Jorge Luiz Calife –
“Drácula – A História Nunca Contada” é o mais novo filme sobre o famoso vampiro romeno. E no lugar de ser o vilão ele vira herói. O personagem do conde vampiro foi criado no século XIX pelo escritor britânico Bram Stoker. Ele se inspirou na história de Vlad, o Empalador, um soberano cruel da idade média, que viveu na Transilvânia, atual Romênia. Vlad era cruel com seus inimigos e empalou mais de cem mil pessoas. Mas era adorado pelo seu povo, por defender o país dos invasores. O roteiro de “Drácula – A História Nunca Contada” mistura ficção e realidade para criar um Drácula heroico, diferente do vilão que o cinema costuma mostrar.
No filme de Gary Shore o príncipe Vlad enfrenta uma ameaça contra seu povo e sua família. Um soberano da vizinha Turquia exige que ele entregue mil garotos e seu próprio filho para servirem no exército turco. Incapaz de enfrentar o inimigo com meios normais, Vlad faz um pacto com forças sobrenaturais. Durante três dias ele terá três superpoderes. Força irresistível, super velocidade e a capacidade de voar. Mas terá que resistir ao desejo de beber sangue humano. Se conseguir voltará ao normal, do contrário ficará possuído pelo mal eternamente. Nós já sabemos como essa história termina.
Luke Evans é Vlad/Drácula, Sarah Gadon sua amada Mirena, e Dominic Cooper faz o vilão Mehmed. Drácula já foi personagem de dezenas de filmes, mas esse é o primeiro onde ele aparece como herói. Afinal, se a Disney pode fazer uma Malévola fada e boazinha, porque não podem humanizar o Drácula? O filme custou 70 milhões de dólares e a maior parte foi gasta nos efeitos especiais e cenas de batalha. Para quem curte o gênero é imperdível. A trama inclui batalhas medievais e um personagem com superpoderes. Uma fórmula que tem feito sucesso nos filmes baseados nos livros do Tolkien. É uma tentativa de injetar sangue novo em um personagem que tem uma das filmografias mais extensas da história do cinema. Do Drácula em preto e branco do Béla Lugosi, que meteu medo em nossas bisavós, passando pelo Drácula colorido e britânico do Christopher Lee, ao Drácula divertido do “Amor à Primeira Mordida”. Esse aqui é épico e heroico.
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