Volta Redonda – Uma Taça Guanabara, uma Taça Rio, tetracampeão da Copa Rio e um Campeonato Brasileiro da Série D invicto. Estas são algumas das principais conquistas do Volta Redonda Futebol Clube, o popular Voltaço. São 19 títulos na galeria, feito notável para uma equipe com orçamento ainda modesto diante dos grandes clubes brasileiros.
No entanto, a possibilidade de um acesso à Série B do Campeonato Brasileiro pode ser o degrau que faltava para o clube da cidade, fundado em 1976, ser encarado com outros olhos. Neste aniversário da cidade, o presidente do Voltaço fala da importância do clube para a cidade, bem como da cidade para o clube. E projeta um futuro promissor. E por falar em Voltaço, neste aniversário da cidade tem jogo no Raulino.
DIÁRIO DO VALE entrevista Flávio Horta
DV – Qual a importância do Voltaço para a cidade de Volta Redonda? E da cidade para o clube?
Flávio Horta – Hoje, podemos dizer que são fundamentais um ao outro. O clube carrega o nome da cidade e procura honrar não apenas o isso, mas todos os seus moradores, onde quer que vá jogar. Temos um trabalho nacionalmente reconhecido e que abrange um quadro social, uma vez que disponibilizamos esporte e saúde para mais de 200 crianças e adolescentes de Volta Redonda. Temos certeza que a cidade se orgulha muito do Esquadrão de Aço também.
DV – Depois de disputar a Série D nacional por alguns bons anos, o Volta Redonda sagrou-se campeão invicto e está na Série C há duas temporadas consecutivas. É sua maior conquista?
Flávio Horta – Sempre tivemos como meta consolidar o Volta Redonda no calendário nacional. O clube ficou por anos jogando apenas o Campeonato Carioca, sem nada a disputar no segundo semestre, e reverter esse quadro é motivo de muito orgulho para a gente. Divido esta conquista com toda a nossa diretoria, torcedores e com os funcionários do clube, que são fundamentais para nosso dia a dia. Crescemos mais de 60 posições no ranking da CBF em quatro anos e vamos continuar crescendo. Hoje, temos uma estrela em nosso peito e podemos dizer que somos campeões brasileiro.
DV – O que mudou para o clube com essa conquista nacional e a permanência na Série C?
Flávio Horta – Você conquistar um título nacional já é marcante. Ainda mais da maneira que foi, invicto e fazendo a final no Raulino, com casa cheia. Certamente, o clube ocupa outro patamar no cenário nacional. Sempre foi respeitado, porém, hoje, as pessoas enxergam um Volta Redonda forte, consistente, consolidado e que investe grande parte do seu orçamento nas divisões de base, acreditando que ali está o futuro. E os resultados já começaram a aparecer, como a histórica campanha na Copinha deste ano e o título da Taça Rio sub-17 no ano passado.
DV – O que fazer para um dia chegar à Série B?
Flávio Horta – Trabalhar cada vez mais! Em 2017, batemos na trave, fomos para o jogo do acesso e não fomos felizes. Mas tudo vai servindo de aprendizado. Hoje, somos mais preparados, mais conhecedores do futebol e, principalmente, dos torneios que disputamos. Acredito que estamos no caminho certo e isso vai acontecer em breve. Basta olhar a evolução do Voltaço nos últimos anos que dá para imaginar que chegaremos lá.
DV – Em nome dessa programação nacional, o Voltaço tem deixado mais de lado as competições regionais?
Flávio Horta – De maneira nenhuma. Sabemos da importância do Campeonato Carioca e entramos sempre para fazer o nosso melhor. Fizemos um excelente Estadual neste ano. Por exemplo, terminamos na frente do Botafogo e conquistamos resultados expressivos como os empates contra o Flamengo e o Fluminense no Maracanã. Entramos para ganhar todas as competições que disputamos.
DV – O Campeonato Estadual segue como uma forte vitrine? Como vê o futuro da competição?
Flávio Horta – Muito bem frisado. É uma excelente vitrine! Dos Estaduais que surgem os grandes jogadores e é fundamental que eles continuem a existir e se fortaleçam cada vez mais. Para se ter uma ideia, no segundo semestre, temos quatro divisões do Campeonato Brasileiro, com cerca de 120 times, enquanto durante os estaduais, esse número chega a ser cinco vezes maior. Repito, é fundamental a existência e fortalecimento dos estaduais para o nascimento de novos talentos do futebol brasileiro.
DV – Como está a evolução das divisões de base? E o aproveitamento dos garotos no profissional?
Flávio Horta – Este é o trabalho que mais temos orgulho. Começamos a colher os frutos de nossos investimentos e o retrato são os resultados que já começamos a conquistar. Nosso time sub-20 fez história este ano e virou sensação nacional. Meses antes, o sub-17 tinha sido campeão da Taça Rio. Se formos mais embaixo, o sub-10 foi campeão da Taça Guanabara e vice-campeão Estadual, despertando interesse de diversos clubes em nossos atletas. Sobre o aproveitamento, temos vários atletas incorporados ao time profissional, podendo citar rápido os goleiros Vinícius e Avelino, o lateral-direito Julinho, os zagueiros Roger e Paulo Vitor, os volantes Bodão, Bruno Barra e o meia Luan. Só do elenco atual, acabei de citar oito atletas oriundos de nossas divisões de base. Difícil você encontrar hoje um clube com este número, além dos que volta e meio são chamados para as viagens, como o Marcinho, lateral-esquerdo do sub-20, que já foi relacionado para um jogo da Série C.
DV – Deixe um recado para a torcida e para os moradores da cidade neste 17 de julho.
Flávio Horta – Neste aniversário, aproveitamos para parabenizar a todo cidadão ou morador de Volta Redonda e pedir para que ele passe a acompanhar mais de perto o Voltaço, que é patrimônio da cidade. Vamos juntos elevar o patamar de nosso clube e levar cada vez mais longe o nome de nosso município. Parabéns a todos e fica um convite para, no dia do aniversário da cidade, assistirem a nossa partida contra o Tigres do Brasil, às 15h, no estádio Raulino de Oliveira.
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2 comments
A gente espera que o tricolor de aço conquiste a série C. Ou pelo menos que chegue às semifinais, que aí já sobe pra série B ano q vem.
A mais importante cidade do interior fluminense com o mais vitorioso clube do interior fluminense… Volta Redonda é a prova cabal de que ser tradicional não é ser velho, mas sim ser notório, vitorioso e ter passagens memoráveis em sua história…
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