da intervenção federal no Sul Fluminense.

— Nossa expectativa é de que o Olerj traga ganhos efetivos e positivos para a região e produza melhorias que impactem na reestruturação das Polícias Civil, Militar e da Guarda Municipal. Precisamos de uma Polícia Militar presente nas ruas e de uma Polícia Civil com o seu setor de inteligência operando de maneira plena. Outras questões precisam ser avaliadas, como o porte de arma pela Guarda Municipal, a criação de um orçamento específico destinado aos Consórcios de Segurança em todo o Estado do Rio de Janeiro, a integração entre os setores de segurança dos municípios que replique em outras regiões e um entendimento com o Judiciário visando manter as prisões dos acusados reincidentes. Além disso, precisamos de investimentos na educação que habilite o segmento como vetor de combate a criminalidade — disse o prefeito, citando os casos de homicídio ocorridos em 2017.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, lembrou do momento  vivido pelo Estado do Rio.

— Diante das dificuldades provocadas pela falta de segurança pública precisamos encontrar soluções que apontem para um futuro melhor. Enquanto legisladores estamos cumprindo o papel de fiscalizar e buscar soluções em conjunto com a sociedade civil organizada para acabar com as ações do crime organizado em um curto espaço de tempo. Estamos juntos para acompanhar e apoiar as leis que coíbam a violência. Paralelamente entendemos que a melhor maneira de garantir um futuro melhor para os nossos jovens é através da educação em tempo integral — ressaltou.

Maia destacou a necessidade urgente de restabelecer a ordem pública no estado, gerar empregos, receber empresas e negócios.

— O combate ao crime organizado, ao tráfico de drogas e de armas é responsável por 50% dos homicídios cometidos em nosso país, por isto a necessidade urgente de combater esses males da sociedade — prosseguiu.

A coordenadora do Observatório, Andrea Perna, enumerou os objetivos do Observatório, enquanto mecanismo de fiscalização, planejamento e execução de metas.

— Entre as atribuições do Observatório está o fomento à produção de pesquisas, estudos e avaliações da intervenção por meios de institutos de pesquisas, universidades e pesquisadores; o monitoramento de dados e informações referentes à segurança pública do Estado do Rio de Janeiro; o acompanhamento das demandas da sociedade sobre a intervenção por meio dos canais de interação da Câmara dos Deputados; o estímulo a elaboração de propostas que visem à transformação das realidades; a criação de espaços técnicos e fóruns de debates sobre a intervenção por meio de ferramentas digitais, além da realização de visitas e audiências públicas no estado — salientou.

Educação em tempo integral

No decorrer da reunião, o prefeito Rodrigo Drable reafirmou que é essencial a implementação de uma política de educação para dar novo rumo ao futuro dos jovens.

— Iniciamos a escola em tempo integral em algumas regiões com maiores índices de violência. Adaptamos módulos, com climatizadores e termoacústica para atender a grade curricular extra. Não podemos cruzar os braços diante da crescente estatística de violência. Neste primeiro momento estamos atendendo 2,6 mil alunos com a educação em tempo integral; a partir do segundo semestre deste ano, a expectativa é elevar este número para quatro mil alunos. Nossa projeção é chegar em 2019 atendendo a 35% da rede municipal de ensino e, em 2020, a 50%. É com muito estudo e conhecimento que pretendemos preparar nossos alunos para a vida — analisou Rodrigo Drable.

O secretário de Educação de Barra Mansa, Vantoil de Souza, disse acreditar que todo investimento que está sendo feito em segurança pública no Estado do Rio, através da intervenção federal, será em vão caso não ocorram incentivos plenos em políticas públicas de educação.

— A educação em tempo integral traz a formação efetiva do ser humano, minimamente preparado para enfrentar os desafios do mercado de trabalho. Na região, temos a montadora da Volkswagen. Certamente as aulas de alemão serão um diferencial no momento de pleitar um vaga na empresa. E assim, sucessivamente, com a Peugeot Citroen e outras multinacionais — disse Vantoil, destacando que a educação é a grande arma contra a violência.

Para o deputado federal Deley de Oliveira, a única maneira de resolver os problemas que acometem a sociedade é através da política.

— Não há nada de oportunismo eleitoral na intervenção federal. A medida era necessária para conter a onda de violência no estado. O combate a criminalidade está diretamente relacionado à educação. Na década de 80, o antropólogo e educador Darci Ribeiro já defendia a educação em tempo integral — disse.

Segurança Pública

A também deputada federal Laura Carneiro afirmou o Governo do Estado não foi capaz de cuidar da segurança pública de maneira adequada.

— Tenho certeza de que cada prefeito que aqui está sabe da existência dos pontos de drogas existentes em seus municípios, assim como a Polícia Militar. Mas como atuar sem a mínima estrutura. Entendo que a segurança pública passa por ações estruturantes que exigem investimentos em educação, saúde e políticas de assistência social, bem como ações emergenciais, como a intervenção federal comandada pelo general Walter Souza Braga Netto — analisou a deputada, que ainda comentou sobre a existência de 843 áreas no Rio de Janeiro onde o Estado não entra em decorrência do poder paralelo.

O deputado federal Alexandre Serfiotis falou da necessidade de envolver a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal nas discussões sobre o combate à violência.

— As drogas e armamentos entram no país pelas fronteiras, daí a necessidade de envolver esses agentes na questão — afirmou.

O comandante do 28º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Márcio Guimarães, revelou que a violência cresce simultaneamente com a elevação na quantidade de apreensão de armas e drogas também.

— Nos últimos dois anos, cerca de 90% dos esforços da Policia Militar foi no combate ao tráfico de armas e drogas — avaliou.

O prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, sugeriu que a Olerj analise a autorização do uso de arma de fogo pela Guarda Municipal, acompanhada da questão do sucateamento da Segurança Pública.

— A segurança não é tratada como prioridade no orçamento da União — declarou.

O diretor de extensão e relações comunitárias do UBM (Centro Universitário de Barra Mansa), Fernando Vitorino, revelou que a instituição também criou um observatório para estudar e monitorar os dados de violência no município. O prefeito de Piraí e também presidente da Aemerj (Associação Estadual de Municípios do Rio de Janeiro), Luiz Antonio, comentou sobre os números de policiais mortos no estado.

— Tivemos mais de 150 óbitos de policiais em decorrência da violência no Rio de Janeiro. Os números são alarmantes e para reverter esse quadro é necessário rever a questão do repasse federal. Os municípios não conseguem mais absorver 30% das despesas gerais com apenas 18% de retorno da União.

O diretor executivo do Cisegci, Jefferson Mamede, sugeriu a criação da Força Regional de Ordem Pública para atuar no combate a violência.

Já o prefeito de Resende, Diogo Balieiro, relatou que temia a migração de bandidos da capital para a região.

— Felizmente essa ameaça não se concretizou. Estamos confiantes que a situação será mantida — afirmou.

Preocupados com uma possível migração de criminosos da capital para outras cidades do estado do Rio, prefeitos do sul fluminense pedem que as Forças Armadas ampliem a atuação da intervenção federal na segurança pública na região. Os prefeitos participaram da segunda reunião do Observatório Legislativo da Intervenção Federal no Rio de Janeiro (Olerj), que ocorreu na manhã de hoje (1) no município de Barra Mansa, no sul fluminense.

De acordo com o prefeito da cidade, Rodrigo Drable, os prefeitos fizeram uma reunião para levantar as demandas a serem encaminhadas ao interventor, general Walter Braga Netto, por causa do temor de ocorrer um movimento migratório da criminalidade. “Que exista um plano de ação com vistas às necessidades, carências e demandas do interior. Que isso não fique limitado à capital e que nós não soframos as consequências de estarmos esquecidos. Que o crime de lá não migre pra cá sem que haja estrutura para enfrentá-lo”.

Drable explicou que os 13 municípios do sul fluminense formaram um consórcio de segurança pública, mas que faltam recursos para melhorar a atuação em conjunto e integrada. “Nós temos um consórcio, que elencou as principais necessidades. Seriam a estruturação das polícias civil e militar, além da polícia técnica. E que nós tenhamos recursos para estruturar o consórcio para dar suporte através das guardas municipais. E que as guardas voltem a ter o porte de arma, que perdeu nos últimos dois anos”.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ressaltou que a intervenção não é apenas na cidade do Rio de Janeiro, mas no estado, então o planejamento deve abranger todas as regiões para se controlar o deslocamento dos criminosos. Ele destacou a importância da educação para evitar a violência no futuro, justificando a realização da reunião do Olerj em uma escola de tempo integral no município, o Centro de Educação Integral Vieira da Siva.

“Se faz necessário compreender os motivos que nos levaram a esse momento tão dramático e, em conjunto, a sociedade, o Poder Executivo, o Poder Legislativo, não só acompanhar os atos do interventor, a partir do momento que ele apresente o seu plano, mas também pensar a médio e longo prazo as soluções para que nós possamos cuidar melhor dessa faixa muito importante da nossa sociedade, que é a juventude, a mais vulnerável ao tráfico de drogas e armas”.

O prefeito explicou que a escola em tempo integral atende, atualmente, 2.600 dos 19,9 mil estudantes do município, mas que a meta é chegar a 50% em 2020. O secretário de Educação de Barra Mansa, Vantoil de Souza Junior, detalhou que são oferecidas aos estudantes atividades que contribuam para a formação cidadã e profissional dos jovens, como aulas de línguas, robótica, informática com foco no desenvolvimento de jogos, empreendedorismo, teatro e música.

Junior pediu que os recursos federais continuem sendo destinados à rede municipal de ensino, mesmo com a melhoria da qualidade das escolas, já que, segundo ele, com o aumento da nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) as escolas são retiradas do programa Mais Educação.

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16 comments

Cabral 5 de março de 2018, 16:08h - 16:08

Kkkkkkk Prefeito de Barra Mansa discutir intervenção ? tem que intervir é na administração dele, tá pior que o Gaúcho Marins, saudades do Prof Moacyr Chiesse, Feres Nader e Dr Ismael Luiz Amaral. os outros nunca fizeram nada a favor do povo. . .

Anastasio 5 de março de 2018, 10:58h - 10:58

Vejo com bons olhos o ensino integral em Barra Mansa. A redução da criminalidade passa pela educação. O mesmo Darcy Ribeiro citado nesta matéria disse um certo dia “Se os governadores não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios”. Enfim, quanto mais tempo na escola, com um ensino de qualidade e condições adequadas (incluindo alimentação), menos tempo se tem para participar de atividades criminosas e ligadas a crimes de uma forma geral. O que não pode, é deixar de valorizar e investir nos professores. Com o salário que eles ganham, não é possível que eles mesmos invistam em sua formação e atualização. Para aumentar e melhorar o nível deles para um educação de excelência, a prefeitura tem que apostar e custear o desenvolvimento deles.

zé fuleragem 5 de março de 2018, 08:20h - 08:20

Pura mentira desses mequetrefes, vieram aqui fazer politicas e coligações estão desesperados com as próximas eleições porque muitos deles não vão se reeleger nas próximas eleições e ficaria ótimo se todos perdessem. Olha a cara deles não parecem nada preocupados com segurança. Alguns nem o DEMO quer ver por perto a não ser um certo partido que leva o mesmo nome.

Paulão 2 de março de 2018, 19:49h - 19:49

Esse DEM é um dos partidos que não coloca o povo em lugar nenhum, não tem compromisso com as necessidades do trabalhador, está junto com o PSDB, PMDB, PSD, PP, PTB e outros menores para tirar direitos trabalhistas. E esse Rodrigo Maia, um dos maiores caciques do DEM, assim como o pai dele, o Cesar Maia, nunca se preocupou com o interior do Estado do Rio. Mas esse ano eles querem a vaga de governador e uma de senador, daí aparecerem à cata de votos.

PROF EBER 2 de março de 2018, 17:54h - 17:54

Educai as crianças e não será preciso punir os homens… SOCRATES

HOLANDA E SUECIA FECHAM PRISOES POR FALTA DE PRESOS.

ACORDEM POLITICOS MENTECAPTOS.

PROF EBER 2 de março de 2018, 17:52h - 17:52

…Educai as crianças e não será preciso Prender os homens…Sócrates

Holanda e Suécia fecham prisões por falta de presos…

Acordem Políticos Mentecaptos..

Triste Realidade 2 de março de 2018, 15:30h - 15:30

E o pátio de manobras, ficará para quando ?

soncero 2 de março de 2018, 15:03h - 15:03

A única cidade do brasil que até agora não mostrou um plano de capacitação aos educadores, e nem as mínimas coisas que é a merenda escolar, que é direito de toda criança, continuam servindo arroz com ovo de segunda a segunda.. E vem agora com esse papo de segurança…..Primeiro devemos fazer o dever de casa……

estamos de olho 2 de março de 2018, 14:58h - 14:58

Barra Mansa dificilmente irá avançar politicamente e economicamente. Olha o pelotão de vereadores puxa sacos ao lado do prefeito. Esses dois ai eram oposição ao prefeito, agora mudaram de lado. por isso que tudo que vai para câmara votar ou aprovar passa. É muita sacanagem com o povo de Barra Mansa.

Sueli da Costa 2 de março de 2018, 13:48h - 13:48

Blábláblá!! é ano eleição

Lucas 2 de março de 2018, 13:35h - 13:35

política….política….política…………

Platão, o Filósofo 2 de março de 2018, 12:59h - 12:59

Ano de eleição deve dar um desespero medonho em alguns candidatos…

Jefferson Marinho 2 de março de 2018, 12:55h - 12:55

Além de competência, Rodrigo Drable tem prestígio político e vai fazer um excelente governo em Barra Mansa.

Morador de Barra Mansa 2 de março de 2018, 17:11h - 17:11

Quem tem prestígio é a Nestlé

Lucas 3 de março de 2018, 11:56h - 11:56

Reconstruir Barra Mansa:

1. Criação de novos cargos em comissão;
2. Manutenção das 22 secretarias;
3. Descontinuidade de várias políticas públicas em andamento;
4. Aluguel de conteiners para funcionamento de escolas (mesmo exemplo de sérgio cabral e sua turma do governo do estado);
5. Retirada dos direitos dos servidores públicos;
6. Inauguração de várias obras a toque de caixa…sem qualquer cuidado com a qualidade.
7. AUMENTO DE IMPOSTOS (ex taxas dos taxistas).

to de olho 2 de março de 2018, 12:40h - 12:40

Juntou a FOME com a VONTADE de COMER, RODRIGO decepção de uma cidade

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