Riqueza cultural

Privilegiada por abrigar equipamentos públicos e privados e artistas de diversos segmentos, Volta Redonda é considerada a capital cultural do Médio Paraíba

by Lívia Nascimento

Volta Redonda é considerada a capital cultural do Médio Paraíba, não só pelos investimentos do setor público, como também da iniciativa privada. Uma cidade que abriga teatros, bibliotecas, memoriais, museu, cinemas, além de projetos e representantes de diversos segmentos, como artesanato, dança e música.

Memorial Zumbi – Foto: Divulgação

Volta Redonda – Secretário Municipal de Cultura, Anderson de Souza fala com orgulho da estrutura cultural que a cidade oferece para a população e visitantes. “Volta Redonda tem o Teatro Gacemss, o Centro Cultural da Fundação CSN, o Museu do Trabalhismo Brasileiro, além de excelentes equipamentos culturais, como o Memorial Zumbi, que é dedicado à cultura afro-brasileira, a Galeria de Artes Zélia Arbex. Transformamos nessa gestão o Memorial Getúlio Vargas, que era uma biblioteca, num espaço de cultura. A gente fez lá dentro uma galeria de artes, um auditório, onde realizamos palestras, workshops, oficinas e uma transformação num cineclube. Agora a gente está reinaugurando o Teatro Municipal, que fica no Colégio Getúlio Vargas, no Laranjal, com capacidade para quase 800 lugares, que vai abrigar também eventos culturais e de educação”, enumerou.

De acordo com o secretário, assumir a pasta não é uma tarefa fácil, pois são diversos segmentos que necessitam de atenção. “Tem o setor da música, que é o maior, seguido do artesanato e daí a gente vai para as artes visuais, a cultura urbana, enfim, são várias diversidades de linguagens para entender cada uma, poder dialogar com os artistas, mas a gente vem nesses dois anos e meio fazendo uma valorização muito grande dos artistas locais, desenvolvendo políticas culturais, fazendo um diálogo com o Conselho Municipal de Cultura e todos os segmentos culturais”, afirmou Anderson, que falou ainda sobre o trabalho já realizado e os projetos futuros.

Galeria Zélia Arbex – Foto: Divulgação

TRABALHO

“Implementamos nesses dois anos programas de incentivo à leitura, criação de uma biblioteca online, reforma nos equipamentos culturais, coisa que não acontecia há 20 anos, reforma no Zélia Arbex, reforma no Memorial dos Ex-combatentes e revitalização da biblioteca. Quero entregar os equipamentos culturais em condições muito melhores do que a gente pegou, porque estavam em condições muito ruins para os artistas e a população visitar”.

POESIA

“Fizemos, em parceria com a Academia Volta-redondense de Letras (AVL), um programa chamado Poesia em Ponto, quando a gente coloca os poetas de Volta Redonda nos pontos de ônibus. É mais uma maneira de a gente impactar as pessoas onde elas estão. Isso, de certa forma, influencia na visão das pessoas que saem de casa e se deparam com grafite, com exposição na praça, com a poesia”.

TOUR CULTURAL

“Criamos o programa um Tour Cultural, em que recebemos crianças dos CRAS e das escolas municipais, estaduais e particulares, que fazem um tour pelo Centro Cultural do Memorial Getúlio Vargas, Memorial Zumbi, Galeria de Artes Zélia Arbex. Elas assistem a filmes e veem obras de artes. A grande maioria nunca tinha entrado nesses equipamentos. Atendemos cerca de 400 crianças por mês”.

RETOMADA

“A principal implantação do governo é a ocupação dos territórios, então, a gente tem ocupado os espaços públicos que até então não eram enxergados como áreas de cultura, em áreas culturais. Um exemplo disso foi a galeria que a gente fez dentro da passarela do Viaduto Nossa Senhora das Graças, com fotografias que contam a história da cidade e uma pintura de grafite na área externa. Fizemos parcerias com o governo do estado, mutirões de grafite nos bairros. Estamos numa parceria com a Fundação CSN com uma escola de grafite. Uma ação inédita que a gente fez é a Arigó Parade, que está neste mês na Praça da Prefeitura, contando com 10 esculturas de arigós inspirados na Elephant Parade, que são exposições mundiais e que nunca tinha acontecido em Volta Redonda”.

Palco Sobre Rodas – Foto: Cris Oliveira

PALCO SOBRE RODAS

“Agora falando de descentralização da cultura, a gente promoveu a volta do novo Palco Sobre Rodas, que leva teatro, pintura de rosto, música, oficinas e circo para os bairros da cidade. Nessa primeira temporada, que é patrocinada pela Light, através da lei do ICMS, do governo do estado, vamos cobrir 50 bairros. Dessa forma a gente consegue levar cultura de fato para áreas periféricas, de pessoas que normalmente não conseguem acessar os equipa[1]mentos culturais. Esse talvez seja o maior ganho que a gente conseguiu até aqui”.

PROJETOS FUTUROS

“Vamos implantar ainda este ano o projeto chamado Biblioteca nos Bairros, onde levaremos contação de histórias e livros. Compramos uma Van, que está sendo transforma[1]da em biblioteca. Este ano também entregamos a reforma do Zélia Arbex, que é nossa principal galeria e que estava há mais de 20 anos sem uma reforma. Temos um projeto de fazer uma concha acústica no final da Amaral Peixoto, perto da passarela do viaduto Nossa Senhora das Graças. Com isso tudo a gente vai descentralizando e ocupando os espaços públicos com áreas culturais”.

MÚSICA

“O segmento da música é o que tem a maior representatividade da cidade. Volta Redonda tem por tradição formar e apresentar grandes músicos que se destacaram no Brasil. Tivemos o Siron, um dos maiores violonistas que o Brasil já teve, que faleceu recentemente. Tem o Ricky Vallen, o André, que fazia dupla com o Wellington e brilhou em programa da TV Record. Uma cidade que tem tradição no rock, com grandes festivais. Isso só para citar alguns exemplos. Pelo lado da prefeitura, como grande orgulho da cidade, a gente tem a formação de músicos clássicos, através do programa Cidade da Música, da Fevre, coordenados pelo maestro Nicolau e a Sara Higino. Temos uma das melhores bandas municipais do estado, que é a Banda Municipal de Volta Redonda, que não toca só clássicos, mas também um repertório de pop, rock, samba, muito conceituada. Temos ainda no município, que agora virou lei, as bandas e fanfarras, como a da ETPC, que foi dez vezes campeã brasileira, a fanfarra do Colégio Glória Roussin. Enfim, uma cidade que forma músicos e apresenta para o Brasil inteiro”.

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