Volta Redonda promove ações de combate à hanseníase

by Diário do Vale
Diagnóstico: 'Carretinha da Saúde' ofertou teste de sensibilidade cutâneo para detectar novos casos da doença  (Foto: Thaís Fraga)

Diagnóstico: ‘Carretinha da Saúde’ ofertou teste de sensibilidade cutâneo para detectar novos casos da doença
(Foto: Thaís Fraga)

Volta Redonda

Em comemoração ao Dia Mundial de Combate à Hanseníase, lembrado no último domingo de janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promoveu hoje, atividades educativas na Praça Sávio Gama (em frente à prefeitura), no bairro Aterrado. A ação contou com a parceria do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan).
Pessoas que passaram pelo local puderam realizar testes de sensibilidade cutâneo em uma carreta temática estacionada na praça – a Carretinha da Saúde. O exame detecta a doença. A ideia era conscientizar e informar a população sobre o tratamento, os sinais e sintomas da hanseníase.
De acordo com a secretária municipal de Saúde, Marta Magalhães, entre 2013 e 2014 foram notificados 29 novos casos da doença em Volta Redonda, com taxa de cura de aproximadamente 100%.
– Para isso, é importante estar atento aos sintomas para a busca imediata de tratamento – ressaltou Marta.
A assistente social e palestrante, Sueli Costa, que é uma das voluntárias do Morhan, disse que a hanseníase é uma doença incapacitante e que pode causar sequelas. Ela reforçou que a ação realizada ontem era para evitar que portadores da doença chegassem a um estado mais grave.
– O grande problema da hanseníase está na falta de informações e conhecimento das pessoas. O tempo que elas levam para tratar é o que agrava a doença. Sendo assim, estamos aqui para descobrir novos casos e evitar que a pessoa chegue aos hospitais com sequelas – explicou a voluntária, frisando que é importante que as pessoas passem essa informação à diante, para que familiares e amigos possam passar por exames.

O projeto

O Morhan é uma entidade sem fins lucrativos que existe há 33 anos e atua nos municípios do estado do Rio de Janeiro. Suas atividades são voltadas para a eliminação da hanseníase, através da conscientização da população. O projeto também luta pela garantia e respeito aos Direitos Humanos das pessoas atingidas pela hanseníase e seus familiares.
– A doença tem um passado triste, de discriminação e isolamento dos doentes, que hoje já não existe e nem é necessário, pois a doença pode ser tratada e curada – destacou Sueli.

Transmissão, sinais e sintomas

A hanseníase é uma doença transmissível causada pelo Bacilo de Hansen que afeta, principalmente, a pele e os nervos periféricos, podendo causar deformidades físicas e comprometer a sensibilidade das regiões afetadas. O contágio ocorre de pessoa para pessoa pelas vias áreas superiores (tosse, espirro e fala) em contato prolongado.
– Ninguém que tenha a doença precisa se afastar da sociedade, nem deixar de trabalhar ou ficar perto de sua família – afirmou Sueli.
O aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiçada, em qualquer parte do corpo, está entre os principais sintomas da doença, que pode ainda se manifestar por caroços, inchaço, fraqueza muscular e dor nas articulações.
Durante a ação, as assistentes realizaram um teste clínico para detectar possíveis sintomas da doença. Sueli informou ainda que é necessário examinar o corpo inteiro, pois às vezes, a pessoa não consegue visualizar as manchas.
O tratamento da hanseníase é gratuito, dura de seis a 12 meses, e na rede pública de Volta Redonda é ofertado no Centro de Doenças Infecciosas Dr. Luiz Gonzaga Clímaco, através da equipe de saúde da Área Técnica de Controle da Hanseníase. Outro serviço de informação sobre a doença é o Disque Hansen, uma linha direta e gratuita com sigilo e anonimato garantidos, em que os profissionais de saúde atendem pelo número 0800-023-0373.

Casos da doença diminuem no país

Segundo o Ministério da Saúde, a doença no país é endêmica, decrescendo desde 2003, com a detecção em 2013 de 31.044 novos casos. A taxa de cura do Brasil também é significativa foi de 83,4%, com prevalência de 1,42 casos por 10.000 habitantes. A queda nos números é atribuída as campanhas educativas e informações divulgadas pelos veículos de comunicação.

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