Volta Redonda
O UniFOA teve um projeto aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro Faperj, de Apoio à Infraestrutura de Biotérios em Instituições de Ensino e Pesquisa Sediadas no Estado do Rio de Janeiro. O objetivo do projeto é dar suporte à infraestrutura de pesquisa científica e tecnológica em instituições de ensino e pesquisa no Estado, visando a garantir a modernização, adequação e o funcionamento de biotérios.
Os professores do curso de Ciências Biológicas, André Barbosa Vargas, Michelle Lopes, Dimitri Alves, o coordenador, Paulo Amoretty, e a médica veterinária, Vera Marczuk, inscreveram o trabalho Adequação da infraestrutura do biotério de manutenção e experimentação do Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), que começou a ser elaborado no começo deste ano.
A intenção é justamente melhorar o ambiente para os alunos, porque quando o local de estudos é agradável, eles passam a ter uma facilidade muito maior para assimilar e compreender tudo o que é dito, explicou o Pró-reitor Acadêmico, Dimitri Alves.
Ceua
Segundo o Pró-Reitor, esse edital busca também estimular o credenciamento obrigatório das instituições que utilizam animais em pesquisa e ensino no Cadastro das Instituições de Uso Científico de Animais (Ciuca), vinculado ao Conselho Nacional de Controle de Experimentação de Animais (Concea). Ele reforça que, no UniFOA, não são mais utilizados animais domésticos em pesquisas científicas e nenhum projeto ou pesquisa com animais pode ser realizado sem a aprovação do Comitê de Ética no Uso de Animais Ceua. A equipe é formada pelos mesmos professores que inscreveram o projeto na Faperj, mais um membro da Sociedade Protetora dos Animais, Pâmela de Castro Prati.
Para o envio de projetos que utilizam animais de experimentação, o Protocolo para Uso de Animais deve ser preenchido o e encaminhado com as assinaturas do pesquisador e do orientador responsável pela pesquisa. Já para as aulas práticas, o mesmo protocolo deve ser preenchido e assinado pelo professor responsável, explicou.
Para orientar os pesquisadores sobre os métodos a serem realizados com os animais de experimentação, os membros do Ceua se baseiam nos Princípios Éticos na Experimentação Animal, elaborados pelo Colégio Brasileiro de Experimentação Animal – Cobea e nos Guias fornecidos pela Federation of European Laboratory Animal Science Associations – Felasa, pela American Veterinary Medical Association – AVMA e pela Association for Assessment and Accreditation of Laboratory Animal International AAALAC.
Biotério do UniFOA: um breve histórico
Segundo a coordenadora do biotério, Vera Marczuk, a princípio a utilização de animais de laboratório teve início para atender às necessidades que o ensino universitário passou a exigir nas aulas práticas nas disciplinas de Técnica Cirúrgica, Fisiologia e Farmacologia. Preocupada em cumprir a legislação sobre o uso de animais de laboratório, a instituição começou a construção do seu biotério, no campus Três Poços, e em 2005 ele foi inaugurado, explicou.
Atualmente a necessidade de melhorar o padrão sanitário e ambiental obriga as instituições nacionais a procurarem investir na melhoria de seus biotérios. O investimento será nas instalações físicas e nos equipamentos destinados aos animais de laboratórios, melhorando os requisitos de segurança, conforto e higiene dos animais, acrescentou Vera.
Hoje, o local atende aos cursos de Medicina, Odontologia, Ciências Biológicas, Nutrição e Enfermagem e adota a filosofia dos 3Rs, reduzindo o número de animais necessários.